Escola de Restauração faz sua aula inaugural

Projeto busca formar profissionais comprometidos com a preservação de patrimônios históricos   

Por Júlia Radmann e Maria Eduarda Santos     

 

                    Renato Sivoldi, Carmen Vera Roig e Simone Neutzling  conversaram com  entusiastas da área                    Fotos: Carlos Queiroz/QZ7 Filmes

 

Com aulas presenciais na Catedral São Francisco de Paula de Pelotas, a Escola de Restauração – uma iniciativa da Perene Patrimônio Cultural e Ambiental – une o antigo e o novo. O principal objetivo da escola é formar profissionais comprometidos com a preservação da história do nosso estado. A aula inaugural, realizada no dia 17 de maio, marcou oficialmente o início das atividades da Escola de Restauração. O encontro foi uma contrapartida de um projeto ainda maior: a restauração da Catedral de Pelotas. A atividade reuniu estudantes, profissionais e entusiastas da área do patrimônio. As aulas foram ministradas por Simone Neutzling, mestre e doutoranda em Memória Social e Patrimônio Cultural.

Transformando os patrimônios históricos em verdadeiras salas de aula, a Escola de Restauração se preocupa com o futuro e com as histórias que esses prédios carregam. Seguindo a metodologia do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e do IPHAE (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado), a escola oferece formação teórica e técnica para estudantes e profissionais de arquitetura, engenharia, conservação, edificações e demais interessados. Mais do que capacitar, a proposta é sensibilizar para a importância da preservação da memória coletiva.

Durante a aula, Simone explicou como serão organizadas as atividades do projeto e destacou a relevância dessa iniciativa para Pelotas. “É uma cidade que tem tudo para se destacar na economia criativa – e essa economia pode surgir a partir do patrimônio. Mas, para isso, a gente precisa desenvolver um ecossistema do patrimônio. Tem que ter o projeto de restauração, a obra de restauração e pessoas capacitadas para fazer tudo isso”, afirma a arquiteta.

 

Encontro propôs o desenvolvimento da economia criativa através de um olhar para o patrimônio das cidades

 

Esse primeiro momento foi pensado justamente para apresentar a importância desse trabalho a quem participa do projeto, mostrando o quanto é necessário que mais profissionais – de diversas áreas – tenham esse tipo de vivência. Renato Savoldi, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE), reforçou essa ideia: “Estamos aqui e em áreas muito ligadas à memória e ao patrimônio. É isso que a gente busca: a transmissão de experiência”.

Com mais de 110 inscritos apenas na etapa da Catedral de Pelotas, a ação já mostra o quanto é necessária – e bem recebida. A aula inaugural foi só uma amostra do que vem pela frente para quem se inscreveu, tanto aqui em Pelotas (na Catedral São Francisco de Paula e na Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Igreja do Porto) quanto em Jaguarão (na Igreja Imaculada Conceição) e em Arroio Grande (na Capela de Santa Isabel).

As aulas, que seguirão até o mês de setembro, representam um novo marco na formação de profissionais dedicados à conservação do patrimônio histórico do estado – e, principalmente, da nossa cidade. A Escola de Restauração se firma como um espaço de aprendizado e troca que olha para frente, mas sem nunca deixar a memória para trás.

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