Dia dos Estudantes é marcado por luta e resistência em Pelotas

DCE UFPel promove ato político-cultural estudantil em defesa da democracia e contra cortes na Educação

Gabriella Cazarotti/ Em Pauta

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Nesta quinta-feira, 11 de agosto, o Diretório Central dos Estudantes da UFPEL (DCE UFPel), Associação dos Docentes da UFPel e do IFSul (Adufpel), Seção sindical do IFSul (Sinasefe), Grêmio estudantil do IFsul e Seção Sindical do ANDES (Profurg), convidou toda a comunidade a se manifestar contra os cortes orçamentários e contra o descaso do governo Bolsonaro no setor da Educação.

Em defesa da democracia e das Universidades, as palavras de ordem proferidas por líderes dos movimentos estudantis denunciavam os cortes nos valores destinados pelo governo federal ao ensino superior, que desde 2010 retraíram 37%. A concentração teve início às 16h30, em frente ao Mercado Público. Às 17h, o grupo seguiu em passeata até a sede do DCE UFPel na rua Três de Maio.

Fabrício Sanches, membro do DCE UFPel, abriu o ato com uma fala imponente sobre a luta e resistência do movimento estudantil, alertando que os direitos perdidos serão somente reconquistados através do voto. “É fundamental a gente se unir ao máximo para derrotar o Bolsonaro. Nossa tarefa número um é derrotar esse projeto fascista e ditatorial que é o bolsonarismo. Por isso a gente aposta em mobilização de rua, pois assim a gente coloca nossa indignação nas ruas.”

Empunhando o megafone, Fabrício advertiu sobre o sucateamento de todos os setores públicos durante a gestão atual. “É preciso conversar mais sobre a realidade. Ver que o Bolsonaro tem culpa sobre várias coisas que estão ruins no Brasil como a pobreza, a fome, o desemprego. Bolsonaro não quer que tenha mais eleições, ele não quer que a gente tenha voz para protestar”, afirmou.

Fabrício Sanches discursa sobre retrocessos democráticos e sucateamento da UFPel./ Foto: Gabriella Cazarotti

Taiane Volcan, pesquisadora e coordenadora do Laboratório Midiars da UFPel e jornalista do Sinasefe IFSul, reforça o papel das manifestações estudantis.

“Acho fundamental esse movimento dos estudantes porque nós temos assistidos diariamente uma série cortes nas verbas da ciência e da pesquisa, nós do Midiars fazemos pesquisas praticamente bancando do próprio bolso”, afirmou.

Ela reforça que a gestão Bolsonaro incentiva a perseguição de cientistas, combate a ciência, ao conhecimento e educação. “Os estudantes precisam defender a educação, se não defendermos ela, não terá educação para defender mais.”

A concentração de pessoas caminhou ao som de gritos de protesto em direção a rua Três de Maio, em frente a sede do DCE, onde deu-se inicio a apresentações musicais político-culturais dos artistas Mano Rick, Afroblacksoul e DJ Helô.

Manifestações como essa aconteceram em todo país no dia 11 de agosto, por estudantes de diversas universidades e institutos, a favor da democracia, do sistema eleitoral e contra o desmonte da educação.

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