Centro de Escritores Lourencianos promove concurso literário

Inscrições para contos, crônicas e poesias inéditas estão abertas até o dia 31 de maio      

Por Stéfane Costa      

O Centro de Escritores Lourencianos (CEL), da cidade de São Lourenço do Sul, abriu inscrições para o concurso literário Sérgio de Laforet Padilha, que contará com publicação das obras selecionadas.

Podem concorrer no concurso textos como contos, crônicas e poesias inéditas de tema livre. Há três categorias, a infantil para pequenos autores de até 12 anos, a categoria juvenil, com escritores entre 13 e 17 anos e a adulta, para todos os participantes a partir dos 18 anos.

Os ganhadores do primeiro, segundo e terceiro lugar levarão troféus e certificados, além de receberem menções honrosas.

As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de maio, pelo email centrodeescritoreslourencianos@gmail.com. O documento deve estar digitado em um arquivo no formato Word com texto em fonte Arial 12, em espaçamento 2. O texto também deve estar sob pseudônimo. Vale lembrar que não haverá cobrança de taxas para a inscrição.

A premiação será feita em outubro deste ano, durante as comemorações dos 27 anos do CEL. Além disso, os textos selecionados poderão integrar a coletânea preparada pelo centro, portanto é uma chance de publicação para os escritores.

Fundado em outubro de 1996, o Centro de Escritores Lourencianos atua há mais de 26 anos na cidade de São Lourenço do Sul e região. “De acordo com o Estatuto, o CEL tem por objetivo promover a cultura em São Lourenço do Sul e incentivar o gosto pela leitura e escrita, principalmente entre crianças e adolescentes, valendo-se para isso de oficinas literárias, concursos e publicação de obras com textos dos participantes, além de projetos em escolas públicas, tanto na cidade como no interior do município”, explica a presidente Cleia Dröse.

 

Cleia Dröse, presidente do CEL com acervo da futura biblioteca
Foto: Divulgação/RuralidadesSul/Rodrigo Seefeldt

Em quase três décadas de atuação, o CEL publicou 20 antologias literárias, um livro de contos, um romance com múltiplos autores, uma edição especial comemorativa ao Jubileu de Prata e quatro obras escritas por alunos de escolas públicas. Para 2023, a entidade já preparou três projetos semelhantes nas instituições de ensino. 

Atualmente, o Centro conta com uma sede localizada na Rua General Osório, número 1391. O aluguel do local é mantido com o auxílio de apoiadores, pessoas e membros que são fundamentais para as ações da entidade. “O Centro de Escritores Lourencianos atua através de seus voluntários, envolvendo significativo trabalho de desprendimento e esforço, tudo com o objetivo de acelerar o processo de inclusão social com a valorização da literatura, cultura e o incentivo à leitura”, pontua Cleia.

Os membros do Centro de Escritores Lourencianos (CEL) atuam para valorização da literatura
Foto: Divulgação

Homenagem

 

            Sérgio de Laforet Padilha   (1935-2010)         Foto: Reprodução Blog Léo Ribeiro

Sérgio de Laforet Padilha, nome da personalidade lourenciana homenageada no concurso do CEL, foi um caixeiro, industriário, radialista, bancário e autodidata que foi voz ativa em atividades culturais, esportivas e sociais de São Lourenço do Sul.  Nascido no município em 8 de maio de 1935, dedicou boa parte de sua vida a contar casos da cidade, até que faleceu em 21 de junho de 2010.

“Dono de um sorriso largo, espalhava simpatia por onde andasse. Grande contador da História, compartilhar uma tarde com ele era conhecer fatos interessantes da História do Brasil ou aspectos da Literatura que tanto apreciava”, descreve a representante do CEL. “Como historiador contava muitas histórias daquele tempo em que o porto da cidade era bastante forte e se localizava em frente ao comércio em que trabalhava. Sua produção literária engloba poesias, contos, crônicas. Preocupado em ajudar na preservação da memória regional, diante da velocidade com que se operam as mudanças, incentivou a guarda e conservação de peças e documentos, de modo que, no futuro, se pudesse ligar pontos da história”, completa.  

Por sua preocupação e cuidado em preservar a memória do município, Padilha também será eternizado em uma homenagem material no Centro de Escritores Lourencianos. A biblioteca da instituição, ainda em fase de organização, será inaugurada no mês de outubro, durante as comemorações dos 27 anos da entidade, sendo chamada de Biblioteca Sérgio de Laforet Padilha.

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Música na Praça reúne artistas e público na happy hour do Shopping  Pelotas

A programação, nas noites de sexta-feira, anima o início dos fins de semana com os músicos da cidade e vem tendo a participação de uma banda com funcionários da área de segurança do centro comercial         

Por Kaique Cangirana Trovão        

O evento Música na Praça acontece nas noites de sexta-feira, das 19h às 21h, na Praça de alimentação do Shopping Pelotas (avenida Ferreira Viana,1526), promovendo artistas da cidade e animando o início dos fins de semana.  As apresentações investem na cultura musical com shows de cantores, bandas e grupos de diversas expressões sonoras, divertindo o público. O evento também conta com uma estrutura montada e planejada para receber apresentações de diferentes estilos musicais. Em duas das apresentações, houve shows com o grupo de pagode S1, composto por funcionários da área de segurança do centro comercial.

O Shopping aposta na promoção cultural da música com entrada franca integrada ao seu espaço de lazer e alimentação. “O projeto de levar música para a Praça de Alimentação combina duas propostas que fazem parte da missão do Shopping Pelotas: valorizar os artistas da região e promover lazer, entretenimento e cultura de forma gratuita”, descreve a assessoria de imprensa.

O Música na Praça teve início no dia 27 de janeiro e contou com a apresentação do cantor Henry em sua estreia. Desde então, treze apresentações já aconteceram e uma das mais recentes chama atenção por sua história e relação inusitada com o Shopping. O grupo Pagode do S1, que se apresentou no dia 14 de abril, é formado pela equipe de segurança do shopping e começou com as festas de fim de ano da empresa que presta os serviços de segurança.  

 

Grupo Pagode do S1:
André Anjos – Coordenador de Segurança – S1 – Percussão
Luiz Jara – Bombeiro Percussão
Daniel Leivas – Supervisor de Segurança – Cavaco
Toni Mullet – Supervisor de Segurança – Repique
Kaê Moraes – Operador de CFTV – Pandeiro
                                                Tiago Torres (na frente) – Operador de CFTV – Violão e vocal                     Foto: Divulgação

 

André Anjos, coordenador de segurança e membro do Pagode do S1 falou sobre a origem do grupo e como O Música na Praça promove a expressão cultural em interação com o público: “O Pagode do S1 teve origem nas festas de fim de ano da empresa. Fomos convidados a tocar em 2021 e em 2022, mas foi nesta segunda oportunidade que criamos o grupo com os membros da segurança do shopping. O nome diz respeito à nomenclatura que recebemos em nossos cargos, no caso, o ‘S1’, que representa a identificação do coordenador de segurança. Essa foi nossa segunda apresentação no shopping e, desde que iniciamos a banda, já nos apresentamos algumas vezes no estabelecimento do Skina Barzinho, onde nosso show também teve uma boa repercussão e movimentou bastante a noite da casa”.

