Naiara Khastasmokia
Dentro das diversas apresentações que fizeram parte do 8º Festival Internacional SESC de Música de Pelotas, em janeiro, uma chamou a atenção. A Orquestra Jovem do Estado de Sergipe encantou um público muito especial. A plateia contou com pacientes e familiares que literalmente lutam pela vida. Com doenças crônicas como o câncer, a hipertensão e diabetes, por exemplo, eles participam do projeto Cuida Ativa, que existe desde 2015, e funciona no prédio da antiga empresa Laneira Brasileira S. A., no bairro Fragata, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Para Carolina Lima Bettin, que se emocionou durante a apresentação e é voluntária do projeto há alguns anos, esse concerto musical teve um gostinho especial: “Estamos tentando implementar o tratamento com a musicoterapia nas atividades, e essa apresentação foi o pontapé inicial para a inserção da música nos projetos feitos aqui.”
A Orquestra Jovem faz parte de um projeto social que acontece em Aracajú. É composta por jovens menores de 18 anos, e que moram em regiões de vulnerabilidade social em Sergipe.
Em apenas 45 minutos de apresentação, foi possível perceber o grande talento que esses jovens alunos possuem. Na sede da orquestra em Sergipe, 144 adolescentes ao todo aprendem os diversos instrumentos da música erudita, mas somente 15 vieram a Pelotas.
Em meio à luta pela melhora da saúde, a música serve de alento, e com o trabalho do projeto Cuida Ativa, os usuários e familiares encontram forças para continuar lutando e acreditando na vida.
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