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Falta de ventilação e mofo aumentam risco de contágio em 11 milhões de habitações

Isolamento pode facilitar a expansão do coronavírus caso moradores não recebam orientações e auxílio

Vazamentos, umidade, falta de ventilação e mofo. Em algumas faltam até janelas. Nessas condições, cumprem a quarentena para prevenção do coronavírus em média três pessoas por dormitório.

Segundo a Tese de Impacto Social em Habitação, da Artemisia, o número de domicílios que carecem de infraestrutura no Brasil ultrapassa os 11 milhões. Entre os moradores, concentrados nas periferias dos centros urbanos, 31 milhões não têm acesso a uma rede geral de distribuição de água.

Em tempos normais, sem coronavírus, as doenças respiratórias ocupam a quarta posição da lista de maiores internações do SUS (Sistema Único de Saúde), com 35% dos casos vinculados ao mofo e outras patologias às quais as pessoas são expostas em suas residências.

Favela Nazzali localizada na Vila Nova Cachoeirrinha, na zona norte de São Paulo

“A saúde é de fundamental importância para que as pessoas não sofram com qualquer tipo de crise respiratória e para mantê-las em isolamento”, afirma Luis Fernando Guggenberger, executivo de Inovação e Sustentabilidade de Vedacit.

Com a expansão da Covid-19, torna-se ainda mais necessário um ambiente arejado e com ventilação natural, livre de mofos e infiltrações, onde os residentes possam praticar o isolamento social sem correr riscos.

Diante das carências de famílias de baixa renda durante a pandemia, negócios de impacto social em habitação cumprem o papel de levar informação e soluções acessíveis às residências prejudicadas.

Com o lema “a mudança vem de dentro”, é destaque em São Paulo a Vivenda programa de reformas sociais que já atendeu mais de 5.600 pessoas desde 2014.

“Para muitas famílias, a realidade a partir de agora será a de que se correr (para a rua) o bicho pega, e se ficar (em casa) o bicho come”, diz Fernando Assad, cofundador da Vivenda e integrante da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.

Com foco na população de baixa renda, o programa faz reformas gratuitas às famílias mais vulneráveis e oferece financiamento e preço acessível para as demais. Além dos reparos nas residências, o negócio social de Fernando Assad irá entregar alimentos e outros itens de primeira ordem aos beneficiários de maior vulnerabilidade, em parceria com a ONG Bloco do Beco.

São aconselhadas medidas urgentes que bloqueiem uma possível proliferação do vírus nos domicílios. As principais orientações são manter os cômodos, especialmente cozinhas e banheiros, limpos e arejados e evitar passar muito tempo no quarto e na sala caso contenham pouca ventilação.

É indicada a limpeza com produtos que contêm cloro em sua fórmula, como água sanitária diluída, para a desinfecção de superfícies afetadas.

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Publicado em 18/04/2020, na categoria Notícias.