“Buscamos sempre variar os estilos, tocando aquilo que a galera quer ouvir e não ficando muito presos somente ao pagode. A diversidade de estilos é importante quando falamos de um ambiente com a circulação de tantas pessoas como é o shopping. É legal perceber que o público tem a oportunidade de acessar um espaço de livre acesso, num lugar como o shopping, que é a representação do capitalismo, pois percebemos o quanto a acessibilidade do evento permite que pessoas de baixa renda da comunidade possam ter contato com apresentações que ocorrem no Música na Praça, projeto que cobre o cachê dos artistas”.

“O shopping emprega aproximadamente 1.114 pessoas de forma direta e mais duas mil de forma indireta, há diversos estabelecimentos e as vendas são o foco, então, é legal ver a interação que conseguimos ter com o público além das métricas de circulação e vendas que as lojas possuem”, relata.

Neusa dos Santos aproveitou o feriado do dia 21 de abril para fazer uma refeição na praça e curtir com a família: “Fiquei sabendo do evento a partir de um grupo de amigas que veio no mês passado. É uma experiência muito agradável, poder se sentar aqui com a família e curtir o ambiente, a música e a interação, enquanto esperamos pela alimentação. Particularmente, adoro a música brasileira e não perco uma oportunidade como esta, em ocasiões especiais com a família e amigos”.

“Acredito que este projeto pode atrair as pessoas ao shopping pela experiência de levar o público a junção de prazeres como a música e a culinária, algo diferente de compras seguido de compras. Uma grande iniciativa do Shopping de Pelotas, com certeza, voltarei em breve”, diz. 

Movimentando a clientela regional e destacando artistas da cidade, o evento segue encantando o público que conhece suas atrações. O projeto é um dos poucos que mantém expressão cultural de forma acessível e frequente na cidade, que recentemente recebeu nomes da área musical como Pixote e Henrique e Juliano em shows com cobrança de ingressos e pouco viáveis ao público que vive em tempos de maior economia financeira.

Dia 28 de abril, a agenda do Shopping vai receber a cantora Aíse. A divulgação de shows e programação são publicadas nas redes sociais e no site do Shopping. A entrada é gratuita e não há a necessidade de reservas.

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Cultura negra em festa

Voltado para reforçar raízes culturais, Festival Cabobu convidou público para as ruas de Pelotas no fim de semana     

Por Thierri Cunha        

               A Praça Coronel Pedro Osório contou com bancas de artesanato e várias apresentações        Fotos: Thierri Cunha

A cidade de Pelotas recebeu com maestria o Festival Cabobu, conhecido como a festa dos tambores, nos dias 21, 22 e 23 de abril no Centro Histórico do município. O cenário para celebrar a cultura negra local e suas forças se dividiu entre o Largo Edmar Fetter, Praça Coronel Pedro Osório, Bibliotheca Pública Pelotense e a Secretaria Municipal de Cultura. 

Em sua terceira edição, ao longo dos três dias, o público pode contar com diversos shows, oficinas, rodas de conversa e muita valorização da cultura negra pelotense. Como se sabe, Pelotas é uma cidade com um histórico marcado, desde a sua fundação, pela mão de obra escravizada, exemplificada pelas charqueadas e uma economia dependente do trabalho escravo. O evento surge como um respiro nesse processo histórico e o contexto que costumava inviabilizar pessoas negras. No último final de semana, o que se viu ao passar pelo Centro Histórico da cidade foi uma imagem diferente.

Pessoas negras sentiram-se contempladas ao sair de suas casas e ir resgatar um pouco mais da sua história na cidade, assim como serviu para um momento de descanso e entretenimento, de descoberta da cultura e dos ritos presentes na cultura negra, que nem sempre são abordados.

No palco principal, ao longo dos dias de evento, as apresentações de dança reforçaram esse cenário afirmativo. A Companhia de Dança Daniel Amaro, comandada pelo coreógrafo que faz um trabalho importante na cena local, voltado para as danças de matriz africana, mostrou o que vem sendo feito pela valorização da cultura negra.

Músicos e artistas importantes da cidade também foram chamados para prestar seu manifesto à população. Nos embalos do R&B, as DJs Vânia e Vanessa, DJ Helô, Xavabanda, Grupo Renascença e Mano Rick comandaram as pick-ups e mostraram para o público mais sobre a população negra aqui presente por meio do que fazem com excelência, a arte musical.

No salão principal da Bibliotheca Pública de Pelotas, intitulado para o evento de “Espaço Mestra Griô Sirley Amaro”, houve debates sendo encabeçados por pensadoras, pesquisadoras e figuras representativas na cidade quando se diz respeito à comunidade negra. Nomes como Ledeci Coutinho, Carla Ávilla, Ìya Sandrali de Oxum, Babalorixá e André de Jesus, falaram sobre temas como as charqueadas pelotenses, políticas de ações afirmativas, relações de gênero e demais temas que contribuem para o avanço da sociedade como um todo.

“É um evento muito incrível e, principalmente, para a comunidade pelotense como um todo, mostrando o que tem de melhor e feito pela comunidade preta. Eu estou realmente adorando e participei de todos os dias de evento”, conta Larissa Silva, estudante de Economia na Universidade Federal de Pelotas.

Palco principal do Festival Cabobu no Largo Edmar Fetter ao lado do Mercado Público teve shows sexta, sábado e domingo 

 

Reforçando ainda mais a cultura local, a Secretaria Municipal de Cultura de Pelotas foi palco para abrigar obras de diversos artistas residentes da cidade, como por exemplo da artista plástica e expositora Edilane Dutra. “O Festival Cabobu trouxe a oportunidade de a gente participar da feira e também da exposição na Secult com pinturas em tela. Gostaria de agradecer pela organização e pela proposição desse festival em sua terceira edição. E nós, expositores, torcemos para que não pare”, fala.

No mesmo local um destaque foi a exposição “Giba Giba – Guardião do Sopapo”, uma homenagem ao inspirador para a realização do evento. A mostra apresentou objetos, fotografias, roupas e adereços usados nos shows, resgatando uma parte da história do músico que lutou pela memória da música negra e é o grande inspirador do evento.

