Por Gislaine Rodrigues
De clássico a atual, o live-action de “Aladdin”, da Disney, estreou nas telas de cinema ao redor do mundo no fim de maio e tem sido um sucesso de bilheteria. Nos cinemas de Rio Grande e Pelotas, o filme também entrou em cartaz no final do mês passado. A adaptação, sob direção de Guy Ritchie, é de uma produção ímpar, sendo fiel a pontos principais da trama, apesar de apresentar mudanças que enriquecem a história original.
Do início ao fim, o espectador faz uma viagem de tapete mágico com destino a Agrabah, causando uma nostalgia aos que assistiram o clássico em sua infância e prendendo a atenção dos que estão conhecendo pela primeira vez o universo localizado em algum lugar no Oriente Médio.
A história, modernizada para o longa-metragem, conta o romance entre Aladdin (Mena Mossoud), um jovem órfão que vive de pequenos roubos junto de seu macaco Abu, e, Jasmine (Naomi Scott), a princesa de Agrabah filha do sultão. O amor dos dois não pode ser concretizado pela diferença de classes, devido a uma lei que diz que a princesa só poderia casar com um príncipe. Tudo se desenrola paralelamente ao grande plano maligno do conselheiro real, Jafar (Marwan Kenzari), de conquistar uma lâmpada mágica que abriga um gênio (Will Smith) para tornar-se sultão.
A trama, bem desenvolvida, acaba se tornando até mesmo melhor resolvida que a original devido à riqueza de detalhes. O espectador consegue conhecer os personagens de forma mais aprofundada e compreende até mesmo como foi feita a escolha do nome “Príncipe Ali” e seu reino, por exemplo, algo que passou batido no clássico e que faz diferença.
Aladdin (Mena Massoud) está muito bem interpretado, o ator conseguiu exprimir todas as características do original, tem uma aparência bem familiar com a versão do desenho e possui um ar de desengonçado que encanta o público em algumas cenas.
O consagrado Will Smith como gênio foi uma aposta arriscada e levantou críticas por parte do público, porém, deve-se reconhecer que deu muito certo. As raízes da personalidade do gênio estavam lá. O talento do ator, somado à magia e às palhaçadas do personagem, compõe as cenas com maestria. Inclusive, nessa adaptação, soma um pouco mais na história do personagem, trabalhando uma parte que não está na original.
Além disso, uma nova personagem é introduzida no longa, Dalia (Nasim Pedrad), ama e amiga da princesa Jasmine. Já o macaco Abu, o tigre Rajah, o papagaio Iago e o tapete mágico são bem representados. Só que, dessa vez, eles são mais “reais”, não são tão cômicos, mas cumprem seu papel e encantam. No filme original, por exemplo, o papagaio de Jafar falava o filme inteiro, no atual, ele age como um papagaio de verdade, apenas falando algumas frases repetidas. Os diretores conseguiram trazer com sutileza algo que só poderia acontecer no mundo fictício.
Em poucas semanas, “Aladdin” já atingiu a marca de US$ 400 milhões nas bilheterias em nível mundial. A adaptação demonstra ser um dos grandes sucessos do live-action da Disney não só nas bilheterias como também na riqueza de produção, na mensagem que passa para o público, e, em um novo olhar sobre a história original. A companhia está acertando com a releitura de seus clássicos, a exemplo de “Dumbo”, apresentado recentemente. O filme “Aladdin” está em exibição nos cinemas do Brasil inteiro.
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