No Limite do Amanhã

Por Graça Vignolo de Siqueira

Sinopse:

“A Terra está tomada por alienígenas e o relações públicas das Forças Armadas dos Estados Unidos, Bill Cage (Tom Cruise), é obrigado a ir para a linha de frente no dia do confronto final. Sem saber o motivo, ele fica preso no tempo e condenado a reviver aquele dia repetidamente. A cada morte e renascimento, Cage avança mais um pouco, pois antecipando os acontecimentos, tem a chance de mudar o curso da batalha com o apoio da guerreira Rita Vrataski (Emily Blunt).”

O filme é adaptado do romance “All You Need is Kill”, de Hiroshi Sakurazaka. Tem ação dentro de um universo de ficção científica. Tem aliens ultra rápidos e que nos assustam, afinal é em 3D. Tem Tom Cruise, que completa 52 anos no próximo mês e está em ótimas condições físicas. A atriz Emily Blunt, que investiu em intenso treinamento físico por quatro meses e se preparou muito bem para o papel da destemida Rita Vrataski. A receita é boa.

Brad Pitt também foi cogitado para o papel principal, tendo em vista que já trabalhara com o diretor Doug Liman em Sr. e Sra. Smith. Não sei o motivo da preferência por Cruise, mas qualquer um dos dois desempenharia com excelência o papel do relações públicas Bill Caige, que de guerra quer estar bem longe. Como relações públicas das Forças Armadas, nunca esteve em combate e assim quer continuar, mas não é o que pensa o General Brigham (Brendan Gleeson). Mesmo assim Cage se nega e então é considerado um desertor. Isso faz com que volte a ser um soldado e seja enviado para combater contra alienígenas que invadiram a Terra.

Não deve ter sido fácil usar uma roupa pesada para o combate, a armadura de nome ”exosuit”, que pesava cerca de 50 quilos. A roupa tem todo um arsenal que será usado na tentativa de abater os alienígenas, que são muitos. As cenas de ação são bem feitas, o 3D funciona mesmo para que nos assustemos e no primeiro dia Cage já mata um dos aliens que faz com que o dia seja retornado ao início.
Com consciência do que aconteceu, Cage só desconhece o motivo. Aí começa a história da viagem no tempo. Explicada por cientistas, mas não entendida por nós, simples mortais. Ainda assim é possível se divertir com a ideia. Já tivemos a ótima séria De Volta para o Futuro (para os mais velhos), Os 12 Macacos (também mais antigo), Looper, inclusive com a mesma atriz principal e, mais recentemente X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido.

Todos, de uma maneira ou outra, abordam esse passeio pelo passado e futuro. Desta vez, o motivo não é uma máquina, mas a contaminação pelo sangue do alien que matou. Esse tem o poder de voltar no tempo e passa a mesma habilidade para o soldado fazendo com que volte ao mesmo dia sempre que morre. E isso se repete de uma maneira até bem humorada, mas bem elaborada pelo roteiro.
Desta vez a heroína é uma mulher, Rita Vrataski, que também já teve a mesma experiência que Cage. É ela quem irá treiná-lo muitas vezes, para que juntos vençam Ômega, o líder alienígena. Mesmo assim a atuação de Tom Cruise é muito eficiente. Ele divide momentos de insegurança e de sabedoria, por já ter vivido aquele dia incontáveis vezes.

A trama pode parecer confusa, mas é muito bem explicada e aceita, nos prendendo até o final. Há momentos até de olhares mais intenso entre o casal principal, mas não chega a sair do ritmo em função disso. No Limite do Amanhã é um ótimo filme, tem ótima fotografia, ótimos efeitos visuais, som potente e com certeza vai agradar a quem procura por um bom entretenimento. Minha nota é 9.

NoLimiteDoAmanhã13.5

Foto: Divulgação

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