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“Ruas de Lazer” retorna com nova edição em maio

O projeto de extensão da Universidade Federal de Pelotas, realizado em parceria com a Prefeitura, busca mobilizar a população em ações culturais e educativas e está com inscrições abertas para grupos artísticos       

Por Helena Isquierdo        

Prefeita Paula Mascarenhas prestigia uma das edições do Ruas de Lazer em 2022    Foto: Michel Corvello/Prefeitura

 

O Ruas de Lazer, iniciativa firmada entre a UFPel e a Prefeitura de Pelotas, retorna em 2023 com a previsão de novas sete edições ao longo do ano. Tradicionalmente, o evento tem como endereço fixo a Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, e a primeira edição deste ano acontecerá no mesmo endereço, no dia 7 de maio, das 10h às 17h, entre a avenida Bento Gonçalves e rua Barão de Butuí. Essa será a oitava edição do evento.

Em reunião realizada entre a prefeita Paula Mascarenhas, secretários municipais e equipes da Universidade Federal de Pelotas, foram alinhados os próximos passos e as mudanças do Ruas de Lazer. O projeto passou por algumas reformulações e dessa vez pretende abranger também os bairros da cidade. A ideia é realizar, ao menos, cinco eventos fora da região central de Pelotas. A ampliação geográfica é um desafio que tem como objetivo atingir um maior número de pessoas com as atividades de lazer, para que todos possam desfrutar dos espaços da cidade.

Em 2022, o projeto conseguiu reunir um público de cerca de 10 mil pessoas em suas sete realizações. O calendário completo das edições deste ano ainda será definido pelo grupo de gestão de projeto e divulgado ao longo dos meses.

Projeto oferece momento de integração para todas as idades   Foto: Reprodução/Universidade Federal de Pelotas

 

“Foi uma parceria que deu muito certo, entre a Prefeitura e a UFPel, com a visão de cidade, que é a nossa, que chama as pessoas para o encontro, para a rua, para aproveitar os espaços urbanos, com muita cultura. A ideia é reeditarmos, neste ano, levando o projeto para os bairros. Agora, é hora de reestruturar, planejar e colocar em execução”, disse a prefeita.

O evento é mais uma oportunidade para que os pelotenses de todas as idades tenham acesso a um momento de integração, com entretenimento, cultura, saúde e esportes.

O Ruas de Lazer está com inscrições abertas para projetos que tenham interesse em participar de sua próxima edição. Os interessados podem se inscrever através deste link. As atividades e a programação podem ser acompanhadas pelo Instagram. .

Projeto iniciou em 2019

O Ruas de Lazer é uma iniciativa que começou a ser desenvolvida em 2019, mas foi colocado em prática em abril de 2022, após um longo período de pandemia. O projeto é uma ação vinculada à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPel, através de uma parceria firmada com a Prefeitura de Pelotas.

O seu objetivo principal é promover, de forma gratuita, ações culturais e prestação de serviços para a comunidade de Pelotas. Para isso, é feito o fechamento de uma rua da cidade, e o ambiente fica livre para a circulação de todos que desejem participar. As atividades são uma forma de prestigiar artistas e empreendedores locais, oferecer informações e atendimentos de saúde, estimular a prática de esportes e exercícios físicos com profissionais capacitados e, é claro, propiciar muitas brincadeiras para as crianças.  

O projeto é composto por docentes e discentes da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), representantes da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da UFPel, assim como as secretarias municipais.

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XXIII Jornada de História Antiga da UFPel ocorre de 15 a 17 de maio

Tema do evento em 2023 será “Mitos, crenças e ritos: religiões do mundo antigo e medieval” e as inscrições para apresentação de trabalhos estão abertas até segunda-feira, dia 23     

Por Douglas Rafael Duarte       

 

         Registro da edição de 2019 da JHA, a última realizada de maneira presencial, com apresentação de música antiga         Fotos: Acervo pessoal/Fábio Vergara Cerqueira

 

Com o tema “Mitos, crenças e ritos: religiões do mundo antigo e medieval”, a XXIII Jornada de História Antiga da UFPel (JHA) ocorre entre os dias 15 e 17 de maio. Após duas edições realizadas de forma remota em virtude da pandemia, o evento volta a acontecer de maneira presencial. O projeto vinculado ao PPGH (Programa de Pós-Graduação em História) da Universidade e realizado pela primeira vez em 1992, visa promover debates entre estudantes e pesquisadores nacionais e estrangeiros sobre as diferentes culturas da Antiguidade.

A proposta neste ano é debater sobre aspectos da religiosidade de variadas civilizações e culturas da Antiguidade e do Medievo, trazendo a diversidade em suas várias expressões, mitos, crenças e rituais. O encontro deve englobar ainda o estudo das formas de recepção das religiões antigas e inclusive no mundo moderno e contemporâneo. A abordagem permite contemplar até mesmo debates sobre a presença da religiosidade antiga na cultura pop (personagens mitológicos gregos e egípcios), assim como as possibilidades de se trabalhar com o tema no ensino de História.

“Desde a edição de 2020, estamos trabalhando ao longo do ano atividades paralelas ao evento com escolas e com o universo escolar. Fizemos isso em 2020 e 2021 e vamos fazer novamente agora”, comenta o professor Fábio Vergara Cerqueira, coordenador da Jornada. O evento contará com sete palestrantes, sendo dois conferencistas estrangeiros e cinco nacionais.

 

O professor coordenador Fábio Vergara Cerqueira destaca a parceria com outras instituições de ensino

Inscrições

As inscrições para ouvintes ainda não começaram. Já para as apresentações de trabalhos, o prazo foi prorrogado até o dia 23 de abril. Basta acessar um formulário virtual e realizar o seu cadastro. Os interessados deverão informar dados pessoais e acadêmicos (como titulação e vínculo), além de apresentar um resumo entre 300 a 500 palavras sobre o seu trabalho. A taxa de inscrição é de R$ 25,00 (valor que só será pago após o envio das cartas de aceite).

Histórico

Organizada a partir de 2012 pelo LECA/UFPel (Laboratório de Estudos Sobre Cerâmicas Antigas da Universidade Federal de Pelotas), a JHA passou a dar singular atenção às imagens e à materialidade como fontes de conhecimento. Tendo completado 30 anos em 2022, a jornada passou a ser o evento mais antigo da UFPel dentro de sua modalidade.

Em sua primeira edição a JHA foi realizada em parceria com a vizinha FURG (Universidade do Rio Grande) e com o Simpósio de História Antiga da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Desde então, a base da organização do encontro foi a integração interinstitucional, a cooperação acadêmica, a internacionalização, a promoção da pesquisa em História Antiga, a interdisciplinaridade e o estímulo à pesquisa na área de graduação e pós-graduação.

