ONG Anjos e Querubins luta por cultura e educação
Reportagem de William Machado –
Aqueles que fazem a diferença e enfrentam qualquer barreira estão cada vez mais presentes em nossa sociedade. Um exemplo disto é o caso da Organização Não-Governamental Anjos e Querubins. Seu presidente, Ben Hur Flores, teve a iniciativa de implementar atividades que combatessem a discriminação com um olhar voltado para as comunidades das periferias.
Ben Hur salienta que “a ONG virou praticamente uma prestadora de serviço, sempre a favor da educação”, ao dar auxílio gratuito para a comunidade pelotense e da região. Nos primórdios das atividades da instituição, a pretensão era apenas um grupo de teatro, porém o apelo popular e os trabalhos, que ganharam força ligados à cultura, fizeram com que uma nova proposta fosse pensada para expandir o grupo, não somente no bairro Getúlio Vargas, mas para toda a cidade e região.
Ben Hur Flores planeja fazer um musical em homenagem à cantora Clara Nunes Foto: William Machado
A organização já teve atuação em diversos espaços de troca de cultura no Brasil, como, por exemplo, no caso do encontro ocorrido em julho no Rio de Janeiro com uma ideia proposta por lideranças para discutir o porquê de não existir uma integração maior e compartilhamento das dificuldades que são enfrentadas por todas as comunidades carentes deste país.
A atuação da ONG não se limita apenas à sua nova sede, na localidade do Navegantes, mas sim em outros espaços, no Bairro Areal, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Lélia Romaneli, e até mesmo em outros municípios, como na cidade de Herval, com a ideia de atingir novos públicos também em Pelotas, no Dunas e no Pestano, no CAIC.
Atualmente, na sua sede no Navegantes existe uma nova agenda de troca de experiências como intercâmbios de alunos oriundos de outros países que estão atuando junto à ONG na promoção de igualdade. Um dos instrumentos mencionados pelo presidente é a possibilidade de ser um facilitador na educação, como cita o exemplo da menina Andréia Medeiros, a qual participou desde o início das atividades e, apesar das dificuldades do trabalho de gari, está cursando a faculdade de pedagogia, servindo de inspiração para os demais participantes.
Ben Hur ainda revela intenções de, em parceria com a Orquestra Afrobeat, da própria instituição, realizar em 2016 um espetáculo de teatro musicado, contando um pouco da trajetória de uma das maiores intérpretes do samba de raiz Clara Nunes. Antes de finalizar, relata que uma das principais ideias é fazer mostras de arte, não dentro das regiões periféricas, mas sim levando suas vozes para a zona central da cidade.
Ao final, para que haja o fortalecimento das comunidades, afirma que é necessário trabalhar com o coletivo, sendo isto primordial para geração do desenvolvimento de uma nação. Quando questionado a respeito do que espera deste sistema de intercâmbios e como acharia que a mudança pudesse acontecer, responde que lutando sozinho não se conseguirá absolutamente nada, sendo o foco principal chamar cada vez mais a atenção do poder público municipal, estadual e federal.
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