Categoria: Notícias

Uma análise dos 7 meses de COVID-19 em Pelotas

Os pesquisadores do GDISPEN apresentam uma análise dos 7 meses da pandemia em Pelotas/RS, usando como base os dados divulgados diariamente pela Prefeitura Municipal nas suas redes sociais e no site oficial.

O primeiro caso confirmado de COVID-19 em Pelotas se deu no dia 25/03/2020 e o primeiro óbito no dia 20/06/2020. Após 238 dias, percebe-se que a epidemia segue crescendo na cidade, tendo 5.210 casos confirmados e 151 óbitos em 24/10. A data limite da análise aqui será o dia 24/10, uma vez que esta data é o último dia da semana epidemiológica (SE) 43.

Na SE 43 foram notificados 343 novos casos de COVID-19, o maior número semanal registrado no último mês, com uma média de 49 casos por dia (a média de casos confirmados por dia nas SE 40 a 43 foram, respectivamente: 45, 36, 32 e 49). A média geral nas últimas 4 semanas é de 40 casos confirmados por dia. O aumento do número de casos na SE 43 pode ser devido a uma maior flexibilização na cidade durante a bandeira amarela, entre outros fatores.  A incidência por 100.000 habitantes é de 1.522 casos.

A média de óbitos nas últimas 4 semanas foi de 1,04 óbito por dia (sendo que a média de óbitos  por dia nas SE 40 a 43 foram, respectivamente: 0,86; 0,86; 1,29; 1,14).  A mortalidade por 100.000 habitantes é de 44,1 óbitos e a taxa de letalidade é de 2,9%.  Uma redução contínua no número de óbitos pode indicar um declínio da curva epidêmica. Precisa-se acompanhar as próximas semanas para podermos afirmar com certeza que estamos em declínio nesta curva.

Além disso, ao completar 7 meses de pandemia, Pelotas possuía 4.492 pessoas recuperadas (86%) e 567 casos ativos (11%). Observa-se um decréscimo significativo no número de casos ativos ao longo dos primeiros 20 dias do mês de outubro, e um novo aumento de casos após o dia 20/10.

Analisando a ocupação dos leitos nos hospitais da cidade, observa-se nos gráficos que o pico de internações em UTI e enfermaria ocorreu na SE 34, nos dias 18 e 19/08. Após este período tem-se um decréscimo na ocupação de leitos (UTI: nas SE 40 a 43, respectivamente: 19,4; 16,6; 18; 15,9 internados em média, Enfermaria: nas SE 40 a 43, respectivamente: 26,3; 23; 17,86; 42 internados em média).  Cabe destacar que além dos casos de óbito e alta para leitos de enfermaria, o município tem adotando um protocolo de transferir pacientes de COVID-19 considerados como não infecciosos, de leitos de UTI específicos da doença para leitos de UTI geral.

Nas figuras a seguir tem-se a evolução da epidemia na cidade, em formato de infográficos.

No infográfico 1 tem-se:

  • Casos confirmados, recuperados, ativos, óbitos e internados em UTI COVID nos últimos 3 meses, no dia 24 de cada mês;
  • Curvas de casos acumulados, recuperados, ativos e óbitos;
  • Casos diários e média móvel de 7 dias (média de 49 casos diários no dia 24/10);
  • Óbitos diários e média móvel de 7 dias (média de 1,14 óbitos no dia 24/10);
  • Óbitos por semana epidemiológica: na SE 43 com 8 óbitos;
  • Casos por semana epidemiológica: na SE 43 com 343 casos;
  • Ocupação dos leitos de UTI exclusivos COVID (média de 17,5 leitos ocupados por dia nas últimas 4 semanas).

 

No infográfico 2 apresenta-se:

  • Óbitos confirmados por faixa etária e sexo;
  • Óbitos confirmados por sexo: 49% do sexo masculino (74 óbitos) e 45% do sexo feminino (68 óbitos) e 9 óbitos sem informação sobre o sexo;
  • Perfil dos infectados (até 22/10): os profissionais da saúde é o grupo mais afetado pela COVID-19 em Pelotas com 896 casos (17,62%), seguido do grupo dos aposentados que somam 659 pessoas (12,96%). Comerciários e atendentes do setor ocupam a terceira posição com 549 casos (10,8%), seguidos por estudantes em quarto lugar com 429 casos (8,44%);
  • Rt por incidência: valor atual de Rt=1,21 , média móvel de 1,14 (tendo aumentado desde a última análise, quando o valor era de 1,06, com média móvel de 1,05);
  • Mobilidade de 27/09 a 24/10: média de 40,57% (redução no isolamento em relação ao mês anterior quando foi registrado 42% de mobilidade). Observa-se que a mobilidade diminui aos finais de semana (sábado e domingo), com uma média de 47% de mobilidade, comparado a 38% nos dias da semana.

No infográfico 3 tem-se:

  • Perfil dos infectados por sexo: 43% masculino e 57% feminino;
  • Percentual de testes positivos mostrando um aumento no número;
  • A região administrativa da cidade  com a maior porcentagem de casos (em 22/10) é o Fragata com 24%, seguido das Três Vendas com 22% e do Areal com 19,6% dos casos registrados;
  • Comparação da evolução dos casos por 100.000 habitantes para o RS e Pelotas.

Abaixo segue o gráfico da projeção de casos até o dia 05/11 para a cidade de Pelotas. No modelo epidemiológico SIR, foi considerada uma taxa média de reprodução R0 de 1.14 (valor da média móvel em 24/10) e um período de infecção de 5.2 dias. Se a taxa de crescimento seguir como está, estima-se que até o dia 05/11, Pelotas tenha mais de 5.800 casos confirmados de COVID-19.

Para mais gráficos e dados acompanhem a atualização diária para a cidade de Pelotas no site do laboratório GDISPEN (https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/covid-19-graficos-com-relacao-ao-rs/covid-19-pelotas/).

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem.

Responsáveis: Daniela Buske, Glênio Aguiar Gonçalves, Régis Sperotto de Quadros

Gráficos iterativos: Gustavo Braz Kurz

Uma análise dos 6 meses de COVID-19 em Pelotas

Os pesquisadores do GDISPEN apresentam uma análise dos 6 meses da pandemia em Pelotas, RS, usando como base os dados divulgados diariamente pela prefeitura municipal. O primeiro caso confirmado de COVID-19 em Pelotas foi registrado no dia 25/03/2020 e o primeiro óbito no dia 20/06/2020. Completou-se 6 meses de epidemia na semana epidemiológica (SE) 39 (SE 39: 20 a 26/09), e por este motivo a análise dos dados é realizada até o último dia da SE, dia 26/09.

Percebe-se que a epidemia segue crescendo na cidade, tendo 4.080 casos confirmados de COVID-19 em 26/09. Na SE 39, foram notificados 435 novos casos, o maior número semanal registrado nos 6 meses de epidemia em Pelotas, com uma média de 62 casos por dia (média na SE 38: 55 casos; na SE 37: 56 casos; na SE 36: 54 casos por dia). A incidência por 100.000 habitantes é de 1.171.

Em 26/09, a cidade de Pelotas tem 122 óbitos por COVID-19, uma média de 1 óbito por dia na SE 39 (média na SE 38: 1,7; na SE 37: 1,3; na SE 36: 2,6 óbitos por dia).  A mortalidade por 100.000 habitantes é de 35,6 óbitos e a taxa de letalidade é de 3%.  A redução no número de óbitos pode indicar um início de declínio da curva epidêmica. Precisa-se acompanhar as próximas semanas para podermos afirmar com certeza que estamos em declínio nesta curva.

Atualmente Pelotas tem 2.977 pessoas recuperadas (74%) e 981 casos ativos (23%).

Analisando a ocupação dos leitos nos hospitais da cidade, observa-se nos gráficos que o pico de internações em UTI e enfermaria ocorreu na SE 34, nos dias 18 e 19/08. Após este período tem-se um decréscimo na ocupação de leitos.  Cabe destacar que além dos casos de óbito e alta para leitos de enfermaria, o município está adotando um protocolo de transferir pacientes de COVID-19 considerados como não infecciosos, de leitos de UTI específicos da doença para leitos de UTI geral.

Nas figuras a seguir tem-se a evolução da epidemia na cidade, em formato de infográfico.

Na figura 1:

  • casos e óbitos acumulados, recuperados e ativos;
  • o perfil dos infectados (até 22/09) aponta novamente os profissionais da saúde como o grupo mais afetado pela COVID-19 em Pelotas com 625 casos (17,81%), seguido do grupo dos aposentados que registraram alta nas notificações e que somam 491 pessoas (13,99%);
  • porcentagem de casos confirmados por região da cidade (em 22/09): a região do Fragata tem a maior porcentagem de casos;
  • casos confirmados por 100.000 habitantes por região administrativa da cidade (em 22/09): a região Centro possui a maior incidência de casos;
  • óbitos por semana epidemiológica: recorde na SE 36 com 18 óbitos;
  • casos por semana epidemiológica: recorde na SE 39 com 435 casos;
  • óbitos confirmados por sexo: 55% do sexo masculino (66 óbitos) e 47% do sexo feminino (56 óbitos).

Na figura 2:

  • casos e óbitos diários com média móvel de 7 dias;
  • mobilidade no mês de setembro: média de 42%;
  • ocupação dos leitos de UTI exclusivos COVID: média de 23 leitos ocupados por dia em setembro;
  • ocupação dos leitos de enfermaria exclusivos COVID: média de 30 leitos ocupados por dia em setembro;
  • Rt por incidência: valor atual de Rt=1,06.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem.

Responsáveis: Daniela Buske, Régis Sperotto de Quadros, Glênio Aguiar Gonçalves

Gráficos iterativos: Gustavo Braz Kurz

Modelagem Matemática do COVID-19: Atualização de 25.09.2020

O cenário brasileiro é analisado na atualização semanal dos pesquisadores do GDISPEN sobre a evolução da pandemia do COVID-19. A grande maioria dos gráficos apresentados são auto explicativos. Para interagir com os gráficos para o Brasil, RS e municípios, Pelotas, e projeções, acesse a aba “gráficos iterativos” da página do GDISPEN: https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/graficos-iterativos/. Estas abas são atualizadas diariamente, utilizando os dados divulgados pelo SES RS. A aba Pelotas utiliza os dados divulgados pela Prefeitura Municipal de Pelotas.

O Brasil se encontra no 195° dia da epidemia após o 100° caso e apresenta uma lenta atenuação no avanço. Em 24/09, o Brasil contabilizava 4.657.702 casos confirmados (↑202.316 em 7 dias), uma incidência de 2.216,4 casos por 100.000 habitantes. O número de óbitos chegou a 139.808 mortes (↑ 4.873 em 7 dias), apontando uma mortalidade de 66,5 óbitos a cada 100.000 habitantes e uma letalidade de 3%.  O número de casos recuperados é 4.023.789 (86%) e de casos ativos é 494.105 (11%).

