Personagens de “Breaking Bad” perguntam sobre seu futuro

Por Matheus William Müller Ruckert   

Produção estadunidense lançada em 2008 tem como base princípios do mundo do crime e conceitos da química avançada

Se você é um daqueles poucos que não conhece nada a respeito da série de TV norte-americana “Breaking Bad”, lançada em 2008, e dirigida por Vince Gillian, bom você realmente está perdendo muito em não assistir esta obra. Afirmo isso pela pouca porcentagem de pessoas que dizem ter olhado e não terem gostado do que viram. Sua aceitação na Netflix é de 96%. A maioria abraça a série desde o início, apegando-se aos personagens e pela curiosidade e dúvida de querer saber o que irá acontecer com eles num futuro próximo ou distante.

Jesse Pinkman (Aaron Paul) e Walter White (Bryan Cranston) são os dois  personagens principais da série

Os dois personagens principais, Walter e Jesse, têm o papel de ditar o rumo da história, sendo eles os principais causadores e afetados dos eventos e problemáticas da narrativa. Walter White (Bryan Cranston) é um ótimo entendedor e professor de química, porém frustrado com sua vida atual, pois a condição financeira de sua família não estava indo bem. Para contornar a situação, ainda trabalhava numa lava jato para custear os gastos da sua família. E também tinha recém-descoberto um câncer que limitaria sua trajetória a apenas mais dois meses de vida restantes. Já Jesse Pinkman (Aaron Paul) é um ex-aluno de Walter, porém agora ele é pequeno traficante de metanfetamina. E os destinos destes dois se cruzam de uma maneira bem peculiar. É óbvio que você vai ter que assistir para saber já que isto é uma resenha e não um resumo da história.

Além destes dois personagens principais mencionados, ainda temos a participação de diversos outros coadjuvantes, como a família de Walter, sua esposa Skyler (Anna Gunn) e seu filho Walter White Jr (Rj Mitte), a família da irmã de Skyler, a Marie Schrader (Betsy Brandt) e seu marido oficial do departamento de narcóticos cunhado de Walter, Hank Schrader (Dean Norris). Toda a história é narrada em um total de cinco temporadas, com mais ou menos 12 episódios cada, tendo seu término lá em 2013.

               Os destinos destes dois personagens se cruzam de uma maneira bem peculiar             Foto: Divulgação  

Roteiro

Bom, esta é realmente é uma obra muito coesa e dramática, tendo como base princípios do mundo do crime e conceitos da química avançada. O roteiro aplica muito bem os seus personagens na trama e os usa com proficiência ao encaminhá-los a caminhos pouco prováveis, mas muito realísticos.  São condizentes com os acontecimentos ao redor. É tudo muito bem calculado e pensado com epifanias e reviravoltas todo o momento. Uma química incrível é formada ao nos aproximar dos personagens e de seus destinos e como isso vai se desenrolar. No fim, vai valer cada episódio assistido, até mesmo aquele da mosca cujo teve uma boa repercussão na época e não vou dizer o motivo.

“Breaking Bad” tem uma legião de fãs por todo o mundo e é, até hoje, considerado e visto como um dos melhores seriados de ação e investigação já feitos. Isso é muito pela perspectiva em que direciona os personagens. Nos apegamos mais como certos “vilões” da história, mas jamais negligenciando e esquecendo as suas motivações e porque fazem o que fazem. Já o caráter e a personalidade de cada personagem vão ditar como estes irão atuar para que o roteiro vá para frente. São desenvolvidas tramas e reviravoltas chocantes, que nos fazem ficar vidrados nos acontecimentos ao longo da narrativa.

Bom, quando quiser e tiver curiosidade e tempo, disponha para assistir esta série, que é tanto linear quanto megalomaníaca. Essas são qualidades que definem bem o rumo do roteiro, que é cheio de acordos, tiros, tramas familiares e muita, mas muita metanfetamina, para vender e usar. Tudo depende de que local e papel os personagens estarão designados a estar e cumprir em cada momento, pois, sim, cada momento aqui importa e é relevante, isto é “Breaking Bad”.

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