13° SPMAV – Seminário de Pesquisa do Mestrado em Artes Visuais e 1° SIPA – Seminário Internacional de Pesquisa em Artes
13° SPMAV – Seminário de Pesquisa do Mestrado em Artes Visuais
1° SIPA – Seminário Internacional de Pesquisa em Artes
Corporalidades em Transição
AS ARTES DO CORPO E O CORPO NAS ARTES
de 09 a 13 de dezembro
Inscrições prorrogadas até 02 de dezembro de 2024
https://wp.ufpel.edu.br/spmav/
https://www.instagram.com/spmav_ufpel
Os estudos sobre corporalidade estão em constante transformação, sendo influenciados por discursos culturais e políticos que moldam tanto o conceito de corpo quanto sua interação com o mundo. Judith Butler (2018) sugere que gênero e identidade são construções performativas, não essências fixas, e que o corpo pode subverter normas sociais, tornando- se um espaço de inquietações e resistência. Guacira Lopes Louro (2004) também indica que corpos que desafiam normas contribuem para o questionamento de normas de gênero e sexualidade.
Nas artes, essa visão do corpo como interface entre o material e o simbólico reflete a diversidade de experiências corporais, atravessadas por questões de raça, gênero e sexualidade, conforme explorado pelas teorias decoloniais (Lugones, 2014). Nesse sentido, a educação, como defendido por bell hooks (2017), deve promover uma abordagem libertadora e inclusiva, valorizando a diversidade corporal. No contexto tecnológico, Robert McRuer (2024) discute como algumas tecnologias reforçam normatividades, enquanto outras podem ampliar a expressão de corporalidades diversas.
A relação entre corpo e meio ambiente também emerge, evidenciando como corpos e ecologia se interconectam e resistem à exploração. Assim, as artes do corpo e o corpo nas artes são espaços transitórios, no qual diferentes formas de ser e de criar se desenvolvem.
O 13º Seminário de Pesquisa do Mestrado em Artes Visuais e o 1º Seminário Internacional de Pesquisa em Artes, é um evento realizado pelo Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade Federal de Pelotas, RS, Brasil. E, nesta edição, propõem debates sobre as corporalidades em transição e as suas artes, sendo composto por palestras, grupos de trabalho, exposições, espetáculos, mostras e performances, buscando reativar os encontros presenciais na universidade, promover a acessibilidade e fomentar trocas entre saberes regionais, nacionais e internacionais.
Eixos Temáticos:
Eixo Artes e Educação: Busca explorar a forma como a corporalidade pode ser integrada no ensino das artes e nas pedagogias críticas, em consonância com Paulo Freire e bell hooks, que defendem a educação como prática de liberdade. O eixo destaca práticas que valorizem a diversidade corporal e promovam diálogos, nos quais o corpo é um agente ativo na aprendizagem e na criação.
Eixo Gêneros, Sexualidades e Decolonialidade: Convida à reflexão sobre a diversidade das corporalidades com especial atenção às corporalidades dissidentes, que desafiam normas de raça, gênero, sexualidade e deficiências. Com apoio de teorias queer/cuir e decoloniais, atentando à arte como espaço de visibilidade para identidades marginalizadas e como campo para a desconstrução de binarismos.
Eixo Poéticas e Processos Criativos: Abre espaço para a discussão de processos criativos centrados na corporalidade, acolhendo comunicações que investiguem as diferentes relações e práticas do corpo com/em poéticas contemporâneas, como as artes visuais e as artes cênicas e demais expressões artísticas.
Eixo Histórias e Teorias das Artes e Transversalidades: Acolhe estudos das teorias e histórias nas suas múltiplas relações com as Artes, buscando diálogos no âmbito nacional e internacional, para a discussão frente à diversidade dos modos de conhecer e de se relacionar com as manifestações artísticas, suas inter-relações e transversalidade com outros campos do conhecimento.
Eixo Tecnologias e Meio Ambiente: Propõe a discussão das relações entre corporalidades, tecnologia e meio ambiente, abordando implicações éticas e políticas, e promovendo reflexões sobre como a arte pode dialogar mediante à crise ecológica e pensar a coexistência entre o natural e o tecnológico.
Referências
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2018.
LOURO, Guacira Lopes. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo
Horizonte: Autêntica Editora, 2004.
HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo:
Martins Fontes, 2017.
LUGONES, Maria. Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas, v. 22, n. 3, p.
935–952, set. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2014000300013 2014. Acesso em: 23 de outubro
de 2024.
MCRUER, Robert. Teoria Crip: signos culturais entre o queer e a deficiência. São Paulo: Editora
Papeis Selvagens, 2024.
Coordenação
Carmen Anita Hoffmann
Rebeca Recuero
Rosângela Fachel
Comissão organizadora
Discentes do Mestrado – Turma 12 (2023-2025)
Comissão científica
Alice Monsell – Universidade Federal de Pelotas, RS, Brasil
Claritza Arlenet Peña Zerpa – Universidad Católica Andrés Bello, Venezuela
Francisco Gil – Universidade do Algarve, Portugal
Helene Sacco – Universidade Federal de Pelotas, RS, Brasil
Jesse da Cruz – Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil
Kelly Wendt – Universidade Federal de Pelotas, RS, Brasil
Maria del Carmen Camacho-Gómez, Universidad Panamericana, México
Mayra Huerta Jimenez – Universidad de Baja California, México
Mônica Dantas – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, RS, Brasil
Morgana Gama de Lima – Universidade Federal da Bahia, BA, Brasil
Realização
Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade Federal de Pelotas
Apoio
Galeria A Sala – UFPel
Museu Leopoldo Gotuzzo – UFPel
Núcleo de Acessibilidade e Inclusão – UFPel
Diretoria de Arte e Cultura – DAC, Universidade Federal do Rio Grande – FURG
Red Iberoamericana de Investigación en Narrativas Audiovisuales – RedINAV