Recordes de aumento de infecções de Covid-19 têm sido notificados nas últimas semanas, com mais de 300 mil notificações em 24 horas em vários dias, segundo o site Worldometers. Mais de 32,4 milhões de casos já foram confirmados no mundo, metade deles nas Américas, e a cifra total de mortes na pandemia chegou a 988,5 mil vítimas.

Enquanto o Brasil apresenta sinais de desaceleração na evolução de novos casos e mortes pelo COVID-19, a Europa e outros países ao redor do mundo enfrentam uma nova onda de aumento no número de casos. Países da Europa, que aparentemente pareciam ter controlado a expansão do vírus, têm registrado picos diários maiores do que no auge da pandemia (na primeira onda, entre março e maio). Segundo Hans Kluge, diretor regional da OMS para a Europa, em entrevista na quinta 17, “300 mil novas infecções foram registradas em toda a Europa somente na semana passada e que os casos semanais excederam os relatados durante o pico em março”. As admissões e mortes em hospitais ainda não tiveram um aumento semelhante, embora a Espanha e a França estejam observando uma tendência de aumento (https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2020/09/18/segunda-onda-do-coronavirus-paises-da-europa-levam-advertencia-da-oms-e-planejam-novas-quarentenas.htm ).

Outros países do mundo estão em alerta, como Israel que escapou quase ilesa no auge da epidemia entre março e maio, não passando de 2,5 mil casos até o início de setembro, e que agora registrou mais de 11 mil casos no dia 23, declarando lockdown.

O Reino Unido, que apresentou em torno de 4 mil novos casos diários nos últimos dias (número semelhante a abril e maio) voltou a anunciar medidas mais rígidas para conter o avanço do vírus.

Na Espanha foram registrados mais de 241 óbitos no dia 22, maior número diário desde o final de abril, e quase 12 mil novos casos no dia 18 (recorde de casos do país na pandemia).

A França tem apresentado um grande avanço nos últimos dias, tendo um recorde de mais de 16 mil casos no dia 24, mais do dobro de casos registrados na primeira onda da pandemia (registrado em março). O ano letivo foi retomado na França em 1º de setembro, e desde então cerca de 80 escolas foram fechadas. Pelos parâmetros do governo, as aulas são interrompidas se três ou mais alunas de uma mesma turma apresentam testes positivos para a doença (https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/09/22/coronavirus-pelo-mundo-segunda-onda.htm).

A Alemanha voltou a apresentar mais de 2.200 casos no dia 18 e desde o final de julho tem apresentado mais de mil casos diários. Apesar disto o número de óbitos diários segue inferior a dez, e o cotidiano está sendo restabelecido de forma gradual, inclusive grandes eventos.

A Itália, que foi o primeiro epicentro europeu do vírus, também tem apresentado um aumento de casos, mas com avanço inferior aos países vizinhos. O país segue com medidas restritivas, exigindo testes de passageiros vindo de locais que tem apresentado crescimento de casos e veto de entrada de inúmeras nacionalidades, incluindo brasileiros.

Os Estados Unidos, epicentro mundial da pandemia desde abril, têm registrado uma diminuição gradual de novos casos e óbitos diários, assim como o Brasil, mas os números seguem altos. No dia 18, apresentou 51,5 mil novos casos, mantendo em média mil óbitos diários no mês de setembro.

Na sequência apresentamos alguns gráficos de países ao redor do mundo, destacando o aumento de casos diários e uma segunda onda de infecções.

Em relação aos 20 países do mundo com mais casos, o Brasil ocupa:

  • a 2ª posição no número de óbitos (atrás dos Estados Unidos);
  • a 3ª posição no número de casos confirmados, recuperados, casos ativos (atrás de Estados Unidos e Índia nas 3 categorias, sendo a Índia a líder em número de recuperados)
  • a 4ª posição no número de casos por milhão de habitantes (atrás de Israel, Chile e Peru);
  • a 7ª posição no número de óbitos por milhão de habitantes (ficando atrás de Peru, Bélgica, Bolívia, Chile, Equador e Espanha).

O Brasil, que ultrapassou os 4,65 milhões de casos da doença, tem registrado queda do número de novas infecções diárias desde o início de setembro. No início de setembro (de 28/08 a 03/09), a média passou de 40 mil casos em 24 horas para 28 mil na 2ª semana (de 04/09 a 10/09). Na 3ª semana (11/09 a 17/09) teve-se um aumento na média registrando 30.991 casos (2.876 a mais que na semana anterior). Nesta semana (18/09 a 25/09) a média foi de 28.902 casos (2.089 casos a menos que na semana anterior) tendo em 14 dias uma variação de 3%.

Aproximadamente 139,8 mil pessoas já perderam a vida para o Covid-19 no Brasil. O número médio de mortes diárias também tem caído, de 852 no início de setembro (de 28/08 a 03/09) para 701 na 2ª semana (de 04/09 a 10/09). Na 3ª semana (11/09 a 17/09) a média foi de 773 óbitos (72 a mais que na semana anterior), e nesta semana (18/09 a 25/09) a média foi de 696 óbitos (77 a menos que na semana anterior), tendo em 14 dias uma variação de -1%.

Nas figuras a seguir, tem-se os gráficos da evolução da epidemia no Brasil, considerando os valores por semana epidemiológica (SE) e diários. Lembrando que a última SE está incompleta (a SE vai de domingo a sábado).

Analisando todos os estados da federação, considerando o dado acumulado, SP, BA, MG e RJ possuem o maior número de casos confirmados e SP, RJ, CE e PE o maior número de óbitos. Analisando os casos por 100.000 habitantes estes rankings de incidência passam a ser de RR, DF, AP e TO e de mortalidade para DF, RR, RJ e CE. Os valores por estado podem ser encontrados em https://covid.saude.gov.br/ e https://susanalitico.saude.gov.br/#/dashboard/.

Em relação aos óbitos: Levando em conta a média de mortes nos últimos 7 dias, em relação à média registrada duas semanas atrás, tem-se que estes números estão (https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/):

  • subindo em 8 estados: MG, RJ, AM, AP, RR, BA, PI e RN
  • em estabilidade (o número de mortes não caiu nem subiu significantemente) em 9 estados: SP, GO, MS, PA, TO, MA, PB e PE;
  • em queda em 9 estados mais DF: RS, SC, ES, DF, MT, AC, RO, AL e SE.

No gráfico a seguir, apresenta-se a evolução do COVID-19 para o Brasil e 14 estados, a partir do 100° caso. Os estados da região sul, RS, SC e PR, apresentam, respectivamente, 40, 38 37 óbitos por 100.000 habitantes. Para os casos confirmados, na região Sul, temos que a incidência em SC é de 2.932, no RS é de 1.594 e no PR é de 1.491 casos por 100.000 habitantes.

O Rio Grande do Sul (RS), que se encontra no 186° dia da epidemia após o 100° caso tem apresentado uma queda no número de casos. Até o dia 25/09 registrou 181.216 casos (↑ 13.435 em 7 dias) e teve em média 1.919 novos casos de COVID-19 por dia nos últimos 7 dias (a média foi de 2.328 casos no início de setembro, 2.397 na semana de 04/09 a 10/09 e 2.341 entre 11/09 e 17/09), apresentando uma taxa de crescimento diário médio de 0,8% nos últimos 5 dias.

O número de óbitos no RS também apresenta uma estabilidade. Até 25/09 registrou 4.544 óbitos (↑ 276 em 7 dias) e teve em média 39 óbitos por dia nos últimos 7 dias (de 28/08 a 03/09 a média foi de 45 óbitos, enquanto que nas 2 semanas seguintes foi de 48 óbitos), apresentando uma taxa de letalidade aparente de 2,5% e tendo em 14 dias uma variação de -20%.

Do total de casos confirmados, 167.277 (92%) se encontram recuperados e 9.395 (5%) ativos.

Na figura a seguir, tem-se os gráficos da evolução da epidemia no Rio Grande do Sul, para o número de infectados e de óbitos diários.

Abaixo seguem os gráfico dos casos e óbitos acumulados, incidência e mortalidade para os municípios do RS com mais de 100.00 habitantes. No total são 493 municípios do RS que possuem casos confirmados de COVID-19 (99% de 497 municípios). Na sequência, os casos e óbitos acumulados na 3ª CRS (Coordenadoria Regional de Saúde) são apresentados.

Abaixo seguem os gráficos das projeções para o Brasil, RS e das cidades gaúchas que possuem mais de 100.000 habitantes, até o dia 10/10. No modelo matemático SIR, foi considerada uma taxa média de reprodução R0 que variou de 1. a 1.1 e um período de infecção de 5.2 dias. Cabe observar que os dados da projeção anterior foram mantidos (o modelo não foi atualizado nesta semana), de modo a verificarmos a variação nos resultados preditos e os dados divulgados (Observa-se saltos de notificação de casos fora da curva modelada, como por exemplo, em Rio Grande). Os dados utilizados são por data de notificação e obtidos no site do Ministério da Saúde do Brasil e na Secretaria da Saúde do estado (SES RS). Devido a problemas operacionais e ao número crescente de casos, algumas cidades tem apresentado atraso na divulgação dos seus dados, acarretando divergência entre os dados divulgados pelas prefeituras e pelo SES RS, causando variação expressiva nos gráficos de alguns municípios.  Estes dados aos poucos têm sido corrigidos.

Se a taxa de crescimento seguir como está, estima-se que até o dia 10/10, o BR terá perto de 5,4 milhões de infectados, que o RS terá em torno de 208.000 infectados e que Pelotas tenha em torno de 4.300 casos confirmados de COVID-19.

Na sequência é apresentada a análise dos dados da epidemia na cidade de Pelotas. Seis meses após a notificação do 1º caso percebe-se que a epidemia segue crescendo na cidade, tendo 3.939 casos confirmados em 24/09, uma média de 61 casos por dia nos últimos 7 dias (a média vinha se mantendo entre 53 e 54 casos por dia nas últimas 3 semanas). A incidência por 100.000 habitantes é de 1.150.

O número de óbitos na mesma data foi 120, uma média de 1 óbito por dia nos últimos 7 dias (média de 1,7; 1,7; 3 óbitos por dia, respectivamente, nas 3 semanas anteriores).  A mortalidade por 100.000 habitantes é de 35 óbitos e a taxa de letalidade é de 3%.  Atualmente Pelotas tem 2.847 pessoas recuperadas (72%) e 972 casos ativos (25%).

A redução no número de óbitos pode indicar um início de declínio da curva epidêmica. Precisa-se acompanhar as próximas semanas para podermos afirmar com certeza que estamos em declínio nesta curva.

