Os pontos fortes e fracos da Seleção Brasileira
Por Mateus Bunde
A seleção de Luiz Felipe Scolari enfrenta a Colômbia, no Estádio Castelão, em Fortaleza, na busca pela vaga nas semifinais da Copa do Mundo de 2014. A equipe de José Pékerman vem como favorita para o confronto sulamericano, contabilizando 4 vitórias nos 4 jogos disputados, além de possuir o artilheiro do torneio, James Rodriguéz, com 5 gols marcados. Mas, por que a Seleção Brasileira não vêm mostrando o mesmo futebol da conquista da Copa das Confederações de 2013? A AGPel apurou os pontos fortes e fracos da equipe de Felipão para o jogo desta sexta-feira (4).
Pontos Fortes:
O lado esquerdo da seleção brasileira
Com o campeão europeu Marcelo na lateral-esquerda e o camisa 10, Neymar, jogando aberto pelo setor, a equipe brasileira possui muita criatividade para criar jogadas que possam levar perigo ao gol de Ospina. O forte apoio de Zuñiga (lateral-direito colombiano) pode ser fator determinante para Felipão concentrar seus ataques pelo lado mais criativo do setor.
A zaga
Apesar do bate-cabeças durante o gol do Chile, o miolo de zaga da seleção possui muita confiança e técnica de sobra. Com a dupla de zagueiros mais cara do mundo (com a venda de David Luiz para o PSG por cerca de R$ 150 milhões de reais), a Seleção Brasileira possui ainda o privilégio de ter o zagueiro titular do Bayern de Munique, o baiano Dante. Opções não faltam para Felipão.
Neymar
Com 4 gols em 4 jogos, Neymar é um dos vice-artilheiros da competição. Destaque da Seleção na primeira fase, é também considerado, por muitos, um dos craques da Copa, até o momento. Apesar da pouca idade (apenas 22 anos), Neymar chamou a responsabilidade para decidir os jogos contra Croácia (3×1) e Camarões (4×1). Tem potencial para repetir os feitos contra a Colômbia.
Júlio César
Após defender dois pênaltis na disputa contra o Chile, a moral de Júlio César parece ter voltado. Na Copa de 2010, o então melhor goleiro do mundo, foi taxado como um dos vilões na eliminação do Brasil, nas quartas-de-finais. Agora, com 34 anos, tenta mostrar que não está acabado para o futebol. A emoção demonstrada no fim do jogo contra o Chile, fora uma resposta a tudo o que o goleiro brasileiro passou durante todo o período compreendido entre os dois mundiais. “É complicado psicologicamente e emocionalmente. Só Deus e a minha família sabem o que eu passei e o que passo até hoje”, disse o goleiro na entrevista pós jogo.
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Pontos Fracos:
O lado direito da seleção brasileira
Se o lado esquerdo com Marcelo e Neymar merece destaque, o lado direito, com Daniel Alves e Hulk, merece atenção. Ambos os jogadores vem, durante o mundial, recebendo severas críticas pelo mau desempenho. O perigo é ainda maior quando José Péckerman arma sua equipe com James Rodriguez povoando bastante o lado de Daniel Alves. Muitos torcedores e comentaristas cobram as entradas de Maicon e Willian no time titular, nos lugares de Dani e Hulk, respectivamente.
A falta do centroavante matador
Fred e Jô. Essas são as opções de Luiz Felipe para escalar na vaga que já foi de Romário e Ronaldo. Não está fácil para Felipão. O gosto do técnico gaúcho por um jogador de força física e, além de tudo, matador dentro da área, não é de hoje. Vide os times campeões do técnico, e será vista a preferência por um time que jogue com uma referência. Fred só marcou um gol no torneio, e não tem convencido com suas atuações apagadas nos jogos. Jô não entra bem. Em nenhuma das oportunidades mostrou futebol suficiente para ser titular de uma seleção brasileira em Copa do Mundo.
O fator emocional
Aos prantos. Foi assim que a seleção se despediu das oitavas-de-final da competição. Não, não é o Chile. A seleção brasileira chorou como numa eliminação. Mas, se for falar de felicidade, chorou como se tivesse conquistado a Copa do Mundo. Mas não, a seleção chorou por passar por um sufoco contra os chilenos. Chorar é demonstrar fraqueza? Claro que não. Porém, as emoções à flor da pele, exaladas com um choro, podem transpirar outros tipos de emoções e sentimentos, como o nervosismo e a insegurança.