A integração com a área medieval, por sua vez, marcou duas edições: em 1994, quando veio a Pelotas o Dr. Hilário Franco Júnior (UFRJ), e 2010, edição em que, sob a organização de Rejane Barreto Jardim, reuniram-se vários medievalistas brasileiros, entre eles a Drª. Andréa Frazão (UFRJ).

Em outras edições, a jornada foi associada a eventos nacionais. Entre elas destacam-se a parceria com o PPG-Letras Clássicas da UFRJ. A parceria foi realizada através do Prof. Dr. Anderson Martins, coordenador do Grupo de Pesquisa do “Atrium” do CNPq, tendo contado ainda com a cooperação do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE/USP), do Laboratório de Arqueologia Provincial Romana (LARP) e do Grupo de Pesquisa em Práticas Mortais no Mediterrâneo Antigo (TAPHOS).

Discussões sobre as relações entre as imagens do passado e do presente mobilizam pesquisadores de História

 

Uma história de grandes nomes

De acordo com Fábio Vergara, convidar e trazer a Pelotas pesquisadores relevantes, nacionais e internacionais, sempre foi um dos objetivos da JHA. Dentre os nomes estrangeiros que participaram da jornada ao longo destes 30 anos destacam-se:

  • Johannes Renger (Universidade Livre de Berlim), renomado assiriologista, participou da Jornada na edição de 1994;
  • Jean Andreau (Univ. Paris I – Sorbonne), historiador e autor referência em economia romana, participou da Jornada na edição de 2011;
  • Jean-Michel Carrié (Univ. Paris I – Sorbonne), respeitado historiador francês que trabalha com cultura material e imagem e ex-editor da revista Annales, que participou da Jornada na edição de 2013;
  • José de Encarnação (Univ. Coimbra), arqueólogo e epigrafista português, participou da Jornada nas edições de 2003 e 2008.

 

Vergara destaca ainda que, a maioria dos pesquisadores nacionais consolidados no campo da Arqueologia Clássica e da História Antiga já participaram de diversas edições da JHA. Ele cita os exemplos de Emanuel Bouzon (PUCRS), Neyde Theml (UFRJ), Maria Beatriz Florenzano (MAE / USP), Norma Musco Mendes (UFRJ), André Leonardo Chevitarese (UFRJ), Pedro Paulo Abreu Funari (UNICAMP), Norberto Guarinello (FFLCH / USP), Margaret Bakos (PUCRS), Marina Cavicchioli (UFBA), Katia Pozzer (UFRGS), Maria Regina Candido (UERJ) e Anderson Martins (UFRJ), para citar apenas alguns.

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Músicas clássicas na voz marcante de Maurício Manieri  

Cantor faz apresentação neste sábado no Theatro Guarany em Pelotas      

Por Aline Lemes Bitencourt Souza       

O cantor e produtor musical Maurício Manieri mescla em seus shows elementos de música pop, MPB e Soul. Está apresentando seu espetáculo “Classics” em várias cidades do Rio Grande do Sul, e, neste sábado, dia 22 de abril, apresenta-se no Theatro Guarany, às 21h, em Pelotas. Ele encerrou muito bem o ano de 2022, com o sucesso das suas apresentações em dez estados. O Rio Grande do Sul faz parte desta lista desde o mês de junho do ano passado. Manieri volta com uma nova edição do show que vem sendo apresentado desde a sua estreia na gravação do DVD “Classics”, no Teatro Bradesco em São Paulo, em 2019.

O espetáculo traz músicas que foram hits do cantor e as melhores músicas do universo pop romântico dos anos 1970, 1980 e 1990. Considerado um verdadeiro showman, assim como as vozes clássicas dos grandes cantores, Maurício segue emocionando multidões com sua voz marcante, grave e rouca.

                           Manieri: “É uma noite para cantar junto, dançar e se envolver em um super espetáculo”                    Foto: Reprodução/Internet

O show terá aproximadamente duas horas de duração.  A lista de músicas programadas conta com os seus maiores sucessos e também traz hits como “Minha Menina”, “Bem Querer”, “Se Quer Saber”, além de clássicos do universo pop romântico nacional e internacional como “Easy”, “Little Respect”, “Love Is In The Air” e “Angel”, entre outros.

Em entrevista, Manieri declarou: “Estou muito feliz e ansioso para estas apresentações no Rio Grande do Sul. Estamos preparando um show repleto de surpresas e emoções. É uma noite para cantar junto, dançar e se envolver em um super espetáculo que celebra o melhor dos anos 1970, 1980 e 1990.  Não vejo a hora de subir no palco e nos divertirmos bastante, meus amores. Tenho certeza que viveremos noites inesquecíveis”.

Ingressos disponíveis em: Site Uhuu 

Visite o canal oficial do cantor

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Frankenstein: O verdadeiro horror habita nas sombras

Experimentações científicas do século XIX e mitologia grega se fundem em uma narrativa instigante que completa 205 anos de sua publicação    

Por Isabella Barcellos      

Obra literária colocou em questão as relações entre criador e criatura que passam a inspirar várias histórias de terror Foto: Reprodução da Internet

 

Em 1815 o Monte Tambora (um vulcão complexo ativo, localizado na Indonésia) entrou em erupção. O fenômeno atípico lançou toneladas de poeira na atmosfera, bloqueando a luz solar e o verão no hemisfério norte. Por consequência, Mary Wollstonecraft Godwin, seu amante Percy Shelley e o escritor John Polidori estão confinados em uma mansão localizada perto do Lago Léman. O então dono da propriedade, Lorde Byron e seus convidados passam dias trocando reflexões e lendo histórias de horror uns aos outros. Depois de noites de discussão e trocas, a jovem Mary é assombrada por um pesadelo: Um estudante tenta oferecer vida a uma criatura a partir da eletricidade. Entre os questionamentos éticos das novas tecnologias e a perspectiva de modernidade mais vibrante do que nunca, surge a primeira obra literária do gênero ficção científica em 1818: “Frankenstein ou o Prometeu Moderno”.

 

    “Prometeu Acorrentado” – Pintura de Peter Paul Rubens (entre 1611 e 1612)     Imagem: Reprodução/Museu da Filadélfia

 

A besta que julgamos conhecer

Todos temos a impressão de conhecer a história de Frankenstein: Um monstro enorme, verde, com parafusos no pescoço e suturas por todo o corpo. O filme protagonizado por Boris Karloff (“Frankenstein”, 1931) não foi a primeira adaptação cinematográfica da obra de Shelley, mas definitivamente moldou o imaginário coletivo. Graças ao sucesso da obra de James Whale, a criatura de Victor Frankenstein foi retratada tal qual Karloff em centenas de outras obras ao longo dos anos. Além da aparência, aprendemos que o monstro é resultado do trabalho de um cientista maluco e sua monstruosidade assusta todos os humanos.