Abaixo segue o gráfico da evolução da epidemia na cidade, em formato de infográfico:

  • casos e óbitos acumulados, recuperados e ativos;
  • o perfil dos infectados (até 22/09) aponta novamente os profissionais da saúde como o grupo mais afetado pela COVID-19 em Pelotas com 625 casos (17,81%), seguido do grupo dos aposentados que registraram alta nas notificações e que somam 491 pessoas (13,99%);
  • porcentagem de casos confirmados por região da cidade (em 22/09), apontando que a região do Fragata tem a maior porcentagem de casos. No levantamento desta semana, o Laranjal teve o maior aumento de registros nos últimos 7 dias (passou de 3,7% no dia 15/09 para 4,1% no dia 22/09);
  • casos confirmados por 100.000 habitantes por região da cidade (em 22/09), apontando que se olharmos para a população da região administrativa, a região Centro possui a maior incidência de casos;
  • óbitos por semana epidemiológica (sempre de domingo a sábado);
  • casos por semana epidemiológica;
  • óbitos confirmados por sexo: 55% do sexo masculino (66 óbitos) e 45% do sexo feminino (54 óbitos).

Na sequência, apresenta-se oito gráficos, em formato de infográfico, comparando os dados de Pelotas, do estado e de outras cidades.

  • série temporal da letalidade aparente e mortalidade por 100 mil habitantes, respectivamente, para a cidade de Pelotas.
  • letalidade aparente e a mortalidade por 100 mil habitantes para as cidades de Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e Caxias do Sul e também do RS, considerando a data de 23/09.
  • mortalidade e casos por 100 mil habitantes considerando o número de óbitos/casos acumulado entre os dias 10 e 23/09 para as cidades de Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e Caxias do Sul e também do RS.
  • percentual de testes positivos e o número de testes realizados por 100 mil habitantes para as cidades de Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e Caxias do Sul e também do RS.

OBS.: Fórmulas de cálculo das variáveis:

  • letalidade aparente: óbitos/(casos confirmados)x100
  • mortalidade por 100 mil habitantes: óbitos/(população)x100000
  • casos por 100 mil habitantes: casos/(população)x100000
  • testes positivos: confirmados/(nº de testes realizados)x100
  • testes realizados por 100 mil habitantes: (nº de testes realizados)/(população)x100000

 

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem. Detalhes da pesquisa podem ser consultados na página do laboratório do Grupo de Dispersão de Poluentes & Engenharia Nuclear (GDISPEN): https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/.

Responsáveis: Daniela Buske, Régis Sperotto de Quadros, Glênio Aguiar Gonçalves

Gráficos iterativos: Gustavo Braz Kurz

* Os dados da epidemia foram consultados antes das 14h do dia 25/09 em jornais, redes sociais e nos sites do Ministério da Saúde do Brasil, da Secretaria da Saúde do RS, da Prefeitura Municipal de Pelotas, da Universidade John Hopkins, do Worldometeres, do Our World in DataInformation is Beautiful e outros. Os dados podem divergir de acordo com a fonte consultada.

Modelagem Matemática do COVID-19: Atualização de 18.09.2020

O cenário brasileiro é analisado na atualização semanal dos pesquisadores do GDISPEN sobre a evolução da pandemia do COVID-19. A grande maioria dos gráficos apresentados são auto explicativos. Para interagir com os gráficos para o Brasil, RS e municípios, acesse a aba “gráficos iterativos” da página do GDISPEN: https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/graficos-iterativos/. Estes gráficos são atualizados diariamente.

O Brasil se encontra no 188° dia da epidemia após o 100° caso e apresenta uma lenta atenuação no avanço. Em 17/09, o Brasil contabilizava 4.455.386 casos confirmados (↑216.940 em 7 dias), uma incidência de 2.120,1 casos por 100.000 habitantes. O número de óbitos chegou a 134.935 mortes (↑ 5.413 em 7 dias), apontando uma mortalidade de 64,2 óbitos a cada 100.000 habitantes e uma letalidade de 3%.  O número de casos recuperados é 3.753.082 (84%) e de casos ativos é 567.369 (12,7%).

Um recorde do aumento de infecções de Covid-19, com mais de 316 mil notificações em 24 horas, foi registrado no dia 11/09 segundo o site Worldometers. Cerca de 5,8 mil pessoas morreram em 24 horas na mesma data. Os maiores aumentos, neste dia, foram registrados na Índia (97.654 casos e 1.202 mortes), nos Estados Unidos (46.632 casos e 1.096 mortes) e no Brasil (43.718 casos e 874 mortes). Mais de 30 milhões de casos já foram confirmados no mundo, metade deles nas Américas, e a cifra total de mortes na pandemia chegou a 955 mil vítimas.

Os Estados Unidos já registraram quase 7 milhões de casos. Houve um aumento de casos em julho, mas os números têm caído desde então. Mais de 200 mil pessoas morreram em território americano na pandemia em decorrência da Covid-19.

A Índia registrou em agosto sua maior alta de casos desde o início da pandemia, com mais de 2 milhões de casos. O país teve naquele mês uma média de 64 mil novos casos por dia, alta de 84% em relação a julho. O número de mortes passou de mil desde o início de setembro.

Países ao redor da Europa têm registrado aumento do número de casos em meio ao temor de um ressurgimento do vírus. Governos voltaram a adotar quarentenas nas regiões mais afetadas e reforçaram as recomendações para que a população utilize máscara e pratique o distanciamento físico de outras pessoas. Países de outras regiões também têm enfrentado o avanço do vírus, como Peru, Israel, Coreia do Sul e Austrália (https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/09/14/coronavirus-em-alta-oms-registra-alta-recorde-de-infeccoes-diarias-veja-onde-casos-estao-subindo-mais.ghtml).

Em relação aos 20 países do mundo com mais casos, o Brasil ocupa:

  • a 2ª posição no número de óbitos (atrás dos Estados Unidos);
  • a 3ª posição no número de casos confirmados, recuperados, casos ativos (atrás de Estados Unidos e Índia nas 3 categorias, sendo a Índia a líder em número de recuperados) e de casos por milhão de habitantes (atrás de Chile e Peru);
  • a 7ª posição no número de óbitos por milhão de habitantes (subiu uma posição nesta semana, ficando atrás de Peru, Bélgica, Bolívia, Chile, Equador e Espanha).

O Brasil, que ultrapassou os 4,4 milhões de casos da doença, tem registrado queda do número de novas infecções diárias desde 5 de setembro. No início de setembro (de 28/08 a 03/09), a média passou de 40 mil casos em 24 horas para 28 mil na 2ª semana (de 04/09 a 10/09), a menor cifra desde meados de junho. Nesta semana (11/09 a  17/09) a média registrada foi de 30.991 casos (2.876 a mais que na semana anterior), tendo em 14 dias uma variação de -22%.

Aproximadamente 135 mil pessoas morreram de Covid-19 no Brasil, que lidera este segmento na América Latina. O número médio de mortes diárias também tem caído, de 852 no início de setembro (de 28/08 a 03/09) para 701 na 2ª semana (de 04/09 a 10/09). Nesta semana (11/09 a  17/09) a média foi de 773 óbitos (72 a mais que na semana anterior), tendo em 14 dias uma variação de -9%.

Nas figuras a seguir, tem-se os gráficos da evolução da epidemia no Brasil.

Analisando todos os estados da federação, considerando o dado acumulado, SP, BA, MG e RJ possuem o maior número de casos confirmados e SP, RJ, CE e PE o maior número de óbitos. Analisando os casos por 100.000 habitantes estes rankings de incidência passam a ser de RR, DF, AP e TO e de mortalidade para RJ, RR, DF e CE. Os valores por estado podem ser encontrados em https://covid.saude.gov.br/ e https://susanalitico.saude.gov.br/#/dashboard/.

Em relação aos óbitos: Levando em conta a média de mortes nos últimos 7 dias, em relação à média registrada duas semanas atrás, tem-se que estes números estão:

  • subindo em 2 estados: RO e PE
  • em estabilidade (o número de mortes não caiu nem subiu significantemente) em 11 estados: PR, RS, MG, RJ, SP, GO, MS, AP, PA, BA e MA;
  • em queda em 13 estados: SC, ES, DF, MT, AC, AM, RR, TO, AL, CE, PB, PI, RN e SE.

Detalhes em https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/  .

No gráfico a seguir, apresenta-se a evolução do COVID-19 para o Brasil e 14 estados, a partir do 100° caso. Os estados da região sul, RS, SC e PR, apresentam números semelhantes de óbitos por 100.000 habitantes (37,51; 36,41; 35,14, respectivamente). Para os casos confirmados, na região Sul, temos que a incidência em SC é de 2.832, no RS é de 1.475 e no PR é de 1.398 casos por 100.000 habitantes.

O RS, que se encontra no 177° dia da epidemia após o 100° caso, tem apresentado uma estabilidade no número de casos. Até o dia 17/09 registrou 167.781 casos (↑ 16.389 em 7 dias) e teve em média 2.341 novos casos de COVID-19 por dia nos últimos 7 dias (a média foi de 2.328 casos no início de setembro e 2.397 na semana entre 04/09 e 10/09), apresentando uma taxa de crescimento diário médio de 1,43% nos últimos 5 dias.

O número de óbitos no RS também apresenta uma estabilidade. Até 17/09 registrou 4.268 óbitos (↑ 339 em 7 dias) e teve em média 48 óbitos por dia nos últimos 7 dias, a mesma média da semana anterior (enquanto que a 3 semanas (de 28/08 a 03/09) a média foi 45), apresentando uma taxa de letalidade aparente de 2,5% e tendo em 14 dias uma variação de +4%. Do total de casos confirmados, 154.975 (92%) se encontram recuperados e 8.538 (5%) ativos.

Na figura a seguir, tem-se os gráficos da evolução da epidemia no Rio Grande do Sul, para o número de infectados e de óbitos.

Abaixo seguem gráficos, considerando a mortalidade e incidência, para os municípios do RS com mais de 100.00 habitantes. O gráfico com os óbitos acumulados, a partir do 5º óbito, em escala logaritmica, é apresentado. No total são 490 municípios do RS que possuem casos confirmados de COVID-19 (99% de 497 municípios).

Abaixo seguem os gráficos das projeções para o Brasil, RS e das cidades gaúchas que possuem mais de 100.000 habitantes, até o dia 25/09. No modelo matemático SIR, foi considerada uma taxa média de reprodução R0 que variou de 1. a 1.1 e um período de infecção de 5.2 dias. Os dados utilizados são por data de notificação e obtidos no site do Ministério da Saúde do Brasil e na Secretaria da Saúde do estado (SES RS). Devido a problemas operacionais e ao número crescente de casos, algumas cidades tem apresentado atraso na divulgação dos seus dados, acarretando divergência entre os dados divulgados pelas prefeituras e pelo SES RS.  Estes dados aos poucos têm sido corrigidos, causando variação expressiva nos gráficos de alguns municípios.

