Semana Em Pauta: dos problemas no MEC a discussão de Paulo Guedes e Zeca Dirceu

 

Por Júlia Müller

Um resumo dos acontecimentos da semana todos os sábados de manhã: essa é a proposta do Semana Em Pauta. O projeto, que inicia junto ao mês de abril, é formado por uma curadoria de notícias.

A primeira semana de abril começou com celebração do golpe militar de 1964 por parte do governo e terminou com o Ministro da Educação (MEC), Ricardo Vélez Rodríguez, anunciando a mudança no conteúdo dos livros didáticos que fazem referência ao período em que o Brasil foi governado por militares. Além disso, Jair Bolsonaro agraciou os brasileiros com a declaração: “não nasci para ser presidente, nasci para ser militar”.

Essa semana também foi marcada pela falência da gráfica contratada pelo MEC para realizar a impressão do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Apesar do escândalo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) afirma que o cronograma das provas segue sem alterações.

O vai e vem do principal cargo dentro do MEC, a visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL) à Israel, as acusações contra o ex-presidente Michel Temer, a discussão que levou o Ministro da Economia, Paulo Guedes, a ser chamado de tchutchuca e as demais informações sobre os últimos dias confere na Semana Em Pauta.

“O Exército nos salvou. (…) Não dá para mudar a história”

A frase foi dita durante o vídeo divulgado pelo WhatsApp oficial do Palácio do Planalto no domingo (31). Em alusão ao golpe de 64, o vídeo celebra o período e anuncia a data histórica como uma espécie de ponto de partida para a retirada do comunismo do poder.

Planalto divulga vídeo em defesa do golpe militar de 1964 | Estadão

Segundo a Comissão Nacional da Verdade, 434 pessoas foram mortas pela repressão militar ou desapareceram durante o período (1964-1985). Ignorando as constatações históricas, o Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, anunciou na quinta-feira (04) que os livros didáticos distribuídos nas redes de ensino passarão por alterações. Para ele, as explicações quanto ao golpe de 64 não passam uma “ideia verídica” da história do país.

Ministro diz que não houve golpe em 1964 e que livros didáticos vão mudar | Folha de São Paulo

Guia para não passar vergonha quando falar de ditadura | Él País

Mais problemas no MEC

A empresa RR Donnelley, responsável pela impressão do Exame Nacional do Ensino Médio, fechou as portas na segunda-feira (01). Sem gráfica, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) tratou de acalmar os ânimos dos candidatos e emitiu nota afirmando que está analisando “alternativas seguras” quanto a contratação de outra companhia.

Governo pediu apoio da Casa da Moeda para impressão do Enem | Folha de São Paulo

O vai e vem do atual Ministro da Educação foi um dos assuntos que se estendeu durante a semana. Já na sexta-feira (05), o presidente Jair Bolsonaro anunciou durante coletiva de imprensa que decidirá na próxima segunda-feira se Rodríguez seguirá no principal cargo da pasta. Nas palavras do presidente: “Ele é bacana e honesto, mas está faltando gestão, que é coisa importantíssima”.

Bolsonaro diz que segunda-feira é “dia do fico ou não fico” para Vélez e aprofunda crise no MEC | Él País

“Tchuchuca é a mãe”

Paulo Guedes, ministro da Economia, foi chamado de “Tchuchuca” durante a audiência sobre a Reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados na tarde da quarta-feira (03). O petista Zeca Dirceu (PT-PR) disse, durante as mais de seis horas do encontro, que economista era tigrão só com aposentados, com professores e com agricultores, enquanto se portava como tchutchuca com os mais privilegiados.

“Tchutchuca”, Venezuela e fake news: oito polêmicas da audiência com Guedes | UOL

Tchutchuca e tigrão: de onde vêm as expressões usadas contra Paulo Guedes | Gaúcha ZH

Bolsonaro em Israel

Desde domingo no país, Jair Bolsonaro visitou o muro das Lamentações, em Jerusalém, na segunda-feira (01). Junto do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o presidente deixou um pedido no local sagrado do Judaísmo. Quando questionado sobre o conteúdo depositado, ele respondeu: “Deus, olhe pelo Brasil”.

Bolsonaro em Israel: O que aconteceu de mais importante na visita do presidente até agora? | BBC News

A Lava-Jato e Temer

Preso na quinta-feira do dia 21 do último mês, Michel Temer foi solto quatro dias depois. Ele, o ex-ministro Moreira Franco e mais 12 viraram réus na Lava Jato do Rio de Janeiro, por suspeitas de desvios na Eletronuclear. A 3ª denúncia contra o ex-presidente foi entregue na terça-feira (02), desta vez por peculato, corrupção e lavagem de dinheiro. Já na quinta-feira, a Justiça Federal de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público Federal e transformou o ex-presidente  Michel Temer e uma de suas filhas, Maristela Temer, em réus.

Temer e filha viram réus por causa de reforma de casa | O Globo

Também merecem atenção:

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul divulgou na quinta-feira (04) o último relatório do Centro Estadual de Vigilância em Saúde. O estudo epidemiológico confirmou 81 casos de dengue em todo o Rio Grande do Sul.

Chega a 81 os casos de dengue no Rio Grande do Sul | Correio do Povo

As decisões de Bolsonaro afetaram, agora, os relógios das casas dos brasileiros. Na manhã da sexta-feira (05), o presidente afirmou: “neste ano não teremos horário de verão”.

‘Não teremos horário de verão neste ano’, afirma Bolsonaro | Isto é

As próximas informações que envolvem o país do futebol e do carnaval, além das novidades da cidade do doce, você confere no próximo sábado.

 

 

 

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