Primeiramente, é importante estabelecer o que de fato o leitor encontra ao se deparar com o romance base de todo esse imaginário: Frankenstein é um romance epistolar (ou seja, narrado através de cartas) que narra, além da criação de uma criatura a partir de cadáveres e eletricidade, as desventuras de Victor Frankenstein e seus questionamentos sobre a vida, a existência e todo o horror em torno de suas tragédias pessoais. O experimento do cientista na verdade não possui um nome próprio, possui pele amarela e passou a ser conhecido pelo nome do seu inventor. Segundo o próprio livro, “sua pele amarelada mal dava conta de encobrir o mecanismo de músculos e artérias debaixo delas. Seu cabelo era de um negro lustroso; seus dentes eram de um branco perolado. Tais características luxuriantes, porém, apenas tornavam mais horrendos o contraste com o rosto enrugado, os lábios negros e os olhos aquosos […]” (página 131, segundo edição da editora Companhia das Letras, 2018).

Outra informação de suma importância para a história é sua relação com a mitologia grega. Segundo Thomas Bulfinch, em sua obra O Livro de Ouro da Mitologia, Prometeu era um titã e criou os homens com terra e água, oferecendo a eles uma aparência semelhante à dos deuses. Ele rouba fogo dos céus com a ajuda de Minerva e garante à sua criação superioridade perante todos os outros animais. Os deuses do Olimpo, em fúria, criam Pandora: a primeira mulher do mundo. A mortal desenvolve afeição por Prometeu e seu irmão, Epimeteu, que guardava uma caixa com elementos malignos em sua oficina. Tentada pela curiosidade, Pandora abre a caixa e espalha a maldade e o caos entre a humanidade. E, para complementar a vingança, Prometeu é acorrentado no alto do monte Cáucaso e amaldiçoado a ser devorado por um pássaro durante toda a eternidade.

 

            Filme protagonizado por Boris Karloff (“Frankenstein”, 1931)  moldou o imaginário coletivo        Imagem: Reprodução Internet

 

A obra literária em si:  O que devemos esperar?

A Era Vitoriana é o período entre 1837 a 1901, quando a Rainha Vitória governou o Reino Unido e houve muitas mudanças na estrutura da sociedade inglesa, tanto economicamente quanto em seu campo cultural. Ainda que possa ser considerada de caráter conservador e moralista, esse período foi berço de diversas narrativas que se basearam em temas escandalosos e controversos para debater a natureza humana. Além disso, as narrativas nesse formato passam a ganhar mais espaço tanto no cotidiano dos trabalhadores comuns quanto nas discussões em ambientes acadêmicos. Frankenstein é precursor de diversos romances importantes daquele contexto na história da literatura ocidental, como “O Retrato de Dorian Gray”, “Drácula”, “O Médico e o Monstro”, “O Morro dos Ventos Uivantes”, etc.

Partindo desse ponto, Mary Shelley deu à luz um romance de extrema complexidade. A narrativa começa com as cartas do capitão Robert Walton para sua irmã. O navio comandado por Walton fica preso no mar congelado e a tripulação avista uma criatura imensa e desfigurada viajando pela neve em um trenó puxado por cães. Assustados, os embarcados seguem viagem e se deparam com um homem doente, largado na neve. O homem se apresenta ao capitão como Victor Frankenstein e começa a contar sua história.

O “cientista maluco” apresentado por adaptações do audiovisual não condiz com a personalidade introspectiva e melancólica daquele que dá nome ao livro. Nascido em uma família amorosa e aristocrática, a infância do protagonista é retratada como feliz e saudável. O jovem Victor Frankenstein começa a se apaixonar pelas ciências da natureza durante seu período na Universidade de Genebra. Os experimentos com eletricidade e sua reação em seres vivos o levam a experimentações consideradas arriscadas pelo corpo docente. Após anos de tentativas frustradas e imersões por cemitérios da região, nasce a criatura. O orgulho do próprio trabalho se transforma em horror: Victor Frankenstein abandona sua criação à própria sorte.

 

Cultura midiática convive com representações da criação de Mary Shelley, a exemplo da animação Scooby-Doo   Imagem: Reprodução Internet

 

A sombra no que se considera humano

Durante todo o livro o leitor se depara com críticas ácidas ao tratamento que a sociedade da época oferecia a quem se distanciava das normas sociais. A criatura vira “o outro”, uma representação viva do desconhecido que causa prejuízo ao bem social apenas por existir. A criação de Frankenstein nasce pura e com o coração repleto de bondade, mas por conta do preconceito alheio se transforma em um ser consumido pelo rancor, corrente de pensamento defendida por Rousseau e por muitos dos pensadores influenciados pelo Iluminismo. Quando abandona sua criação, Frankenstein também abandona a responsabilidade perante seus atos, cegado pelo medo do ostracismo.

Olhando por essa perspectiva, é difícil não pensar em outros romances da época que abordam o declínio de uma mente sã, como “O Morro dos Ventos Uivantes”, de Emily Bronte. Heathcliff e a criatura se encontram abraçando a violência e a solidão como maneira de se proteger da dor causada por pessoas ao redor. A obra prima de Shelley também abraça questões filosóficas que posteriormente seriam associadas à corrente filosófica da pós-humanidade: o que resta à humanidade a partir do surgimento de máquinas? O quanto isso afeta o que a sociedade entende por ser a realidade? O que faz de alguém um verdadeiro ser humano? Em seu “Prometeu moderno”, Mary Shelley evoca o medo não a partir da criatura deformada de seu protagonista, mas pela irresponsabilidade do próprio homem em lidar com o caos.

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Festival Cabobu divulga programação completa que  começa sexta-feira

Evento em Pelotas conta com Atrações Musicais, Mesas Redondas, Oficinas, a Feira Preta Helena do Sul e o Palco da Diversidade, além das exposições Giba Giba e Coletiva de Artistas Pretos  “Afropresentismo”     

Por Maria Clara Morais Sousa e Stéfane Costa      

              Giba Giba será homenageado com exposição de fotografias       Foto: Diego Coiro

O Festival Cabobu vai celebrar a cultura negra na cidade de Pelotas e está em contagem regressiva para o início de suas atividades. O evento começa nesta sexta–feira (dia 21 de abril), com atrações que devem marcar o final de semana na região. Com apresentações musicais, cortejo e mesas redondas, o Cabobu retornará pela terceira vez, após mais de 23 anos de sua última edição. O evento conta com uma ampla agenda, incluindo Atrações Musicais, Mesas Redondas, Oficinas, a Feira Preta Helena do Sul e o Palco da Diversidade, além das exposições Giba Giba e Coletiva de Artistas Pretos “Afropresentismo” (veja a programação detalhada abaixo).