Se a taxa de crescimento seguir como está, estima-se que até o dia 25/09, o BR terá perto de 4,8 milhões de infectados, que o RS terá em torno de 182.000 infectados e que Pelotas tenha em torno de 3.400 casos confirmados de COVID-19.

Para uma melhor visualização dos gráficos de projeções, foi criada uma aba de gráficos específica para este fim. As estimativas estão disponíveis, a partir desta data, em https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/covid-19-graficos-com-relacao-ao-rs/projecoes-covid-19/ . Esta aba será atualizada diariamente, utilizando os dados divulgados pelo SES RS.

Com o avanço da epidemia, e o aumento de casos na cidade de Pelotas, uma aba de gráficos específica para a cidade foi criada https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/covid-19-graficos-com-relacao-ao-rs/covid-19-pelotas/. Esta aba é atualizada diariamente, utilizando os dados divulgados pela Prefeitura Municipal de Pelotas.

Percebe-se que a epidemia segue crescendo na cidade, tendo 3.510 casos confirmados em 17/09, uma média de 54 casos por dia nos últimos 7 dias (mantendo a média entre 53 e 54 casos por dia nas últimas 3 semanas). A incidência por 100.000 habitantes é de 1.025.

O número de óbitos na mesma data foi 113, uma média de 1,7 óbitos por dia nos últimos 7 dias (mesma média de 14 dias, enquanto que a 3 semanas a média era de 3 óbitos por dia).  A mortalidade por 100.000 habitantes é de 33 óbitos e a taxa de letalidade é de 3,2%.  Atualmente Pelotas tem 2.312 pessoas recuperadas (66%) e 1.085 casos ativos (31%).

Os números sugerem que a curva epidêmica de Pelotas pode ter estabilizado. A redução no número de óbitos pode indicar um início de declínio da curva. Precisa-se acompanhar as próximas semanas para podermos afirmar com certeza que estamos em declínio na curva epidêmica.

Abaixo segue o gráfico da evolução da epidemia na cidade, em formato de infográfico:

  • casos e óbitos acumulados, recuperados e ativos;
  • casos por semana epidemiológica;
  • casos confirmados por 100.000 habitantes por região da cidade (em 15/09), apontando que se olharmos para a população da região administrativa, a região Centro possui a maior incidência de casos;
  • porcentagem de casos confirmados por região da cidade (em 15/09), apontando que a região do Fragata tem a maior porcentagem de casos;
  • mobilidade no mês de setembro (média de 43%);
  • Rt por incidência (valor atual de Rt=1);
  • ocupação dos leitos de UTI exclusivos COVID (média de 26 leitos ocupados por dia em setembro);
  • ocupação dos leitos de enfermaria exclusivos COVID (média de 32 leitos ocupados por dia em setembro).

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem. Detalhes da pesquisa podem ser consultados na página do laboratório do Grupo de Dispersão de Poluentes & Engenharia Nuclear (GDISPEN): https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/.

Responsáveis: Daniela Buske, Régis Sperotto de Quadros, Glênio Aguiar Gonçalves

Gráficos iterativos: Gustavo Braz Kurz

* Os dados da epidemia foram consultados antes das 14h do dia 18.09 em jornais, redes sociais e nos sites do Ministério da Saúde do Brasil, da Secretaria da Saúde do RS, da Prefeitura Municipal de Pelotas, da Universidade John Hopkins, do Worldometeres, do Our World in DataInformation is Beautiful e outros. Os dados podem divergir de acordo com a fonte consultada.

Modelagem Matemática do COVID-19: Atualização de 11.09.2020

O cenário brasileiro é analisado na atualização semanal dos pesquisadores do GDISPEN sobre a evolução da pandemia do COVID-19. A grande maioria dos gráficos apresentados são auto explicativos. Para interagir com os gráficos para o Brasil, RS e municípios, acesse a aba “gráficos iterativos” da página do GDISPEN: https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/graficos-iterativos/. Estes gráficos são atualizados diariamente.

O Brasil se encontra no 181° dia da epidemia após o 100° caso e apresenta uma lenta atenuação no avanço. Em 10/09, o Brasil contabilizava 4.238.446 casos confirmados (↑196.808 em 7 dias), uma incidência de 2016,9 casos por 100.000 habitantes. O número de óbitos chegou a 129.522 mortes (↑ 4.908 em 7 dias), apontando uma mortalidade de 61,6 óbitos a cada 100.000 habitantes e uma letalidade de 3,1%.  O número de casos recuperados é 3.497.337 (82,5%) e de casos ativos é 611.587 (14,4%).

Em relação aos 20 países do mundo com mais casos, o Brasil ocupa a 2ª posição no número de óbitos, a 3ª posição no número de casos confirmados, recuperados (tendo sido ultrapassado pela Índia na última semana nas 2 categorias), casos ativos e de casos por milhão de habitantes e a 8ª posição no número de óbitos por milhão de habitantes (caiu uma posição nesta semana). Na sequência tem-se o gráfico com o crescimento e decrescimento da epidemia no mundo e podemos observar o decréscimo brasileiro no número de casos e óbitos.

A curva de casos confirmados no Brasil nas últimas 2 semanas (28/08 a 10/09) apresentou uma queda, tendo em torno de 34.075 casos por dia. No mesmo período, a curva com o número de óbitos também apresentou uma queda, tendo em torno de 777 óbitos por dia. Na última semana (04/09 a 10/09) o Brasil teve uma média de 28.115 infectados (11.920 casos a menos que na média da semana anterior, tendo em 14 dias uma variação de -29%) e 701 óbitos por dia (151 a menos que na média da semana anterior, tendo em 14 dias uma variação de -21%). Nas figuras a seguir, tem-se os gráficos da evolução da epidemia no Brasil.

Analisando todos os estados da federação, considerando o dado acumulado, SP, BA, MG e RJ possuem o maior número de casos confirmados e SP, RJ, CE e PE o maior número de óbitos. Analisando os casos por 100.000 habitantes estes rankings de incidência passam a ser de RR, DF, AP e TO e de mortalidade para RR, RJ, CE e DF. Os valores por estado podem ser encontrados em https://covid.saude.gov.br/ e https://susanalitico.saude.gov.br/#/dashboard/.

Em relação aos óbitos: Levando em conta a média de mortes nos últimos 7 dias, em relação à média registrada duas semanas atrás, tem-se que estes números estão:

  • subindo em 1 estado: AC
  • em estabilidade (o número de mortes não caiu nem subiu significantemente) em 10 estados: PR, RS, DF, MS, MT, PA, RR, CE, MA e PE;
  • em queda em 16 estados: SC, ES, MG, RJ, SP, GO, AM, AP, RO, TO, AL, BA, PB, PI, RN e SE.

Detalhes em https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/  .

No gráfico a seguir, apresenta-se a evolução do COVID-19 para o Brasil e 14 estados, a partir do 100° caso. Os estados da região sul, SC, RS e PR, apresentam números semelhantes de óbitos por 100.000 habitantes (34,33; 34,12; 32,01, respectivamente). Para os casos confirmados, na região Sul, temos que a incidência em SC é de 2.693, no PR é de 1.280 e no RS é de 1.297 casos por 100.000 habitantes. Segundo relatório da SEPLAG RS, em relação aos óbitos acumulados em 7 dias já não há uma grande diferença entre a evolução dos óbitos no RS, SC, PR e MG frente aos demais. O RS e SC já superaram a média nacional, ainda apresentando comportamento de crescimento.

O RS se encontra no 171° dia da epidemia após o 100° caso e segue mantendo um crescimento elevado. Em 10/09, o RS possui 151.392 casos confirmados (↑ 16.782 em 7 dias) e teve em média 2.397 novos casos de COVID-19 por dia (entre 04/09 e 10/09), 69 casos a mais do que na média da semana anterior e apresentando uma taxa de crescimento diário médio de 1,47% nos últimos 5 dias. O número de óbitos chegou a 3.929 3.590 mortes (↑ 339 em 7 dias) e teve em média 48 óbitos por dia (entre 04/09 e 10/09), 3 a mais do que a média da semana anterior, apresentando uma taxa de letalidade aparente de 2,6%. Do total de casos confirmados, 139.601 (92%) se encontram recuperados e 7.862 (5%) ativos.

Na figura a seguir, tem-se os gráficos da evolução da epidemia no Rio Grande do Sul, para o número de infectados e de óbitos.

Abaixo seguem gráficos, considerando a incidência e a mortalidade, para os municípios do RS com mais de 100.00 habitantes. No total são 489 municípios do RS que possuem casos confirmados de COVID-19 (98% de 497 municípios).

Pelotas:

Com o avanço da epidemia, e o aumento de casos na cidade de Pelotas, uma aba de gráficos específica para a cidade foi criada https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/covid-19-graficos-com-relacao-ao-rs/covid-19-pelotas/. Esta aba é atualizada diariamente, utilizando os dados divulgados pela Prefeitura Municipal de Pelotas.

Percebe-se que a epidemia segue crescendo na cidade, tendo 3.131 casos confirmados em 10/09, uma média de 53 casos por dia nos últimos 7 dias (média de 54 casos por dia nos últimos 30 dias). A incidência por 100.000 habitantes é de 914,4. O número de óbitos na mesma data foi 101, uma média de 1,7 óbitos por dia nos últimos 7 dias (média de 2 óbitos por dia nos últimos 30 dias). Destas 101 mortes, 83 ocorreram nos últimos 41 dias. A mortalidade por 100.000 habitantes é de 29,5 óbitos e a taxa de letalidade é de 3,2%.  Atualmente Pelotas tem 1929 pessoas recuperadas (61,6%) e 1101 casos ativos (35%).

Abaixo segue os gráficos da evolução da epidemia na cidade, em formato de infográfico: casos e óbitos diários com média móvel de 7 dias; casos e óbitos acumulados, recuperados e ativos; óbitos confirmados por sexo e por faixa etária; porcentagem de casos confirmados por região da cidade (em 08/09); perfil dos infectados (em 03/09), ocupação dos leitos de UTI (dados divulgados nas redes sociais da prefeitura municipal e no jornal Diário Popular).

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem. Detalhes da pesquisa podem ser consultados na página do laboratório do Grupo de Dispersão de Poluentes & Engenharia Nuclear (GDISPEN): https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/.

Responsáveis: Daniela Buske, Régis Sperotto de Quadros, Glênio Aguiar Gonçalves

Gráficos iterativos: Gustavo Braz Kurz

* Os dados da epidemia foram consultados antes das 14h do dia 11.09 em jornais, redes sociais e nos sites do Ministério da Saúde do Brasil, da Secretaria da Saúde do RS, da Prefeitura Municipal de Pelotas, da Universidade John Hopkins, do Worldometeres, do Our World in DataInformation is Beautiful e outros. Os dados podem divergir de acordo com a fonte consultada.

