Mês de combate à violência contra a mulher

Enfrentar e combater todas as formas de violência contra as mulheres. Informar e conscientizar através de políticas públicas, esses são os principais objetivos do “AGOSTO LILÁS”

Por Esther Martin

Símbolo da campanha Agosto Lilás

Lutar para proteger as mulheres é um dever de todos. É essencial o envolvimento de toda rede de atendimento à mulher em situação de violência para conscientização da sociedade, por isso foi criado o AGOSTO LILÁS.

AGOSTO LILÁS é uma campanha de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. Ela faz referência à Lei Maria da Penha, instituída pela Lei nº 11.340, que em 2022 completou 16 anos no dia  07 de agosto, por isso é executada neste mês. Além de conscientizar, a campanha tem como objetivo, tornar os canais de denúncias existentes ainda mais conhecidos assim como os serviços de atendimento à mulher que vivencia violência. 

Segundo Angelita Martin, estagiária de serviço social no Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência Professora Claudia Pinho Hartleben, a prefeitura de Pelotas juntamente com a rede de enfrentamento à violência contra a mulher, prepararam um cronograma voltado ao tema da campanha de 2022: “a violência contra a mulher não tem desculpa, tem lei!”. A fim de mostrar que existem consequências e que a sociedade está cada vez mais unida para o cumprimento da lei. 

Nesse cronograma foram realizadas rodas de conversas, inclusive com homens (no dia 22/08), para que fosse discutido a forma que poderiam contribuir no combate a violência de gênero. Workshop (dia 24/08) com a psicóloga Nicolly Fernandes sobre violência psicológica, no auditório da SAS (secretaria de assistência social) além de um evento no mercado central (27/08) com a temática AGOSTO SOLIDÁRIO, onde foram distribuídos materiais informativos  sobre o ciclo de violência; atrações; mateada; arrecadação de alimentos, ABSORVENTES e roupas.  

Roda de conversa com homens/Foto: arquivo pessoal

 LILÁS

A cor lilás representa respeito, dignidade, sinceridade, purificação e transformação. 

TIPOS DE VIOLÊNCIAS DE GÊNERO
Estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na Lei Maria da Penha: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial − Capítulo II, art. 7º, incisos I, II, III, IV e V.

Qualquer uma delas constitui ato de violação dos direitos humanos e deve ser combatida.

  • Violência física: qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher (espancamento, queimaduras com fogo, tortura, sufocamento, etc).
  • Violência psicológica: É considerada qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima; ou prejudique o pleno desenvolvimento da mulher; ou controlar suas ações (ameaças, humilhações, constrangimento, perseguição ou até mesmo proibir o direito de ir e vir).
  • Violência Moral: É considerada qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria (acusar de traição, expor a vida íntima, etc)
  • Violência Sexual: Trata-se de qualquer conduta que a faça presenciar, manter ou  participar de relação sexual não desejada (estupro, impedir a mulher de usar métodos contraceptivos, etc).
  • Violência Patrimonial:  Qualquer conduta que configure retenção, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, direitos ou recursos econômicos (não devolver documentos, não pagar pensão alimentícia, controlar dinheiro, etc).

Angelita ainda comenta sobre a importância da sociedade estar informada para que cada vez mais agressores sejam denunciados e vítimas sejam acolhidas, e assim construindo um mundo mais seguro justo e respeitoso para as mulheres. 

DENUNCIE – LIGUE 180

De forma anônima e gratuita, o atendimento é disponível 24h por dia. O atendimento presencial imediato é feito na Delegacia de Polícia para Mulher, que fica na rua Barros Cassal, número 516. Ou através do telefone (53) 3310-8181. É possível encontrar atendimento na delegacia comum e ser encaminhada para os serviços especializados. 

Para as vítimas, o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência Professora Claudia Pinho Hartleben fica na rua Barão de Itamaracá, número 690. Ou pelo telefone (53) 3279-4240 e (53) 3279-4713. Lá encontra-se uma equipe de apoio psicológico e de assistência social capacitados para atender mulheres que sofreram algum tipo (ou todos os tipos) de violência de gênero. 

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