Stranger Things e a nostalgia oitentista

Por: Vanessa Kleber

Em outubro de 2016 é difícil não ter ouvido falar da série Stranger Things. Lançada em julho deste ano, a produção da Netflix foi sucesso imediato e levou adultos e adolescentes a nostalgia total devido a suas referências a filmes chaves de ficção cientifica e a clássicos juvenis dos anos 70 e 80.

Stranger Things, foi criada pelos irmãos Matt e Ross Duffer, e é ambientada no ano de 1983, na cidade de Hawkins, Indiana. A narrativa começa quando Will, um menino de 12 anos, desaparece sem deixar rastros. A mãe, interpretada por Winona Ryder, e os amigos do garoto procuram por respostas e acabam por mergulhar em um grande mistério que envolve eventos sobrenaturais, ações governamentais e uma menina que não parece pertencer a esse mundo.

Em meio a narrativa, as sequências fazem referência à filmes que ativam a memória afetiva dos espectadores como, E.T., Conta Comigo, Alien, Evil Dead, Goonies, Contatos Imediatos de Terceiro Grau, entre outros longas dos anos 70/80 que marcaram a adolescência e infância de diversas pessoas e, aqui no Brasil, daqueles que acompanhavam a Sessão da Tarde.

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A espontaneidade das crianças conquistou os internautas.

A amizade entre as crianças, a liberdade da infância e dos anos 80 levaram o público a construir um vínculo muito grande com os cinco atores mirins da série, Finn Wolfhard, Gaten Matarazzo, Caleb McLaughlin, Noah Schnapp, que hoje são sucesso absoluto na internet.

Leticia Sampaio, estudante de Ciência da Computação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) destaca a importância e força que a série concede às personagens femininas. Como a personagem de Winona Ryder, que segue forte lutando para achar seu filho mesmo enquanto todos acham que estava louca. Nancy, irmã de um dos amigos, que também perde uma amiga de modo misterioso mas continua procurando por ela e por Will. E Eleven, a jovem desconhecida que se torna parte do grupo dos meninos instantaneamente.

O jornalista Henrique Barum acredita que o sucesso da série está no fato de a Netflix ter investido em algo que não estava sendo feito atualmente: “Não é série caricata assim, as referências são muito fortes e tu vê que não é uma coisa forçada tipo “olha como somos anos 80”, e sim “estamos ambientados aqui e é isso aí”. Ele ainda destacou o caráter clássico instantâneo da série: “Como pessoa que adora estudar cultura pop e conseguiu pegar várias referências, eu recomendo, pois, por mais que seja algo atual, já tem aquela pegada cult que daqui uns 20 anos vai ser tipo “nossa, lembra de Stranger Things e como era maravilhoso?”

E a segunda temporada não pretende ficar atrás da primeira, que na semana de lançamento ultrapassou até mesmo Game Of Thrones no hanking do IMDB. Um teaser divulgado em agosto deste ano confirmou a continuação da série e deu uma palhinha das inspirações que serão utilizadas para a construção roteiro. Confira aqui.

Ficou com vontade de assistir? A primeira temporada da série está disponível na plataforma Netflix.

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