Modelagem Matemática do COVID-19: Atualização de 04.09.2020

O cenário brasileiro é analisado na atualização semanal dos pesquisadores do GDISPEN sobre a evolução da pandemia do COVID-19. A grande maioria dos gráficos apresentados são auto explicativos. Para interagir com os gráficos para o Brasil, RS e municípios, acesse a aba “gráficos iterativos” da página do GDISPEN: https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/graficos-iterativos/. Estes gráficos são atualizados diariamente.

O Brasil se encontra no 174° dia da epidemia após o 100° caso e apresenta uma lenta atenuação no avanço. Em 04/09, o Brasil contabilizava 4.041.638 casos confirmados (↑280.247 em 7 dias), uma incidência de 1789,9 casos por 100.000 habitantes. O número de óbitos chegou a 124.614 mortes (↑ 5.965 em 7 dias), apontando uma mortalidade de 59,3 óbitos a cada 100.000 habitantes e uma letalidade de 3,1%.  O número de casos recuperados é 3.247.610 (80,4%) e de casos ativos é 669.414 (16,6%).

Em relação aos 20 países do mundo com mais casos, o Brasil ocupa a 2ª posição no número de casos confirmados, de óbitos e de recuperados, a 3ª posição no número de casos ativos e de casos por milhão de habitantes e a 7ª posição no número de óbitos por milhão de habitantes.

A curva de casos confirmados no Brasil nas últimas 2 semanas (21/08 a 03/09) se manteve estável, tendo em torno de 38.547 casos por dia. No mesmo período, a curva com o número de óbitos apresenta uma pequena queda, tendo em torno de 879 óbitos por dia. Na última semana (28/08 a 03/09) o Brasil teve uma média de 40.035 infectados (2.976 casos a mais que na média da semana anterior, tendo em 14 dias uma variação de +9%) e 852 óbitos por dia (54 a menos que na média da semana anterior, tendo em 14 dias uma variação de -13%). Nas figuras a seguir, tem-se os gráficos da evolução da epidemia no Brasil.

Analisando todos os estados da federação, considerando o dado acumulado, SP, BA, RJ e MG possuem o maior número de casos confirmados e SP, RJ, CE e PE o maior número de óbitos. Analisando os casos por 100.000 habitantes estes rankings de incidência passam a ser de RR, DF, AP e TO e de mortalidade para RR, RJ, CE e AM. Os valores por estado podem ser encontrados em https://covid.saude.gov.br/ e https://susanalitico.saude.gov.br/#/dashboard/.

Em relação aos óbitos: Levando em conta a média de mortes nos últimos 7 dias, em relação à média registrada duas semanas atrás, tem-se que estes números estão subindo em: AM e TO, estão em estabilidade (o número de mortes não caiu nem subiu significantemente) em  PR, RS, SP, GO, MS, MT, AP, PA, RO, RR, CE e MA, e estão em queda nos estados de SC, ES, MG, RJ, DF, AC, AL, BA, PB, PE, PI, RN e SE. Detalhes em https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/  .

No gráfico a seguir, apresenta-se a evolução do COVID-19 para o Brasil e 14 estados, a partir do 100° caso. Dentre estes estados, a região Sul tem as trajetórias menos intensas conforme pode ser melhor visualizado no zoom da figura. SC, RS e PR apresentam números semelhantes de óbitos por 100.000 habitantes (33; 32; 30, respectivamente). Para os casos confirmados, na região Sul, temos que a incidência em SC é de 2.571, no PR é de 1.206 e no RS é de 1.185 casos por 100.000 habitantes.

O RS se encontra no 164° dia da epidemia após o 100° caso e segue mantendo um crescimento elevado. Em 03/09, o RS possui 134.610 casos confirmados (↑ 16.295 em 7 dias) e teve em média 2.328 novos casos de COVID-19 por dia (entre 28/08 e 03/09), 293 casos a mais do que na média da semana anterior e apresentando uma taxa de crescimento diário médio de 1,59% nos últimos 5 dias. O número de óbitos chegou a 3.590 mortes (↑ 315 em 7 dias) e teve em média 45 óbitos por dia (entre 28/08 e 03/09), 2 casos a menos do que a média da semana anterior, apresentando uma taxa de letalidade aparente de 2,7%. Do total de casos confirmados, 120.364 (89%) se encontram recuperados e 10.656 (8%) ativos.

Na figura a seguir, tem-se os gráficos da evolução da epidemia no Rio Grande do Sul, para o número de infectados e de óbitos.

Abaixo seguem gráficos, considerando a incidência e a mortalidade, para os municípios do RS com mais de 100.00 habitantes. Também, um gráfico mostrando a evolução da epidemia nestas cidades. No total são 487 municípios do RS que possuem casos confirmados de COVID-19 (98% de 497 municípios).

Abaixo seguem os gráficos das projeções para o Brasil, RS e das cidades gaúchas que possuem mais de 100.000 habitantes, até o dia 14 de setembro. No modelo matemático SIR, foi considerada uma taxa média de reprodução R0 que variou de 1. a 1.3 e um período de infecção de 5.2 dias. Cabe observar que os dados da projeção anterior foram mantidos (o modelo não foi atualizado nesta semana), de modo a verificarmos a variação nos resultados preditos e os dados divulgados. Os dados utilizados são por data de notificação e obtidos no site do Ministério da Saúde do Brasil e na Secretaria da Saúde do estado (SES RS). Devido a problemas operacionais e ao número crescente de casos, algumas cidades tem apresentado atraso na divulgação dos seus dados, acarretando divergência entre os dados divulgados pelas prefeituras e pelo SES RS.  Estes dados aos poucos têm sido corrigidos, causando variação expressiva nos gráficos, como, por exemplo, a cidade de Porto Alegre.

Se a taxa de crescimento seguir como está, estima-se que até o dia 14 de setembro, o BR terá perto de 4 milhões e trezentos mil infectados, que o RS terá em torno de 147.000 infectados e que Pelotas tenha em torno de 2.900 casos confirmados de COVID-19.

Com o avanço da epidemia, e o aumento de casos na cidade de Pelotas, uma aba de gráficos específica para a cidade foi criada https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/covid-19-graficos-com-relacao-ao-rs/covid-19-pelotas/. Esta aba é atualizada diariamente, utilizando os dados divulgados pela Prefeitura Municipal de Pelotas.

Percebe-se que a epidemia segue crescendo na cidade, tendo 2.762 casos confirmados em 03/09, uma média de 54 casos por dia nos últimos 7 dias. A incidência por 100.000 habitantes é de 806,7. O número de óbitos na mesma data foi 89, uma média de 3 óbitos por dia nos últimos 7 dias. A mortalidade por 100.000 habitantes é de 25,6 óbitos e a taxa de letalidade é de 2,9%.  Atualmente Pelotas tem 1677 pessoas recuperadas (61%) e 996 casos ativos (36%).

Abaixo seguem os gráficos de casos e óbitos diários com média móvel de 7 dias. Também se apresenta um gráfico com um comparativo dos dados dos últimos 2 meses (considerando os valores em 01/07, 01/08 e 01/09), bem como um gráfico com a porcentagem de casos confirmados por região da cidade de Pelotas em 01/09 (gráfico divulgado pela prefeitura municipal).

Também é apresentado um gráfico do número de reprodução diário (R), considerando a incidência: Os valores de Rt são calculados através de um modelo parametrizado para epidemias, desenvolvido por um grupo experiente de pesquisadores do colégio Imperial de Londres, Reino Unido (Thompson et al., 2019 – doi: 10.1016/j.epidem.2019.100356). Este modelo leva em conta a incidência de casos notificados. Os valores podem modificar consideravelmente dependendo da janela de dados e desvios padrão utilizados na simulação. Assim, a interpretação de um valor de Rt menor do que 1 deve ser feita com cautela. Observa-se que no início de julho a média móvel apresentava um Rt = 1,31 e que no início de setembro a média móvel diminuiu, apresentando um Rt = 1,12.

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem. Detalhes da pesquisa podem ser consultados na página do laboratório do Grupo de Dispersão de Poluentes & Engenharia Nuclear (GDISPEN): https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/.

Responsáveis: Daniela Buske, Régis Sperotto de Quadros, Glênio Aguiar Gonçalves

Gráficos iterativos: Gustavo Braz Kurz

* Os dados da epidemia foram consultados antes das 14h do dia 04.09 nas redes sociais e nos sites do Ministério da Saúde do Brasil e da Secretaria da Saúde do RS, da Universidade John Hopkins, do Worldometeres, do Our World in DataInformation is Beautiful e outros. Os dados podem divergir de acordo com a fonte consultada.

X ERMAC – RS

Estão abertas as inscrições e o envio de trabalhos para o X ERMAC-RS, um evento integralmente remoto e gratuito que será realizado de 1º a 3 de dezembro de 2020.

A coordenadora da Regional 13 da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC), professora Daniela Buske (PPGMMat – UFPel),  afirma que nesta edição do evento destaca-se a ampla colaboração entre as instituições de ensino e pesquisa do estado do Rio Grande do Sul, o que permitiu que essa iniciativa se tornasse realidade.

A programação contará com webinários e mesas redondas, apresentação de trabalhos e fóruns de discussão, incluindo diversas atividades para estudantes. O período para submissão de trabalhos é de 1º a 30 de setembro. Os trabalhos submetidos, na forma de resumo ou artigo, serão avaliados por pares e publicados nos anais do evento, pela Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS). A Revista TEMA lançará uma chamada para submissão de trabalhos apresentados neste evento.

Para mais informações, consulte o site https://www.ufrgs.br/ermacrs2020/

Modelagem Matemática do COVID-19: Atualização de 28.08.2020

O cenário brasileiro é analisado na atualização semanal dos pesquisadores do GDISPEN sobre a evolução da pandemia do COVID-19. A grande maioria dos gráficos apresentados são auto explicativos. Para interagir com os gráficos para o Brasil, RS e municípios, acesse a aba “gráficos iterativos” da página do GDISPEN: https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/graficos-iterativos/. Estes gráficos são atualizados diariamente.

O Brasil se encontra no 167° dia da epidemia após o 100° caso e segue mantendo um crescimento elevado. Em 27/08, o Brasil contabilizava 3.761.391 casos confirmados (↑ 259.416 em 7 dias), uma incidência de 1789,9 casos por 100.000 habitantes. O número de óbitos chegou a 118.649 mortes (↑ 6.345 em 7 dias), apontando uma mortalidade de 56,5 óbitos a cada 100.000 habitantes e uma letalidade de 3,2%.  O número de casos recuperados é 2.947.250 (78,4%) e de casos ativos é 695.492 (18,5%).

