“No Lado Sul do Mapa” e a valorização das experiências no meio estudantil
A UFPel esteve presente na 3ª edição do Festival Universitário de Cultura e Arte, que aconteceu em Porto Alegre entre os dias 31 de março e 2 de abril.
Carol Quincozes / Em Pauta
Realizar um curso na universidade é o sonho de muitas pessoas – ir ao campus todos os dias, conviver com os professores e colegas, dar o seu melhor para aprender ao máximo os conteúdos propostos e, ao mesmo tempo, tirar boas notas, são etapas que fazem parte da caminhada em busca do diploma. Entretanto, o processo universitário não baseia-se apenas em experiências cotidianas dentro da faculdade, atividades teóricas e provas.
Dentro da vivência de se dedicar à uma formação, percebe-se cada vez mais que as experimentações práticas, que promovem o dinamismo, improviso e a oportunidade do “novo”, trazem aprendizados que, se comparam ou, até mesmo, superam os conhecimentos adquiridos em uma sala de aula. A promoção de ações e eventos para estudantes, independente da área que cursam, são um exemplo de como os momentos fora da sala de aula auxiliam no conhecimento de cada indivíduo.
Entre os dias 31 de março e 2 de abril, ocorreu o Festival Universitário de Cultura e Arte, em Porto Alegre. Também conhecido como FUCA, o evento promoveu a exposição sobre os temas mais diversos, incluindo apresentações de trabalhos científicos e mostras artísticas, até debates acerca da preservação do meio ambiente e exibições musicais.
O FUCA é realizado pela UEE (União Estadual dos Estudantes) aqui do estado e, nas palavras do representante do movimento em Pelotas, Rubens Obelar, o retorno dos estudantes em relação a viagem foi bom, citando como uma das principais razões as temáticas que seriam abordadas, já que eventos de cultura e arte chamam a atenção do público. “A proposta do festival também está muito ligada ao que a gente vê nos debates da juventude hoje, e acho que isso chamou a atenção para o evento.
A estudante de Turismo Gabriela Oliveira, que soube da viagem através de uma amiga, ressalta que a experiência superou suas expectativas. “Achei incrível, é engrandecedor poder apoiar a pesquisa no Brasil e ter acesso a tantos trabalhos incríveis feitos pelos estudantes do país”. Além disso, Gabriela acredita que recebeu uma contribuição para seu desenvolvimento acadêmico, já que teve a oportunidade de apoiar a pesquisa científica e debater as questões do movimento estudantil.
“O espaço da universidade não pode ser só um espaço em que você vai, alguém te passa um conhecimento e você vai embora formado, ele precisa ter um caráter interdisciplinar e que consiga perpassar por outros conhecimentos que são gerados em outros espaços, até essa relação de cultura. Por exemplo, fomos num evento que era gaúcho, mas mesmo no Rio Grande do Sul, a gente tem algumas diferenças regionais” destaca Rubens.
“Você tem a união desses estudantes para poder estar num espaço de cultura. Tem troca de experiências, vocês podem se conhecer, conversar sobre os trabalhos que apresentam. Pra mim, o principal é o fato da gente conseguir sair do espaço de onde a gente está, porque ele tem as suas
limitações e vícios. Ele tem as suas partes boas, obviamente, mas conseguir expandir a visão que temos sobre educação, cultura, e estar em contato com mais pessoas sempre ajuda nesse sentido” finaliza Rubens.