Em Porto Alegre, Brasil bate Honduras no último teste antes da Copa América
Por Henrique König
Em noite muito chuvosa, a seleção brasileira venceu Honduras com o placar de 1 a 0, no estádio Beira-Rio. A partida teve total domínio do time de casa, mas o marcador magro, em gol anotado por Roberto Firmino, não agradou ao público presente.
As vaias ao final surgiram, mas contradizem com o bom retrospecto recente da seleção comandada pelo técnico Dunga. Desde que voltou a dirigir a amarelinha, são dez vitórias em dez jogos disputados. O triunfo sobre o Honduras quebra uma marca histórica, que também pertencia a um treinador gaúcho. Dunga ultrapassa a sequência de nove resultados positivos conseguidos por João Saldanha, datada em 1969. A maior série ainda pertence a Aymoré Moreira, com 12 vitórias entre 1961 e 1962.
(Foto: Henrique König)
Em campo, o Brasil não contou com Neymar entre os 11 iniciais na escalação, mas, tomou a iniciativa e teve as melhores oportunidades da primeira etapa. O goleiro hondurenho Valladares evitou o que seria o gol de Firmino aos 18 minutos, em bela defesa.
Em outro momento, aos 22 minutos, novamente Firmino foi lançado, mas o impedimento parou a investida brasileira. Com 28 minutos de jogo, Willian, em jogada pela direita, finalizou com pouco ângulo, a bola pegou na trave e saiu pela linha de fundo.
De tanto insistir, o gol veio. Nome que mais incomodou os defensores da América Central, Firmino recebeu passe açucarado de Filipe Luis e tocou entre as pernas de Valladares para a abertura do placar, aos 32 minutos. Comemoração com o grupo e festa nas tribunas do Beira-Rio.
(Foto: Henrique König)
Entradas de Neymar e Robinho, mas queda no ritmo de jogo
A segunda etapa veio com mudanças propostas pelo técnico Dunga. Neymar e Robinho, antiga dupla de sucesso do Santos, entraram para atazanar em jogadas de efeito e tentar a ampliação do placar. O Brasil teve somente mais algumas chances.
Em escanteio cobrado por Robinho, Neymar conseguiu a finalização no segundo pau, mas Valladares espalmou em mais uma grande defesa. Aos 33 minutos, Douglas Costa, ex-Grêmio, driblou e arriscou o chute, que saiu por cima da meta.
A impaciência do torcedor cresceu com a pouca efetividade nas trocas de passe e nas escassas conclusões a gol. Um ritmo lento, juntamente com uma chuva fria, ocupou os minutos finais do duelo. As vaias aconteceram e foram assunto após o amistoso.
O técnico Dunga afirmou que não contava com tamanha desaprovação das arquibancadas ao fim do jogo. “Não esperávamos as vaias. Estamos jogando em casa, é final de temporada”, disse o comandante, que projetava uma maior compreensão dos que foram ao estádio.
“Quando o torcedor assiste à Seleção Brasileira, ele quer muitos gols. É normal. Agradecemos pela presença de todos que estiveram no Beira-Rio e vamos nos preparar bem para a estreia na Copa América”, comentou o atacante Robinho.
