Beatriz Coan Peterle
O projeto Sete ao Entardecer desse ano aconteceu no Mercado Público de Pelotas, atraiu uma plateia diversificada e contou com diversas atrações culturais. Todas as segundas-feiras, do dia 3 de abril a 26 de junho, aconteceram apresentações de música ou teatro. O projeto, financiado pela Secretária de Cultura de Pelotas (SECULT), busca valorizar a cultura local e os novos artistas. Hoje o Sete virou, também, uma vitrine de novos talentos, como Carlos Finger, estudante do curso de Teatro da UFPel e diretor da peça “Somos todos Severinos”.
Finger, que está no sétimo semestre do curso, conta sobre a experiência que foi, como estudante, ter esse espaço aberto: “Enriquecedora e incentivadora. Foi meu primeiro edital. Enriquecedor no sentido de atingir um público geral pelotense, a comunidade. Incentivador, pois, a apresentação teve um retorno financeiro. O Sete ao Entardecer é uma política pública que garante a valorização da produção artística e garante a sociedade a fruição em arte de forma acessível”.
A montagem de “Somos todos Severinos” iniciou em maio de 2016, foi interrompida durante o período de greve e recesso da UFPel, voltando em março desse ano. Durante todo o tempo deste processo, nove pessoas também participaram de alguma forma desta peça, em sua maioria estudantes. Carlos conta sobre a importância desse espaço, que é o Sete ao Entardecer, para a comunidade e para quem está começando a carreira artística: “Para as cidades que possuem fundos de cultura, como Pelotas, é de importância vital este incentivo, pois valoriza o trabalho do artista, dando oportunidade e tempo para ele produzir arte e mostrar para comunidade. Também sinaliza uma outra vertente para o artista poder produzir e sobreviver artisticamente”.
O evento gerou novas propostas para o grupo. Com a apresentação no Mercado Público surgiram dois convites, um para Piratini e outro no evento “Mandela Day” em Pelotas, na ocupação Canto de Conexão. O estímulo também vem da plateia, com afeto ou palavras ditas no dia da apresentação e momentos posteriores, que alimentam a criação do artista.
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