Romance épico de Julia Quinn em “Bridgerton”

Por Andressa Siemionko Lacerda    

Produção de Shonda Rhimes cria transposição bem-sucedida de obra literária para canal de streaming

Cada episódiio de “Bridgerton” é uma adaptação de um dos oito títulos criados pela escritora    Foto: Divulgação Netflix

Nas livrarias, os romances de Julia Quinn não enganam. Com lindas mulheres, estampando capas de romances épicos e leves. São ingredientes perfeitos para uma produção de uma série de televisão cheia de charme, que encantou os assinantes da plataforma de streaming Netflix neste momento pandêmico. A criadora da família Bridgerton soma mais de 10 milhões de cópias vendidas de suas obras literárias no mundo todo.

A série retrata a curiosa procura pelo verdadeiro amor dos oito irmãos, filhos da matriarca Lady Violet, interpretada por Ruth Gemmell. Toda a trama se passa na alta sociedade londrina do século 19, com grandes bailes, vestidos pomposos, casamentos arranjados e muita fofoca.

A série é criada por Chris Van Dusen e produzida por Shonda Rhimes, roteirista de grandes sucessos como: “Grey’s Anatomy” (2005-presente) e “How to Get Away with Murder” (2014-2020). Cada temporada da série Bridgerton é uma adaptação de um dos oito títulos escritos por Julia Quinn, sendo o primeiro: “O Duque e eu”.

Regé-Jean Page, como Duque de Hasting, e Phoebe Dynevor, como Daphne            Foto: Divulgação Netflix

A primeira temporada é focada na história de Daphne (Phoebe Dynevor), quarta filha da família e Simon, o Duque de Hastings (Regé-Jean Page), seu par romântico. Um casal improvável, mas que arranca suspiros e preocupação dos fãs da série. A preocupação se dá por uma promessa feita no passado pelo Duque de Hastings e isso pode acabar arruinando a relação do jovem casal.

Além de bem-humorada, a produção é cheia de glamour, com muitos vestidos e trajes de galas, cenários arquitetonicamente britânicos e aristocráticos, típicos do século 19. A série contou com mais de 20 casarões, castelos e parques para as gravações. Dentre eles, está a Ranger’s House – mansão construída em 1722 e localizada no Greenwich Park, em Londres, casa da família protagonista da trama, e o Castle Howard – palácio rural situado no condado de North Yorkshire, casa do Duque de Hastings, na obra.

Com mais de 7.500 figurinos feitos especialmente para a produção, a primeira temporada de Bridgerton foi um sucesso. Lançada no dia 25 de dezembro de 2020, em seus primeiros 28 dias no ar, a série foi assistida por 82 milhões de contas na plataforma. Atualmente é a série original Netflix mais vista, desbancando outras produções como “O Gambito da Rainha” (2020) e “The Witcher” (2019).

Futuro da trama

Jonathan Bailey vive o polêmico Anthony Bridgerton, protagonista da segunda temporada  Foto: Divulgação Netflix

Depois de garantir tanto sucesso, foi anunciada a produção da segunda temporada de “Bridgerton” em 21 de janeiro de 2021, e, em seguida, deverão também ocorrer a terceira e a quarta temporadas. A segunda vai tratar das desventuras amorosas do filho mais velho da família, Anthony Bridgerton (Jonathan Bailey), segundo título das obras de Julia Quinn: “O Visconde que me amava”.

“Bridgerton” foi lançada após os primeiros nove meses de pandemia. Possivelmente, seu estrondoso sucesso esteja ligado a esse momento. Com a situação vivida no mundo todo, os espectadores têm preferência por ver conteúdos mais leves, bem-humorados e bonitos, obras que sejam mais emocionalmente reconfortantes.

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