O mês é setembro e a causa é amarela

A cada 40 segundos, em algum lugar do mundo, alguém tira sua própria vida  

Imagem representativa da campanha do Setembro Amarelo. Imagem: Rádio Clube Joinville

Por Isadora Mariko Ogawa

No mundo, quase 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada morte dessas, há cerca de vinte tentativas. Por isso, a última terça-feira (10) marcou o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, data associada ao Setembro Amarelo, campanha de conscientização que busca dar suporte àqueles que pensam em cometer suicídio.

No Brasil, o Setembro Amarelo foi criado em 2015, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O mês é marcado por diversas mobilizações referentes à questão, tanto nas redes sociais como em escolas, universidades, entidades dos setores público e privado e também envolvendo a população brasileira em geral.

O objetivo é promover espaços de discussões sobre o combate ao suicídio e, assim, divulgar o tema e a importância de debatê-lo. A campanha também busca desmitificar o pensamento de que conversar com as pessoas sobre suicídio vai incentivá-las a tirar suas próprias vidas. Luciana Mecking Arantes, psicóloga formada pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e atuante há mais de 25 anos na área, acha “importantíssimo falar sobre, para cada vez mais acabar com o estigma que existe sobre o suicídio”.

Segundo a OMS, o suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo. O problema afeta pessoas de todas as faixas etárias, homens e mulheres, e está ligado, principalmente, a doenças mentais, como a depressão. Porém, há diversos fatores que podem levar uma pessoa a tirar sua própria vida, desde problemas com drogas, crises, até discriminações e abusos.

A psicóloga Luciana lembra: “sempre somos capazes de ajudar as pessoas”. Ela também ressalta que não há como prever o ato. “É preciso ficar atento aos sinais e prestar atenção naqueles que estão perto de você. Às vezes, só é necessário ouvir as pessoas”, afirma.

Pensando nisso, o Centro de Letras e Comunicação (CLC), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), elaborou uma programação para o Setembro Amarelo. O mês terá palestras e rodas de conversa, realizadas por profissionais e estudantes, buscando debater questões relacionadas ao suicídio. Saiba mais em: https://wp.ufpel.edu.br/clc/2019/09/06/setembro-amarelo-no-clc-2/

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