Em relação aos 20 países do mundo com mais casos, o Brasil ocupa a 2ª posição no número de casos confirmados e de óbitos, a 3ª posição no número de casos ativos, a 4ª posição no número de casos por milhão de habitantes e a 8ª posição no número de óbitos por milhão de habitantes.

A curva de casos confirmados no Brasil teve nas últimas 2 semanas (14/08 a 27/08) em torno de 38.322 casos por dia. Já a curva com o número de óbitos apresenta uma pequena queda, tendo em torno de 941 óbitos por dia neste período. Na última semana (21/08 a 27/08) o Brasil teve uma média de 37.059 infectados (2.526 casos a menos que na média da semana anterior, tendo em 14 dias uma variação de -17%) e 906 óbitos por dia (71 a menos que na média da semana anterior, tendo em 14 dias uma variação de -8%). Nas figuras a seguir, tem-se os gráficos da evolução da epidemia no Brasil.

Analisando todos os estados da federação, considerando o dado acumulado, SP, BA, RJ e CE possuem o maior número de casos confirmados e SP, RJ, CE e PE o maior número de óbitos. Analisando os casos por 100.000 habitantes estes rankings de incidência passam a ser de RR, DF, AP e SE e de mortalidade para RR, RJ, CE e AM. Os valores por estado podem ser encontrados em https://covid.saude.gov.br/ e https://susanalitico.saude.gov.br/#/dashboard/.

Em relação aos óbitos: Levando em conta a média de mortes nos últimos 7 dias, em relação à média registrada duas semanas atrás, tem-se que estes números estão subindo em: RJ, GO, AP, e TO, estão em estabilidade (o número de mortes não caiu nem subiu significantemente) em  RS, MG, DF, MS, PA, RO, BA, MA, PB, PI e RN., e estão em queda nos estados de PR, SC, ES, SP, MT, AC, AM, RR, AL, CE, PE e SE. Detalhes em https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/  .

No gráfico a seguir, apresenta-se a evolução do COVID-19 para o Brasil e 14 estados, a partir do 100° caso. Dentre estes estados, a região Sul tem as trajetórias menos intensas conforme pode ser melhor visualizado no zoom da figura. SC, RS e PR apresentam números semelhantes de óbitos por 100.000 habitantes (30,29; 28,79; 27,58, respectivamente). Para os casos confirmados, na região Sul, temos que a incidência em SC é de 1.949, no PR é de 1.086 e no RS é de 1.042 casos por 100.000 habitantes.

O RS se encontra no 157° dia da epidemia após o 100° caso e segue mantendo um crescimento elevado. Em 27/08, o RS possui 118.315 casos confirmados (↑ 14.247 em 7 dias) e teve em média 2.035 novos casos de COVID-19 por dia (entre 21/08 e 27/08), 391 casos a mais do que na média da semana anterior e apresentando uma taxa de crescimento diário médio de 1,68% nos últimos 5 dias. O número de óbitos chegou a 3.275 mortes (↑ 327 em 7 dias) e teve em média 47 óbitos por dia (entre 21/08 e 27/08), 5 casos a menos do que a média da semana anterior), apresentando uma taxa de letalidade aparente de 2,8%. Do total de casos confirmados, 108.136 (91%) se encontram recuperados e 6.904 (6%) ativos.

Na figura a seguir, tem-se os gráficos da evolução da epidemia no Rio Grande do Sul, para o número de infectados e de óbitos.

Abaixo seguem gráficos, considerando a incidência e a mortalidade, para os municípios do RS com mais de 100.00 habitantes. Também, um gráfico mostrando a evolução da epidemia nestas cidades. No total são 486 municípios do RS que possuem casos confirmados de COVID-19 (98% de 497 municípios).

Abaixo seguem os gráficos das projeções para o Brasil, RS e das cidades gaúchas que possuem mais de 100.000 habitantes, até o dia 9 de setembro. No modelo matemático SIR, foi considerada uma taxa média de reprodução R0 que variou de 1 a 1,3 e um período de infecção de 5,2 dias. Os dados utilizados são por data de notificação e obtidos no site do Ministério da Saúde do Brasil e na Secretaria da Saúde do estado (SES RS). Devido a problemas operacionais, algumas cidades tem apresentado atraso na divulgação dos seus dados, acarretando divergência entre os dados divulgados pelas prefeituras e pelo SES RS.

Se a taxa de crescimento seguir como está, estima-se que até o dia 9 de setembro, o BR terá perto de 4 milhões e duzentos mil infectados, que o RS terá em torno de 140.000 infectados e que Pelotas tenha em torno de 2.900 casos confirmados de COVID-19.

Com o avanço da epidemia, e o aumento de casos na cidade de Pelotas, uma aba de gráficos específica para a cidade foi criada https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/covid-19-graficos-com-relacao-ao-rs/covid-19-pelotas/. Esta aba é atualizada diariamente, utilizando os dados divulgados pela Prefeitura Municipal de Pelotas.

Percebe-se que a epidemia segue crescendo na cidade, tendo 2.385 casos confirmados em 27/08, uma média de 68 casos por dia nos últimos 7 dias. A incidência por 100.000 habitantes é de 696,5. O número de óbitos na mesma data foi 68 (mais 2 confirmados em um boletim complementar no final do dia 27/08), uma média de 2 óbitos por dia nos últimos 7 dias. A mortalidade por 100.000 habitantes é de 19,9 óbitos e a taxa de letalidade é de 2,9%.  Atualmente Pelotas tem 1338 pessoas recuperadas (56%) e 979 casos ativos (41%).

Conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde com o Observatório de Segurança Pública de Pelotas, 62,8% dos casos confirmados são de pessoas na faixa etária de 20 a 49 anos, sendo 30,7% com idade entre 20 e 34 anos e 32,1% tem entre 35 e 49 anos.

Abaixo seguem os gráficos de casos e óbitos diários  com média móvel de 7 dias.

Abaixo podemos verificar os gráficos do percentual de óbitos confirmados por sexo e por faixa etária. Em Pelotas, 65% dos casos que foram a óbito são de pessoas do sexo masculino, e 35% do sexo feminino. Analisando a faixa etária, 1,5% dos óbitos foram de pessoas com idade entre 0 e 29 anos; 4,6% de pessoas entre 30 e 39 anos; 7,7% de pessoas entre 40 e 49 anos; 9,2% de pessoas com idade entre 50 e 59 anos; 30,8% com idade entre 60 e 69 anos; 26,2% de pessoas com idade entre 70 e 79 anos e 20% das pessoas tinham 80 anos ou mais.

Como uma forma de verificar como os casos confirmados de COVID-19 aumentaram desde o início da pandemia, apresenta-se uma tabela com os dados de março a agosto, no dia 27, para BR, RS e Pelotas.

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem. Detalhes da pesquisa podem ser consultados na página do laboratório do Grupo de Dispersão de Poluentes & Engenharia Nuclear (GDISPEN): https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/.

Responsáveis: Daniela Buske, Régis Sperotto de Quadros, Glênio Aguiar Gonçalves

Gráficos iterativos: Gustavo Braz Kurz

* Os dados da epidemia foram consultados antes das 14h do dia 28.08 nas redes sociais e nos sites do Ministério da Saúde do Brasil e da Secretaria da Saúde do RS, da Universidade John Hopkins, do Worldometeres, do Our World in DataInformation is Beautiful e outros. Os dados podem divergir de acordo com a fonte consultada.

 

Modelagem Matemática do COVID-19: Atualização de 21.08.2020

O contexto mundial e brasileiro é analisado na atualização semanal dos pesquisadores do GDISPEN sobre a evolução da pandemia do COVID-19. A grande maioria dos gráficos apresentados são auto explicativos.

 O BRASIL DENTRO DO CENÁRIO MUNDIAL:

O Brasil se encontra no 160° dia da epidemia após o 100° caso e segue mantendo um crescimento elevado. Atingimos ontem, 3,5 milhões de infectados e mais de 112.000 mortes.

No Brasil:

  • confirmados: 3.501.975 (↑ 277.099 em 7 dias)
  • óbitos:  112.304 (↑ 6.841 em 7 dias)
  • recuperados: 2.653.407 (↑ 296.767 em 7 dias)
  • casos ativos: 736.264 (↓ 26.509 em 7 dias)

No Mundo:

  • confirmados:  22.850.102 (↑ 1.792.396 em 7 dias)
  • óbitos: 796.376 (↑ 39.657 em 7 dias)
  • recuperados: 15.508.345 (↑ 1.588.837 em 7 dias)
  • casos ativos: 6.545.381 (↑ 163.902 em 7 dias)

A COVID-19 se expandiu rapidamente em todo o mundo, passando de poucos casos no início de janeiro para mais de 22,7 milhões no dia 20 de agosto de 2020. Alguns países, onde a epidemia estava aparentemente controlada ou estabilizada em determinados períodos (principalmente na Europa), têm apresentado um aumento de novos casos da doença. Podemos ver na figura abaixo o exemplo de alguns países que aparentemente enfrentam segundas ondas de contágio. Num momento em que se fala na reabertura de escolas é importante um olhar atento sobre estes casos.

Na tabela abaixo, são apresentadas as taxas de infecção e fatalidade no mundo, dando um panorama da epidemia em números. São apresentados os casos confirmados e a porcentagem que estes cresceram em 1 e 7 dias (confirmed cases, 1-day, 7-day), mortes (death), a porcentagem de casos que foram a óbito (% cases who have died), os casos por milhão da população (cases per million people), e óbitos por milhão (death per million people), para os 20 países que lideram cada categoria no dia de hoje. Estados Unidos, Brasil, Índia e Rússia são os países com o maior número de infectados, recuperados e ativos por COVID-19, respectivamente. Se analisarmos os casos por milhão da população, este ranking é de Chile, Peru, Estados Unidos e Brasil. Analisando o número de mortes, Estados Unidos, Brasil, México e Índia tem os maiores valores. Já nas mortes por milhão de habitantes, Bélgica, Peru, Reino Unido e Espanha lideram os números, sendo que o Brasil segue ocupando a 9ª posição.  OBS.: Os valores numéricos podem variar entre as fontes e os horários consultados.

Os números gerais acumulados do Brasil são inferiores somente aos dos Estados Unidos em todas as categorias, há várias semanas. A curva de casos confirmados no Brasil teve nas últimas 2 semanas (7/8 a 20/8) em torno de 42.126 casos por dia. Já a curva com o número de óbitos apresenta uma pequena queda, tendo em torno de 987 óbitos por dia neste período. Tem-se uma letalidade aparente de 3,2% (proporção entre o número de óbitos por COVID-19 e o nº total de casos confirmados). Na última semana (14/8 a 20/8) o Brasil teve uma média de 39.586 infectados (5.081 casos a menos que na média da semana anterior, tendo em 14 dias uma variação de -8%) e 977 óbitos por dia (18 a menos que na média da semana anterior, tendo em 14 dias uma variação de -4%). Analisando os valores por 1 milhão da população, temos uma incidência 16.664 casos confirmados e mortalidade de 534. Nas figuras a seguir, tem-se os gráficos da evolução da epidemia no Brasil, bem como a variação do índice de isolamento social.

