Instituto João SLN organiza mateada em comemoração ao centenário dos Casos do Romualdo

Por Jessica Gebhardt

A “Mateada do Romualdo”, organizada pelo Instituto João Simões Lopes Neto,ocorreu no último domingo, 9 de novembro, no Parque da Baronesa. A atividade cultural fez parte das comemorações do centenário dos Casos do Romualdo, cujo primeiro folhetim foi publicado exatamente no dia 1º de junho de 1914.

Legenda: conjunto musical de Alex Moreira  e público presente. Foto: Jéssica Gebhardt

Legenda: conjunto musical de Alex Moreira e público presente. Foto: Jéssica Gebhardt

O evento contou com inúmeras atrações culturais. No palco montado pela SECULT, se apresentaram o conjunto musical de Alex Moreira, o Teatro do Chico Meirelles e o simoneano Mário Mattos, em apresentação especial, além de outros artistas, que divertiram e informaram os presentes sobre a obra centenária do maior escritor pelotense.

Mário Mattos em leitura do conto “Meu Cinto de Couro de Anta”. Foto: Jéssica Gebhardt

Mário Mattos em leitura do conto “Meu Cinto de Couro de Anta”. Foto: Jéssica Gebhardt

Os casos 

Casos do Romualdo é a última obra de João Simões Lopes Neto, escrita em 1914, dois anos antes de sua morte. Ela reúne 21 causos gauchescos, histórias curtas inventadas e inverossímeis que fazem parte da cultura gaúcha tradicional, tanto que nos dias de hoje se realizam festivais onde se premiam os melhores contadores de causos.

Romualdo é um personagem que realmente existiu e inspirou João Simões Lopes Neto. O engenheiro Romualdo de Abreu e Silva residiu grande parte de sua vida em Pelotas, onde trabalhou como engenheiro do Município e depois como fiscal do imposto de consumo. Vários prédios tradicionais de Pelotas foram construídos por ele, inclusive o da Prefeitura Municipal.

Romualdo era dotado de grande imaginação e veia inventiva. Presença marcante, por sua altura, cabelos brancos e, sempre trajando sobrecasaca preta e cartola, acabava por sobressair nas rodas sociais, onde narrava, para gosto geral, os seus casos. Morreu em Porto Alegre, em 1917.

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