Por Angelo Gabriel Aiala
A terceira edição da Feira Vegana de Pelotas foi um verdadeiro sucesso. O evento contou com a presença de diversas atrações culturais e com artistas locais que apresentaram diferentes tipos de artes, como pintura, desenhos digitais e na técnica de aquarela. A organização do evento se preocupa em dar visibilidade a artistas e marcas locais que apoiam o movimento vegano.
De acordo com Aline Ebert, ativista e organizadora da Feira, o propósito é ser um festival cultural com ativismo, para mostrar relevância social e ambiental de várias frentes, sobretudo a libertação animal. “A Feira traz também o tema de não uso de agrotóxicos, menos consumo de industrializados, menor geração de lixo, reuso de roupas, objetos e móveis, moda autoral e tudo o que for possível ressignificar”, reforça Aline
O artista Jefferson Nascimento, estudante de Cinema de Animação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) se fez presente na Feira, pois ele se relaciona bastante com o movimento. “Acredito que seja uma forma muito interessante de se viver. E como o ambiente da feira é muito agradável, acaba se tornando muito interessante vir expor e prestigiar”, afirma.
Jefferson defende que não é preciso de carne para ter uma ótima alimentação, pois o ideal é preparar comidas bem elaboradas, mesmo que sejam com alimentos simples. O artista desenvolveu um projeto exclusivo para a feira, que envolve pinturas sobre receitas veganas acessíveis. Ele pensa que, mostrando essa culinária de uma forma diferente, abre a mente das pessoas e faz com que elas vejam de outra maneira o movimento.
Já a artista Carol Cotrim, estudante de Cinema de Animação (UFPel), estava expondo juntamente com Jefferson e sempre gostou muito de desenhar animais, pois ela acredita que as pessoas só protegem o que conhecem, portanto acha essencial mostrar isso a elas de alguma forma. “Além da causa animal, me preocupo muito com as causas ambientais e com os animais que estão em extinção”, declara Carol.
O evento contou também com a artista Caterine Ribeiro, estudante de Design Gráfico, que produz desenhos em aquarela. A artista gosta muito de desenhar mulheres no geral, como personagens de filmes, atrizes, youtubers, entre outras. Ela ama a interação que tem com o público, quando as pessoas reconhecem o seu trabalho. “Quando tive o primeiro contato com aquarela, por ser um tanto quanto difícil, meu trabalho não era bom, mas com o tempo fui dominando a técnica”, diz Caterine.
Seu primeiro contato desenhando animais foi recente, quando a própria Feira entrou em contato e pediu se ela tinha interesse em desenhar alguns bichos para a capa do evento, Caterine amou a ideia. “Mesmo que tenha sido fora da minha zona de conforto, essa experiência abriu bastante a minha mente, foi muito interessante de fazer”.
A artista tem a intenção de divulgar mais seu material e juntar com a causa, pois acha que é bom mostrar isso a mais pessoas. “Eu já colo adesivos em alguns pontos da cidade, tenho interesse de juntar desenhos de animais com frases que remetam ao movimento”, afirma Caterine.
Os artistas simpatizaram muito com essa edição, mesmo tendo sido a primeira que eles participaram. A ideia da Feira e principalmente do movimento é mostrar as pessoas que o Veganismo é acessível e não apenas para uma pequena parte da população. “A ideia surgiu por observarmos que na cidade existem várias marcas veganas. A luta fica mais forte quando é em um grupo”, diz Aline.
A próxima edição ainda não tem data, mas a Feira sempre informa através de redes sociais, como Instagram e Facebook, pois a ideia é que ela cresça cada vez mais. “Todos são bem-vindos para conhecer o Veganismo, pois o tema segmentado e a divulgação empática chamam atenção do público”, conclui Aline.
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