O público que deseja participar das atividades especiais já pode realizar a sua inscrição. Para comparecer ao espaço Oficina Mestre Baptista é possível se inscrever através deste link para preenchimento do formulário. As atividades serão realizadas no pátio interno da Secretaria Municipal de Cultura de Pelotas (Secult), na Praça Coronel Pedro Osório, 2, no Centro de Pelotas. Ao final do formulário será possível selecionar a oficina desejada. É possível se inscrever em mais de uma atividade, no entanto é preciso realizar uma nova inscrição.

Já para as mesas redondas do espaço Mestra Griô Sirley Amaro, os interessados podem acessar o link para obter o formulário de inscrição. As atividades do espaço ocorrerão na Bibliotheca Pública Pelotense, no número 103 da Praça Coronel Pedro Osório.

É importante ressaltar que todas as atrações do Cabobu são gratuitas, portanto, não será exigida qualquer taxa para inscrição.

Última edição do festival ocorreu há 23 anos     Foto: Divulgação

 

Atrações

Ressaltando ainda mais sua natureza plural e orgulhosa de sua cultura, o Festival Cabobu trará opções diversas para as ruas da Princesa do Sul. Na quinta-feira (20), antes mesmo do início do evento, será realizado um aquecimento dos tambores, com os grupos Sopaparia e Tambores de Candombe do Uruguay. No dia seguinte, sexta-feira (21), ocorrerá a abertura oficial do evento, com o cortejo de abertura, que iniciará na esquina da Secult e seguirá para o palco Giba Giba, montado no Largo Edmar Fetter, ao lado do Mercado Central. As demais apresentações seguirão no local.

Dentre as atrações locais, o Cabobu contará com a participação do DJ Tom Nunes, estudante de Pelotas natural de Porto Alegre. Tom conta que começou a mexer com som quando organizava festas de rua em 2012 com seus amigos. Na Capital, ele teve contato com tambores e cultura afro gaúcha pelo coletivo de estudantes negros chamado Negração.

Tom Nunes é aluno da UFPel e está entre as atrações do evento     Foto: Marisa Campos

 

Ao se mudar para Pelotas, o estudante de Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) diz ter vindo de “coração aberto” para a cidade. Nas suas palavras, “Pelotas é uma cidade muito viva culturalmente, da cultura preta, dá pra ver andando assim na rua, é muito demais”.

Ele contou que se sentiu muito honrado ao ser chamado para se apresentar neste encontro. Sobre sua expectativa, ele diz que “vai ser lindo” e que também será um evento “espiritualmente potente”.

Confira aqui a programação e temas dos debates e oficinas do Festival Cabobu:

ATRAÇÕES MUSICAIS

Dia 20/04 – Quinta-feira

20h – Aquecimento dos tambores com grupo Sopaparia de Porto Alegre e os uruguaios do grupo Tambores de Candombe do Uruguay do Jefe de Cuerda Guillermo Ceballos. Local: Ponto de Encontro Mestre Caloca, no bar Copa Rio, na praça Cel. Pedro Osório, 201.

Dia 21/04 – Sexta-feira

15h – Cortejo de abertura – Concentração na Esquina da Secult, contornando a praça Cel. Pedro Osório e indo até o palco Giba Giba no Largo Edmar Fetter (Largo do Mercado).

Local de encontro: Esquina da Secretaria de Cultura de Pelotas.

Concentração: 15h | Largada: 16h

A organização do Festival Cabobu convida toda a população pelotense para essa abertura espiritual, festiva e simbólica! Com abre alas do Grupo AFROPEL REUNA (Babalorixá Baiano de Oxalá), embalado pelo grupo de Alagbês Pelotas Cânticos Aos Orixás e com liderança do Babalorixá Juliano de Oxum (Ilê Axé Reino de Oxum Epandá e Xapanã Jubetei), e também participação dos Tambores de Candombe do Uruguay do Jefe de Cuerda Guillermo Ceballos, grupo Tambor Tambora e convidados.

Palco Giba Giba

LOCAL: Palco GIBA GIBA – Largo Edmar Fetter (Largo do Mercado Central de Pelotas) Entrada gratuita

Discotecagem e apresentação por DJ Helô nos intervalos dos shows.

17h – Solenidade de Abertura

17h50 – Grupo de Dança Odara

18h30 Lugarejo

19h30 – Quintal de Sinhá

20h30 – Marietti Fialho

21h30 Kako Xavier

22h30 Ialodê

Dia 22/04 – Sábado

Discotecagem e apresentação por DJs Vânia & Vanessa nos intervalos dos shows.

17h15 – Solenidade de Homenagem à cidade de Caçapava do Sul

18h Cia Clara Nunes

18h45 – Vagnotreta

19h45 – Rafuagi

20h45 – Laddy Dee

21h45 Paulo Dionísio

Dia 23/04 – Domingo

Discotecagem e apresentação por DJ Tom Nudes nos intervalos dos shows.

17h – Cia de Dança Afro Daniel Amaro

17h45 – Mano Rick

18h45 Afroentes

19h45 – 50 Tons de Pretas

20h45 Xava Banda

*Horários sujeitos a alteração

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MESAS REDONDAS

Local: Espaço MESTRA GRIÔ SIRLEY AMARO na Bibliotheca Pública Pelotense – Praça Cel. Pedro Osório, 103. Pelotas/RS

Dia 21/04 – Sexta-feira

8h30 As Relações Raciais e de Gênero no Brasil – A Violência e o Feminicídio à Mulheres Negras Cis, Trans e Indígenas Debatedoras: Cátia Cilene; Catarina Mota; Daiana Santos; Márcia Monks; Nina Fola; Pietra Dolamita.

10h30 Racismo Estrutural – Um Fenômeno a Ser Debatido Debatedores: Antônio Carlos Côrtes; Ledecí Coutinho; Márcio Chagas; Marielda Barcellos.

Dia 22/04 – Sábado

8h30 Charqueadas Pelotenses: A Omissão da Realidade, Impacto Social e Político nos Dias Atuais Debatedores: Andréa Mazza; Ledecí Coutinho; Marielda Barcellos; Mário Maia

10h30 Políticas de Ações Afirmativas – Combate à Discriminações Étnicas, Raciais e de Gênero Debatedores: André de Jesus; Carla Ávilla; Francisca de Jesus; Luciana Custódio; Rafuagi.

Dia 23/04 – Domingo

8h30 A Participação das Culturas e Saberes Afrodescendentes na Sociedade Debatedores: Babalorixá Juliano de Oxum; Ìya Sandrali de Oxum; Ìyá Carmen de Oxalá; Daniel Amaro.

