Pesquisas eleitorais e sua influência no eleitor
Por Jean Carlo dos Santos e Karina Vaz
As pesquisas de intenção de voto, que são lançadas pelos institutos durante o período de campanha eleitoral, podem ser determinantes na hora do eleitor decidir o seu candidato. Entretanto, nas eleições deste ano, alguns dos resultados previstos por elas ficaram longe de se tornar realidade.
De acordo com o cientista político Renato Della Vechia, dependendo do contexto social e político, as pesquisas podem influenciar uma pessoa. Ele explica que existem quatro tipos de eleitores: os que gostam de ganhar e por isso acabam deixando se influenciar pelas pesquisas, votando no candidato que está na frente; eleitores que veem as pesquisas como um dado importante, fazendo com que ele decida seu voto; o eleitor mais ideológico, que apesar das pesquisas, não troca seu voto e aposta em determinada candidatura; e por fim o eleitor que dá um voto útil, que é aquele que pode modificar um resultado previsto.
Della Vechia também salienta que os candidatos que possuem mais estrutura financeira fazem suas próprias pesquisas. A partir dos resultados coletados, os integrantes da campanha descobrem pequenos detalhes referentes aos eleitores, como o contexto social no qual a campanha eleitoral mais se encaixa e no que o candidato precisa trabalhar para poder aumentar sua popularidade em outros tipos de público.
Muitos ficaram surpresos com alguns dos candidatos que foram eleitos, já que os resultados foram distantes do que as pesquisas sugeriam. Mesmo assim, determinados eleitores ainda acreditam que as pesquisas podem decidir uma eleição.
Para o escriturário Renato da Costa, são justamente os candidatos mal colocados em pesquisas que, por causa de sua posição baixa, acabam migrando a intenção de votos para eles. Já Fernanda Silveira, estudante de direito na UCPel, acredita que apenas “quem não vota com responsabilidade é influenciado pelas pesquisas”.