Forças integradas são homenageadas por trabalho durante a enchente
Evento em Rio Grande na tarde desta quarta-feira (21) sobre os impactos da crise climática de maio nas cidades às margens da Lagoa dos Patos
Por Pedro Oliveira
O 1º Seminário de Eventos Extremos no Rio Grande do Sul (RS) e Impactos nas cidades às margens da Laguna dos Patos – Alternativas para minimizar o risco de desastres ocorreu nesta quarta-feira (21) no Auditório Cidec Sul do Campus Carreiros da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Na pauta, os efeitos do fenômeno El Niño observados nos meses de março, abril e maio por meio da enchente sem precedentes que assolou o estado e a região, além de projetar os possíveis impactos do período de estiagem nos próximos meses com o La Niña.
Paula Mascarenhas falou sobre sua experiência como gestora no período de calamidade e destacou o trabalho das forças integradas durante a enchente.
“Assim como em Rio Grande, Pelotas contou com apoio das forças integradas e do apoio científico das universidades para minimizar os danos da enchente. Foi a maior crise climática da história do nosso estado, e por isso temos que levar este momento como aprendizado. Em Pelotas, temos um trabalho de integração das forças de segurança muito efetivo, que completa sete anos com o Pacto Pelotas pela Paz. Esse trabalho fortaleceu vínculos com as instituições de segurança e criou a capacidade de trabalharem juntas com agilidade e confiança mútua. Vimos isso acontecer tanto na pandemia, quanto na crise climática, momento que foi criada uma sala de situação no quartel do 9º Batalhão de Infantaria Motorizada com todas as instituições instaladas junto a Universidade Federal de Pelotas, buscando acompanhar minuto a minuto a situação da catástrofe climática e comunicando abertamente à população sobre as informações que chegavam. Sou grata por ter trabalhado com lideranças tão comprometidas em prol do bem-estar dos cidadãos”, afirmou a gestora.
Dentre as pautas destacadas durante a abertura do evento, todos os representantes comentaram sobre a efetividade da integração das forças de segurança. O coordenador regional da Defesa Civil, coronel Márcio André Facin, falou das 80 mil vidas resgatadas no período, além de lembrar da ausência de óbitos, por consequência da enchente, na metade Sul.
A abertura foi finalizada com a entrega de placas em homenagem às autoridades e instituições que combateram a enchente. O evento prosseguiu na quinta-feira (22) com uma programação que incluiu a análise da atuação dos órgãos de segurança pública nos municípios da Costa Doce, bem como a integração das prefeituras, Ministério Público e universidades na busca por soluções para enfrentar desafios meteorológicos.