10h30 CABOBU e o SOPAPO – Passado, Presente e Futuro Debatedores: Claudinho Pereira; Edu do Nascimento; Kako Xavier; Raquel Moreira; Richard Serraria.

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OFICINAS

Local: Espaço Oficina MESTRE BAPTISTA no Pátio da Secretaria Municipal de Cultura de Pelotas – Praça Cel. Pedro Osório, 2 – Pelotas/RS

Dia 21/04 – Sexta-feira

14h – Oficina “Clínica de Introdução Geral de Percussão Afro Gaúcha e Afro Brasileira”, com o Mestre Griô Paulo Romeu Deodoro, diretor musical do Grupo de Música e Dança Afro-Sul e coordenador do Instituto Sociocultural Afro-Sul Odomode.

Dia 22/04 – Sábado

13h30 Oficina “Ecos de um Tambor – Fabricando Tambor de Sopapo”, com os professores Maurício Polidori e Rogério Gutierrez.

15h30 Oficina “A Percussão Aplicada na Harmonia Musical – Se Me Bater, Eu Grito, Se Me Tocar, Eu Canto!”, homenageando o padrinho do evento, Djalma Corrêa, conduzida por José Batista, luthier, projetista do Sopapo e coordenador pedagógico do CABOBU.

Dia 23/04 – Domingo

13h30 Oficina “Percussão Para Crianças, Adolescentes e Adultos – Coordenação Motora, Funcionamento dos Instrumentos e Aprendendo a Tocar”, com o Mestre Paulinho do Areal.

15h30 Oficina “Os Processos da Construção do Tambor Sopapo, História e Ancestralidade”, com Dilermando Freitas, Mestre Griô, Sopapeiro, Luthier e Contador de histórias.

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FEIRA PRETA HELENA DO SUL DE 21 A 23 DE ABRIL – 10h às 18h

Local: Praça Cel. Pedro Osório – Centro de Pelotas/RS

Feira de produtos feitos por mulheres negras e indígenas. Coordenado pela FEIRA DE MULHERES EMPREENDEDORAS NEGRAS E INDÍGENAS (FEMENI) com 32 expositoras de vestuário, gastronomia e artes.

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PALCO DIVERSIDADE DE 21 A 23 DE ABRIL

Local: Feira Preta Helena do Sul na Praça Cel. Pedro Osório

Dia 21/04 – Sexta-feira

14h Tambores de Candombe do Uruguay do Jefe de Cuerda Guillermo Ceballos, grupo Tambor Tambora e convidados.

Dia 22/04 – Sábado

11h AfroCorpo

14h Piá

16h Bateria Xica da Silva – Dmix Charme

Dia 23/04 – Domingo

11h Tropa de Dança

14h Ojuobá

15h30 Grupo Renascença

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Exposição “Giba Giba – Guardião do Sopapo” – Curadoria de Sandra Narcizo (MS2 Produtora) e Doris Couto (Museu Julio de Castilhos) Local: Secretaria Municipal da Cultura de Pelotas – Praça Cel. Pedro Osório, 2.

Exposição Coletiva de Artistas Pretos “Afropresentismo” de Luis Ferreirah, pinturas de Zé Darci e artistas a confirmar. Local: Secretaria Municipal da Cultura de Pelotas – Praça Cel. Pedro Osório, 2.

Acompanhe as atividades também na página do Facebook do evento.

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Conversa Musical Dandô dia 25 de abril em Pelotas

“Cantautora” Kátya Teixeira e o documentarista Mário de Almeida apresentam música e prosa como parte de trabalho coletivo     

             O Dandô tem a missão de contribuir com encontros, trocas e reflexões culturais acerca da música e da arte em geral      Foto: Divulgação

Na terça-feira, dia 25 de abril, acontece o encontro Conversa Musical Dandô, às 14h, no Conservatório de Música da UFPel (Félix da Cunha, 651, Pelotas), com entrada franca. Neste encontro a “cantautora” e pesquisadora de cultura popular Kátya Teixeira – criadora e coordenadora geral do Dandô – ao lado do diretor e documentarista de cinema Mário de Almeida, vão entremear música e prosa sobre os caminhos do coletivo, dos saberes populares e de gestão cultural.

O Dandô é uma rede de diversos coletivos, mobilizadores locais, artistas, instituições e produtores culturais. Conforme seus integrantes, promove a integração, democratização, e circulação de ideias, pessoas e cultura, buscando contribuir para uma sociedade mais sensível e participativa. “Carregamos a missão de contribuir com encontros, trocas e reflexões culturais acerca da música e da arte em geral”, diz o texto de divulgação.

 

Kátya Teixeira tem viajado pelo Brasil e mundo divulgando e pesquisando cultura popular Foto: Daniel Kersys/Divulgação

A “cantautora” e instrumentista paulistana Kátya Teixeira é pesquisadora da cultura popular brasileira. Com 29 anos de carreira, traz em seu trabalho o resultado de suas andanças pelo Brasil, países latino-americanos e europeus. Tem oito álbuns e quatro singles gravados. Teve seus CDs indicados aos Prêmios da Música Brasileira, Profissionais da Música, Grão de Música e Troféu Catavento de Solano Ribeiro, da Rádio Cultura de São Paulo.

Kátya assina vários projetos culturais, dentre os quais se destaca este premiado “Dandô – Circuito de Música Dércio Marques”, que cria um intercâmbio e circulação de música popular em várias cidades brasileiras, da América Latina e Europa.

Diretor Mário de Almeida tem voltado sua produção de filmes para arte musical da viola

 

O paulistano Mário de Almeida é diretor, produtor e roteirista. Ele tem pesquisado a cultura popular e a música de viola, temas sobre os quais realiza projetos, como os curtas “Reis-os violeiros de Palmital” (2013), “Entreposto – tradição em movimento no caminho das tropas” (2019) e “Vem com o tempo – tradição e fé da Região Bragantina” (2020). Em 2018, concluiu seu primeiro longa-metragem, o documentário “Viola Perpétua” (ProAC 2017), exibido na televisão brasileira por meio dos canais Music Box Brazil e TV Aparecida, entre os anos de 2018 e 2021.

Entre os projetos atuais de Mário de Almeida, destacam-se: “Sessões elétricas para um novo tempo”, com o violeiro Ricardo Vignini (2020), “Beira de Folha”, com Consuelo de Paula e João Arruda (ProAC 2019); a webserie “Viola da Terra” (Proac 2021 e 2022); o projeto experimental “Viola Avançada” (Proac 2021), com os músicos Dino Vicente, Edgard Scandurra e Katya Teixeira, entre outros. Além dos documentários “Levi Ramiro – Violeiro e Artesão” (Proac 2020); e “Mostra Reverbo”, sobre o coletivo de “cantautores” pernambucanos contemporâneos (2023).