Nos gráficos abaixo tem-se uma comparação das mortes diárias por todas as causas no Brasil, entre janeiro e junho de 2019 e 2020. O excesso por mortes devido ao COVID são destacadas. Também são apresentados os dados de mortes diárias entre janeiro e abril, para 2019 e 2020, por COVID-19, insuficiência respiratória, pneumonia e SRAG (síndrome respiratória aguda grave). Observa-se a variação nos valores a partir de meados de março de 2020. Fonte dos gráficos: COVID-19 Observatório Fluminense (https://www.covid19rj.org/).

O RS DENTRO DO CENÁRIO BRASILEIRO:

OBS.: Para interagir com os gráficos para o Brasil, RS e municípios, acesse a aba “gráficos iterativos” da página do GDISPEN: https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/graficos-iterativos/. Estes gráficos são atualizados diariamente.

Nas figuras abaixo pode-se visualizar os números de casos confirmados e óbitos em cada estado da federação, a incidência e a curva de óbitos por data. Analisando todos os estados da federação, considerando o dado acumulado, SP, BA, RJ e CE possuem o maior número de casos confirmados e SP, RJ, CE e PE o maior número de óbitos. Analisando os casos por 100.000 habitantes estes rankings de incidência passam a ser de RR, AP, DF e SE e de mortalidade para RR, CE, RJ e AM. Os valores por estado podem ser encontrados em https://covid.saude.gov.br/ e https://susanalitico.saude.gov.br/#/dashboard/.

Em relação aos óbitos: O Brasil, devido ao seu tamanho, enfrenta centenas de epidemias com seu curso próprio, e embora esteja em um período grande de estabilidade, o mesmo não acontece nos seus estados. Levando em conta a média de mortes nos últimos 7 dias, em relação à média registrada duas semanas atrás, tem-se que estes números estão subindo em:  RJ, DF, GO, AM e BA, estão em estabilidade (o número de mortes não caiu nem subiu significantemente) em  PR, RS, SC, ES, MG, SP, MS, PA, TO e PB, e estão em queda nos estados de MT, AC, AP, RO, RR, AL, CE, MA, PE, PI, RN e SE. Detalhes em https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/  .

A região Sul possui aproximadamente 30 milhões de habitantes. Dentre as 5 regiões do país é a que possui menos casos confirmados e o menor número de óbitos por COVID-19.

Dentre os 3 estados da região Sul, SC, RS e PR apresentam números semelhantes de óbitos por 100.000 habitantes (27,36; 25,91; 25,28, respectivamente). Para os casos confirmados, na região Sul, temos que a incidência em SC é de 1.801, no PR é de 982 e no RS é de 918 casos por 100.000 habitantes.

No gráfico a seguir, apresenta-se a evolução do COVID-19 para o Brasil e 14 estados, a partir do 100° caso. Dentre estes estados, a região Sul tem as trajetórias menos intensas conforme pode ser melhor visualizado no zoom da figura.

Na figura a seguir, tem-se os gráficos da evolução da epidemia no Rio Grande do Sul, para o número de infectados e de óbitos.

Na última semana, o RS passou dos 100.000 casos confirmados de COVID-19 e deve alcançar 3.000 mortes entre o dia de hoje e este sábado. O RS teve em média 1.644 novos casos de COVID-19 por dia (entre 14/8 e 20/8), totalizando 104.068 casos confirmados (↑ 11.508 em 7 dias, 2.215 casos a menos do que na semana anterior), apresentando uma taxa de crescimento diário médio de 1,32% nos últimos 5 dias. Um total de 2.948 pessoas já perderam a vida para a doença no estado (média de 52 óbitos por dia e aumento de 364 novos óbitos em 7 dias, 11 casos a mais do que na semana anterior), apresentando uma taxa de letalidade aparente de 2,8%. Do total de casos confirmados, 94.351 já são considerados curados e 6.769 são casos ativos.

O sistema de saúde do RS segue com um aumento significativo no número de ocupação dos leitos de UTI. O RS conta com 2.488 leitos de UTI (foram criados 779 novos leitos de UTI desde 13/5), e aproximadamente 76,6% destes leitos estão ocupados (por 1.906 pacientes). Segundo o site do SES RS, https://ti.saude.rs.gov.br/covid19/ , em 20/08, das 10.669 hospitalizações, 10% foram por SRAG. As barras vermelhas sinalizam o aumento da utilização de leitos de UTI por casos confirmados de COVID-19. Para melhorar a visualização inseriu-se as linhas de tendência com a média móvel semanal.

A SITUAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO RS:

Abaixo seguem gráficos, considerando a incidência e a mortalidade, para os municípios do RS com mais de 100.00 habitantes. Também, um gráfico mostrando a evolução dos casos e óbitos nestas cidades. Na sequência, seguem os gráficos com os casos e os óbitos acumulados para os municípios da 3ª CRS. No total são 481 municípios do RS que possuem casos confirmados de COVID-19 (97% de 497 municípios).

PELOTAS:

Com o avanço da epidemia, e o aumento de casos na cidade de Pelotas, uma aba de gráficos específica para a cidade foi criada https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/covid-19-graficos-com-relacao-ao-rs/covid-19-pelotas/. Esta aba é atualizada diariamente, utilizando os dados divulgados pela Prefeitura Municipal de Pelotas. Obs.: Podem haver divergências entre a declaração dos dados pelas prefeituras e a consolidação na base de dados geral, seja do SES RS ou do MS. Esta defasagem é corrigida, em geral, no(s) dia(s) seguinte(s).

Abaixo seguem os gráficos de casos e óbitos diários (com média móvel semanal), gráfico de ocupação dos leitos de UTI e um gráfico do número de reprodução diário Rt (baseado na incidência) para a cidade de Pelotas.

Na “aba Pelotas” outros gráficos podem ser visualizados.

NÚMEROS DO AVANÇO DA EPIDEMIA NO BR, RS E PELOTAS:

Como uma forma de verificar como os casos confirmados de COVID-19 aumentaram desde o início da pandemia no BR, RS e Pelotas, apresenta-se uma tabela com os dados de março a agosto, no dia 20.

PROJEÇÕES PARA O BR, RS E MUNICÍPIOS COM MAIS DE 100.000 HABITANTES:

Abaixo seguem os gráficos das projeções para o Brasil, RS e das cidades gaúchas que possuem mais de 100.000 habitantes, até o dia 31 de agosto. No modelo matemático SIR, foi considerada uma taxa média de reprodução R0 que variou de 1. a 1.3 e um período de infecção de 5.2 dias. Os dados utilizados são por data de notificação e obtidos no site do Ministério da Saúde do Brasil e na Secretaria da Saúde do estado (SES RS). Devido a problemas operacionais, algumas cidades tem apresentado atraso na divulgação dos seus dados, acarretando divergência entre os dados divulgados pelas prefeituras e pelo SES RS. Por exemplo, no dia 20 de agosto, a prefeitura de Porto Alegre divulgava em seu site 19.217 casos confirmados na cidade, o que aponta para uma grande diferença perante o sistema oficial do SUS onde consta o valor de 11.205 casos.

Se a taxa de crescimento seguir como está, estima-se que até o dia 31 de agosto, o BR terá perto de 4 milhões de infectados, que o RS terá em torno de 130.000 infectados e que Pelotas tenha em torno de 2.400 casos confirmados de COVID-19.

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem. Detalhes da pesquisa podem ser consultados na página do laboratório do Grupo de Dispersão de Poluentes & Engenharia Nuclear (GDISPEN): https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/.

Responsáveis: Daniela Buske, Régis Sperotto de Quadros, Glênio Aguiar Gonçalves

Gráficos iterativos: Gustavo Braz Kurz

* Os dados da epidemia foram consultados antes das 14h do dia 21.08 nas redes sociais e nos sites do Ministério da Saúde do Brasil e da Secretaria da Saúde do RS, da Universidade John Hopkins, do Worldometeres, do Our World in DataInformation is Beautiful e outros. Os dados podem divergir de acordo com a fonte consultada.

 

 

 

Modelagem Matemática do COVID-19: Atualização de 14.08.2020

O contexto mundial e brasileiro é analisado na atualização semanal dos pesquisadores do GDISPEN sobre a evolução da pandemia do COVID-19.
A grande maioria dos gráficos apresentados são auto explicativos.

O BRASIL DENTRO DO CENÁRIO MUNDIAL:
O Brasil se encontra no 153° dia da epidemia após o 100° caso e segue mantendo um crescimento elevado, atingindo no último final de semana as marcas de 3 milhões de infectados e 100.000 mortes.

 No Brasil:

  • confirmados: 3.224.876 (↑ 312.664 em 7 dias)
  • óbitos:  105.463 (↑ 6.970 em 7 dias)
  • recuperados: 2.356.640 (↑ 308.980 em 7 dias)
  • casos ativos: 762.773 (↓ 3.286 em 7 dias)

No Mundo:

  • confirmados:  21.057.706 (↑ 1.810.716 em 7 dias)
  • óbitos: 756.719 (↑ 39.983 em 7 dias)
  • recuperados: 13.919.508 (↑ 1.569.075 em 7 dias)
  • casos ativos: 6.381.479 (↑ 201.658 em 7 dias)

A pandemia de COVID-19 segue se expandindo em todo o mundo. Na postagem de hoje é feita uma análise geral da epidemia desde o seu princípio. A COVID-19 se expandiu rapidamente em todo o mundo, passando de poucos casos no início de janeiro para mais de 21 milhões no dia 13 de agosto de 2020. A doença se expandiu, desde o seu epicentro na província de Hubei, para praticamente todo o mundo. No dia 13 de janeiro, o primeiro caso fora da China foi notificado na Tailândia, e no final do mesmo mês diversos países registraram os primeiros casos (Japão, Coréia do Sul, Estados Unidos, Taiwan, Hong Kong, Macau. Singapura, Vietnã, França, Nepal, Austrália, Canadá, Malásia, Camboja, Alemanha, Sri Lanka, Finlândia, Emirados Árabes, Índia, Itália, Filipinas, Rússia, Espanha, Suécia e Reino Unido). Em 26 de fevereiro temos o primeiro caso registrado no Brasil. A OMS declarou que o surto de COVID-19 era uma “emergência de saúde pública de preocupação internacional” em 30 de janeiro e uma “pandemia” em 11 de março.   Abaixo, seguem os gráficos da evolução dos casos e óbitos por COVID-19 mensalmente, desde 13 de janeiro até 13 de agosto.

