Destruição causada pelo ciclone afeta milhares de pessoas

Consequências do clima preocupam moradores da região Sul, onde ainda falta energia elétrica, água e ocorreram muitas quedas de árvores

Equipe/Em Pauta

Ainda não acabou. Pelotas e Rio Grande estão tentando adiantar as atividades de emergência para restaurar estragos causados pelo ciclone extratropical na última madrugada. Como a chuva ainda não parou e agora está tocada a um vento sul que baixa as temperaturas, diversas ações estão acontecendo nos dois municípios. A elevação do nível dos cursos de água, lagoa, rios e canais também pode causar estragos e deixar desabrigados. Ao menos 790 mil moradores do estado estavam sem luz até a última atualização desta reportagem. As estimativas apontam 23 pessoas feridas, 261 desalojadas e 331 desabrigadas no estado segundo o site G1. Já a Defesa Civil RS divulgou que até a manhã desta quinta, havia 10 desalojados e 90 desabrigados no Estado. Esse número, porém, sofre constantes atualizações. Em menos de um mês, este é o terceiro ciclone extratropical a atingir o Rio Grande do Sul. No meio de junho, ocorreu o episódio mais danoso, que provocou 16 mortes e deixou mais de 15 mil pessoas desabrigadas e desalojadas.

Aulas da rede municipal, estadual e particulares seguem suspensas. Universidade Federal de Pelotas e Fundação Universidade de Rio Grande também suspenderam as aulas. Instituto Federal (IFSul) também não tem atividades. Pelas ruas das duas cidades, são muitos os esforços para resolver problemas de energia elétrica, queda de árvores e mal funcionamento de semáforos. No canal Santa Bárbara, equipe da Sanep fazia o desentupimento da passagem da água na ponte da Avenida Duque de Caxias. O Sanep também informou a sociedade que duas casas de bombas estão sem energia elétrica e que o abastecimento de água nas casas também enfrenta problemas

 

Equipe do Sanep tenta evitar que escoamento da água do Santa Bárbara seja interrompido. Foto: Andrea Amaral/Especial Em Pauta

O acúmulo de lixo perto dos cursos de água também acabam causando transtornos com as enxurradas pois entopem o sistema de escoamento público. No centro de Pelotas, equipes de empresas de energia também faziam consertos no local que teve danificados os fios.

Atividades seguiram na chuva e frio. Foto: Andrea Amaral/Especial Em Pauta

 

O número de locais sem eletricidade aumentou muito depois que a CEEE Equatorial divulgou seu último boletim, indicando que há 715 mil sem energia na sua área de concessão. Já na área de concessão da RGE, há 75 mil pontos sem luz, sendo que a região da Serra é a mais prejudicada. Ainda não existem estatísticas oficiais para o número de desabrigados.

O secretário Sandro Bocca, de Rio Grande, afirmou para a Equipe do Em Pauta que “estamos em uma grande mobilização. As pessoas da comunidade e as nossas equipe estão ajudando. Vamos unir esforços para restabelecer a ordem. Estamos trabalhando em conjunto. Já temos desabrigados. por conta da subida do nível das águas na Torotama, Barra e no Cassino. Fica o alerta. Só saiam se for urgência. Tem postes que podem cair a qualquer momento.”

Veja imagens que a Equipe do Em Pauta fez nesta tarde (13/07)

Pelotas – Fotografias Andrea Amaral / Especial Em Pauta

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Rio Grande – fotografia Charles Guerra especial Em Pauta

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