Pelotas tem sua 17ª Parada da Diversidade

Público lotou Avenida no início do mês  em evento que celebra a diversidade com música e alegria

Naiara Kasthasmokia

        

     O primeiro final de semana de dezembro foi marcado pela 17ª Parada da Diversidade de Pelotas, que contou com centenas de pessoas que prestigiaram apresentações artísticas. O evento congrega os movimentos sociais e apresenta os concursos Miss Drag e Mister Diversidade. Mais uma vez a edição foi ao longo da Avenida Bento Gonçalves, com o palco de show localizado em frente ao Altar da Pátria.

A Parada Gay já é um evento tradicional na cidade, e fez parte da programação da Semana da Diversidade na tarde do domingo, dia 3 de dezembro. O tempo ensolarado colaborou para o sucesso da programação.

Este ano, a Parada foi organizada pelo Grupo Também, ONG Gesto, Vale a Vida, Núcleo de Gênero da Universidade Federal de Pelotas e o Grupo Juntos. O evento também foi um momento para reforçar a discussão de gênero para as escolas, de acordo com o projeto de lei votado e aprovado por diferença de um voto na Câmara dos Vereadores de Pelotas, que possibilitará às escolas a tratarem sobre gênero dentro da sala de aula. Segundo Marcos Fernandes, um dos organizadores que faz parte do Grupo Também, afirma que a Parada da Diversidade tem um papel importantíssimo para a comunidade LGBT, que precisa mostrar sua identidade para a população. Se diz feliz pela aprovação da discussão de diversidade e gênero a serem pautados nas escolas, dentro do Plano de Educação. Para ele, as crianças precisam muito dessa discussão nas escolas, para serem preparados para a integração social.

Marcos Fernandes ressalta que Parada cumpre papel fundamental para afirmação da comunidade LGBT

Não bastasse a discriminação, a cada 25 horas um homossexual é assassinado no Brasil, apesar de ser um País formado pela mistura de raças e crenças. Segundo dados de uma pesquisa divulgada no início do ano pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), o ano de 2016 foi recorde de mortes LGBT  no Brasil, foi o ano mais violento desde 1970. Foram registradas 343 mortes de janeiro a dezembro do ano passado, fazendo o Brasil ser o campeão mundial na violência contra as minorias sexuais, segundo o Blog do Correio 24 horas.

Movimentos como a Parada da Diversidade de Pelotas possibilitam um espaço de fala para essa camada da sociedade, que muitas vezes não é ouvida e respeitada. Apesar das diferenças das orientações sexuais de cada indivíduo, todos somos iguais e possuímos o dever de respeitar as diferenças do outro, para uma sociedade que preze pela boa convivência entre as pessoas que fazem parte das diferentes camadas da população.

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