 

Nos gráficos abaixo temos a distribuição dos casos acumulados e diários por continente.

Nos gráficos abaixo, na esquerda, são apresentados a quantidade de novos casos diários versus o total de casos acumulados para óbitos, de diversos países. Neste tipo de gráfico, se a epidemia estiver apresentando um comportamento exponencial, a quantidade de novos casos aumenta proporcionalmente ao total, o que se reflete em uma curva ascendente. Já no caso de a velocidade da epidemia estar reduzindo, a curva começa a cair. Observa-se que alguns países já conseguiram fazer com que sua curva fique descendente, diminuindo significantemente o número de óbitos diários. Em outros, a epidemia segue em expansão, passando por uma estabilização, ou ainda com valores oscilando entre as semanas epidemiológicas (como é o caso do Brasil).

No gráfico da direita, são apresentadas curvas que mostram a os óbitos acumulados ao longo do tempo. A trajetória para cada país começa no dia em que aquele país teve 5 óbitos confirmados. Este tipo de gráfico permite comparar a rapidez com que o número de óbitos confirmados aumentou depois que o surto atingiu um estágio semelhante em cada país. Enquanto a curva tiver inclinação ascendente, a epidemia segue em expansão (caso do Brasil).

Na tabela abaixo, são apresentadas as taxas de infecção e fatalidade no mundo, dando um panorama da epidemia em números. São apresentados os casos confirmados e a porcentagem que estes cresceram em 1 e 7 dias (confirmed cases, 1-day, 7-day), mortes (death), a porcentagem de casos que foram a óbito (% cases who have died), os casos por milhão da população (cases per million people), e óbitos por milhão (death per million people), para os 20 países que lideram cada categoria no dia de hoje. Estados Unidos, Brasil, Índia e Rússia são os países com o maior número de infectados, recuperados e ativos por COVID-19, respectivamente. Se analisarmos os casos por milhão da população, este ranking é de Chile, Estados Unidos, Peru e Brasil. Analisando o número de mortes, Estados Unidos, Brasil, México e Índia tem os maiores valores. Já nas mortes por milhão de habitantes, Bélgica, Reino Unido, Peru e Espanha liderando os números, sendo que o Brasil ocupa a 9ª posição.  OBS.: Os valores numéricos podem variar entre as fontes e os horários consultados.

Os números gerais acumulados do Brasil são inferiores somente aos dos Estados Unidos em todas as categorias, há várias semanas. A curva de casos confirmados no Brasil teve nas últimas 2 semanas (31/7 a 13/8) em torno de 43.912 casos por dia. Já a curva com o número de óbitos segue estável, tendo em torno de 1014 óbitos por dia neste período. Tem-se uma letalidade aparente de 3,3% (proporção entre o número de óbitos por COVID-19 e o nº total de casos confirmados). Na última semana (7/8 a 13/8) o Brasil teve uma média de 44.666  infectados (1.508 casos a mais que na média da semana anterior, tendo em 14 dias uma variação de -2%) e 996 óbitos por dia (37 a menos que na média da semana anterior, tendo em 14 dias uma variação de -4%). Analisando os valores por 1 milhão da população, temos uma incidência 15.346 casos confirmados e mortalidade de 502. Nas figuras a seguir, tem-se os gráficos da evolução da epidemia no Brasil.

O RS DENTRO DO CENÁRIO BRASILEIRO:

OBS.: Para interagir com os gráficos para o Brasil, RS e municípios, acesse a aba “gráficos iterativos” da página do GDISPEN: https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/graficos-iterativos/. Os gráficos utilizados neste post e outros são atualizados diariamente.

Nas figuras abaixo pode-se visualizar os números de casos confirmados e óbitos em cada estado da federação, a incidência e a curva de óbitos por data. Analisando todos os estados da federação, considerando o dado acumulado, SP, BA, CE e RJ possuem o maior número de casos confirmados e SP, RJ, CE e PE o maior número de óbitos. Analisando os casos por 100.000 habitantes estes rankings de incidência passam a ser de RR, AP, DF e SE e de mortalidade para RR, CE, RJ e AM. Os valores por estado podem ser encontrados em https://covid.saude.gov.br/ e https://susanalitico.saude.gov.br/#/dashboard/.

Em relação aos óbitos: O Brasil, devido ao seu tamanho, enfrenta centenas de epidemias com seu curso próprio, e embora esteja em um período grande de estabilidade, o mesmo não acontece nos seus estados. Levando em conta a média de mortes nos últimos 7 dias, em relação à média registrada duas semanas atrás, tem-se que estes números estão subindo em:  SC, MG, MS, AM e TO, estão em estabilidade (o número de mortes não caiu nem subiu significantemente) em  PR, RS, ES, SP, DF, GO, MT, AP, PA, RO, BA, PB, PI e SE, e estão em queda nos estados de RJ, AC, RR, AL, CE, MA , PE e RN. Detalhes em https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/  .

A região Sul possui aproximadamente 30 milhões de habitantes. Dentre as 5 regiões do país é a que possui menos casos confirmados e o menor número de óbitos por COVID-19.

Dentre os 3 estados da região Sul, SC, RS e PR apresentam números semelhantes de óbitos por 100.000 habitantes (23,67; 22,71; 22,53, respectivamente). Para os casos confirmados, na região Sul, temos que a incidência em SC é de 1.606, no PR é de 872 e no RS é de 814 casos por 100.000 habitantes.

No gráfico a seguir, apresenta-se a evolução do COVID-19 para o Brasil e 14 estados, a partir do 100° caso. Dentre estes estados, a região Sul tem as trajetórias menos intensas conforme pode ser melhor visualizado no zoom da figura.

Na figura a seguir, tem-se os gráficos da evolução da epidemia no Rio Grande do Sul, para o número de infectados e de óbitos.

Na última semana, o RS teve em média 1.960 novos casos de COVID-19 por dia (entre 7/8 e 13/8), totalizando 92.560 casos confirmados (aumento de 13.723 em 7 dias, 2.377 casos a mais do que na semana anterior), apresentando uma taxa de crescimento diário médio de 2,06% nos últimos 5 dias. Um total de 2.584 pessoas já perderam a vida para a doença no estado (média de 50 casos por dia e aumento de 353 novos óbitos em 7 dias, 50 casos a menos do que na semana anterior), apresentando uma taxa de letalidade aparente de 2,8%.

O sistema de saúde do RS tem tido um aumento significativo no número de ocupação dos leitos de UTI. Mesmo com a criação de 757 novos leitos de UTI (desde 13/5), hoje aproximadamente 77,7% destes leitos estão ocupados. As barras vermelhas sinalizam o aumento da utilização de leitos de UTI por casos confirmados de COVID-19. Para melhorar a visualização inseriu-se as linhas de tendência com a média móvel semanal.

A SITUAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO RS:

Abaixo seguem gráficos, considerando a incidência e a mortalidade, para os municípios do RS com mais de 100.00 habitantes. Também, um gráfico mostrando a evolução da epidemia nestas cidades, por data. Na sequência, seguem os gráficos com os casos e os óbitos acumulados para os municípios da 3ª CRS. No total são 477 municípios do RS que possuem casos confirmados de COVID-19 (6 municípios a mais que na última sexta-feira).

PROJEÇÕES PARA O BR, RS E MUNICÍPIOS COM MAIS DE 100.000 HABITANTES:

Abaixo seguem os gráficos das projeções para o Brasil, RS e das cidades gaúchas que possuem mais de 100.000 habitantes, até o dia 20 de agosto. No modelo matemático SIR, foi considerada uma taxa média de reprodução R0 que variou de 1. a 1.5 (uma vez que a epidemia está mais agressiva em alguns locais) e um período de infecção de 5.2 dias. Os dados utilizados são por data de notificação e obtidos no site do Ministério da Saúde do Brasil e na Secretaria da Saúde do estado (SES RS). Devido a problemas operacionais, algumas cidades tem apresentado atraso na divulgação dos seus dados, acarretando divergência entre os dados divulgados pelas prefeituras e pelo SES RS.

Se a taxa de crescimento seguir como está, estima-se que até o dia 20 de agosto, o BR terá em torno de 3.450.000 infectados, que o RS terá em torno de 110.000 infectados e que Pelotas tenha mais de 2000 casos confirmados de COVID-19.

Como uma forma de verificar como os casos confirmados de COVID-19 aumentaram desde o início da pandemia, apresenta-se uma tabela com os dados de março a agosto, no dia 13, para BR, RS e Pelotas.

Com o avanço da epidemia, e o aumento de casos na cidade de Pelotas, uma aba de gráficos específica para a cidade foi criada: https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/covid-19-graficos-com-relacao-ao-rs/covid-19-pelotas/. Esta aba é atualizada diariamente, utilizando os dados divulgados pela Prefeitura Municipal de Pelotas. Obs.: Podem haver divergências entre a declaração dos dados pelas prefeituras e a consolidação na base de dados geral, seja do SES RS ou do MS. Esta defasagem é corrigida, em geral, no dia seguinte.

Abaixo seguem os gráficos de casos e óbitos diários (com média móvel semanal), gráfico de casos ativos e recuperados e um gráfico que mostra a porcentagem de redução na mobilidade da população dia a dia (índice de isolamento da população).

No gráfico da mobilidade é possível verificar que a população aderiu ao lockdown proposto no último final de semana, atingindo 78% de isolamento no domingo. Este isolamento se reduziu para 66% na segunda-feira e para 49% na terça-feira. Segundo a OMS, o ideal seria manter 70% ou mais de isolamento por um período mais significativo para tentar controlar a epidemia. Cabe ressaltar que o efeito de um lockdown será observado em torno de 14 dias após o seu início, caso este tenha sido efetivo.

Na “aba Pelotas” outros gráficos podem ser visualizados.

Este estudo tem finalidade puramente acadêmica e científica, mostrando a grande aplicabilidade da modelagem matemática em problemas reais. As discussões, opiniões, ideias e publicações geradas a partir dos resultados do modelo utilizado são de autoria dos respectivos autores, e não necessariamente representam aquelas das instituições a que estes pertencem. Detalhes da pesquisa podem ser consultados na página do laboratório do Grupo de Dispersão de Poluentes & Engenharia Nuclear (GDISPEN): https://wp.ufpel.edu.br/fentransporte/.

Responsáveis: Daniela Buske, Régis Sperotto de Quadros, Glênio Aguiar Gonçalves

Gráficos iterativos: Gustavo Braz Kurz

* Os dados da epidemia foram consultados antes das 14h do dia 14.08 nas redes sociais e nos sites do Ministério da Saúde do Brasil e da Secretaria da Saúde do RS, da Universidade John Hopkins, do Worldometeres, do Our World in DataInformation is Beautiful e outros. Os dados podem divergir de acordo com a fonte consultada.