Veja o vídeo de divulgação do circuito musical Dandô:

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A arte do pagode: “Swingando de Rua” volta a acontecer em Rio Grande

O evento, que ocorre desde 1997, é originado no programa “Swingando” da Rádio Oceano – antiga Cassino FM – e teve nova edição neste mês      

Por Tais Carolina        

O pagode é um gênero musical originado no samba entre as décadas de 1970 e 1980. Seu início foi caracterizado pelas tradicionais rodas de fundo de quintal nos subúrbios do Rio de Janeiro. Ainda, segundo a Sociedade Artística Brasileira (SAB), o termo pagode “também se popularizou para designar festas regadas à música, alegria, comidas e bebidas, herança dos festejos que aconteciam desde antes do século 19, nas senzalas e quilombos”.

A Rádio Oceano, na cidade do Rio Grande, conta com o programa de pagode “Swingando”, que surgiu em 1995, quando a emissora ainda se chamava Cassino FM. O foco é em uma programação musical totalmente voltada ao gênero. Para além das ondas do rádio, o programa também conta com uma extensão: o “Swingando de Rua”, que vem acontecendo em diversos locais, reunindo várias atrações. O evento, iniciado em 1997, e que já teve 18 edições, não era realizado desde 2018 e teve seu retorno no domingo de Páscoa, dia 9 de abril.

 

17º Swingando de Rua na Fearg, em 2018, com a participação do grupo Só Raízes e Veloir Rodrigues

 

O 18º Swingando de Rua foi transmitido ao vivo na 97,1 diretamente do palco do 1º Festival do Mar (Festimar), no Centro Histórico de Rio Grande. Milhares de pessoas estiveram presentes para curtir o dia, que contou, além de música boa, com distribuição gratuita de erva-mate e atividades com direito a brindes.

A abertura do evento, iniciado às 16h, foi com o Grupo Pra Climatizar. Depois, teve Pagode do Dudu, com a participação de Vagner Sória, Kauã Castro, Lucas Britto e Alisson Camargo e Thiago Nogueira. Conforme o passar do tempo, o Centro Histórico foi ficando cada vez mais lotado. O fechamento das apresentações de pagode  ficou por conta do grupo Só Raizes. 

O Swingando de Rua vai além de pagode ao vivo, ele tem a ver com união do público e interação. Selmo Junior, apresentador do Swingando há mais de 25 anos, agitou a plateia com várias formas de participação. Pode-se citar a “danca das cadeiras” e o “desafio de dança”, em que os voluntários tiveram que mostrar samba no pé. No desafio “qual é a música”, o público tinha que descobrir o nome da canção a partir da introdução que a banda estava tocando. Todas as brincadeiras contaram com a entrega de brindes aos vencedores.

 

A décima oitava edição do evento lotou o Centro Histórico de Rio Grande no dia 9 de abril

 

Swingando de Rua

O primeiro Swingando de Rua ocorreu em janeiro de 1997, no bairro Getúlio Vargas. “Naquele período, o evento acontecia em média uma vez por mês, em vários bairros da cidade”, explica Selmo Junior. O penúltimo Swingando de rua ocorreu no dia 14 de julho de 2018, na 40ª edição da Fearg Fecis e contou com a participação dos grupos Só Raizes e Acesso livre. Ao falar sobre o que sentiu ao retornar com a realização após quase cinco anos de pausa, Selmo diz que tem “sentimento de gratidão”.

“Não poderia ser outro, rever os amigos músicos com quem eu dividi o palco inúmeras vezes e rever vários ouvintes, amigos, muitos que iam nos eventos ainda adolescentes. E hoje rever eles como pais, mães, é uma sensação incrível”, relata Selmo Junior. “O programa, ao longo desses 27 anos, atingiu inúmeras gerações. E, depois de um grande sucesso nessa volta, que há muito era pedida por muita gente, prova que ainda tem muita lenha para queimar. Nada melhor do que o sentimento da Páscoa para o renascimento do Swingando de Rua, que, com certeza, voltou para ficar e fazer novas histórias”, conclui.

 

O comunicador Selmo Junior com a primeira camiseta do Swingando

 

Veja a linha do tempo dos Swingando de Rua ao longo dos anos, de 1997 a 2023:

– 1º  – 1º de Janeiro de 1997, no BGV, com Mistura, Swing Samba Jr e Força do Samba;

– 2º  – No bairro Navegantes, no dia 23 de fevereiro de 1997;

– 3º – No Parque Marinha, no dia 16 de Março de 1997, shows com Swing Samba Júnior, Doce Veneno, Magia do Samba;

– 4º – No bairro São Miguel, no dia 17 de maio de 1997;

– 5º – Na Cohab 4, no dia 29 de junho de 1997, shows com Swing Samba Júnior, Tropical, Força do Samba;

– 6º – No Parque Marinha, no dia 12 de outubro de 1997, com os grupos Swing Samba Júnior, Magia do Samba, Força do Samba, Oficina do Samba e Tropical;

– 7º – Na Praia do Mar Grosso, em São José do Norte, no dia 15 de fevereiro de 1998, shows com Só Raizes, Samba 3 e Oficina do Samba

– 8º – No Parque Marinha, no dia 9 de agosto de 1998, shows com Samba 3, Oficina do Samba e Magia do Samba;

– 9º – Na Cohab 4, no dia 13 de setembro de 1998, com Samba 3, Oficina do Samba e Tropical;

– 10º – No Parque São Pedro, no dia 12 de outubro de 1998, shows com Contrato de Risco (POA), Mistura e Magia do Samba;

– 11º – No Cassino, no dia 15 de novembro de 1998, shows com Grupo Gana (POA) e Oficina do Samba;

– 12º – No Parque Marinha, no dia 14 de março de 1999, shows com Samba 3 e Oficina do Samba;

– 13º – No Canalete, no dia 21 de abril de 1999, com Samba 3 e Swing Samba Júnior;

– 14º – No Campo do Quartel, no dia 1º de maio de 1999 com Samba 3, Oficina do Samba e Banda Gueto

– 15º – No bairro Navegantes, no dia 26 de setembro de 1999, com os Grupos Mistura, Gueto e Mera Coincidência, mais o Grupo de Dança Yank’s;

– 16º – Na Praça Saraiva, no dia 13 de outubro de 2002, com os Grupos Mistura e Samba 3;

– 17º – Na Fearg Fecis, no dia 14 de julho de 2018, com os grupos Acesso Livre e Só Raizes;

– 18º – No Centro Histórico de Rio Grande, no dia 9 de abril de 2023, com Grupo Pra Climatizar, Pagode do Dudu – com a participação de Vagner Sória, Kauã Castro, Lucas Britto e Alisson Camargo – e Thiago Nogueira.

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