Comissão de Saúde da Câmara aponta problemas na saúde pública

Por Laércio Diniz

Desde o começo do ano, a casa legislativa de Pelotas vem realizado externamente as reuniões da comissão de saúde, que é presidida pelo vereador Marcus Cunha (PDT). Ao invés de utilizar o “plenarinho” da câmara, os parlamentares agora, semanalmente, visitam as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o município.

câmara5x3

Foto: Reprodução (Diário da Manhã)

Apesar de sempre encontrar problemas específicos em cada unidade, são constantes as reclamações relacionadas à falta de remédios e ao não cumprimento da jornada de trabalho por parte dos médicos do município. Na maioria das vezes, os postos de saúde que possuem um atendimento relativamente melhor são aqueles contemplados pelo programa Mais Médicos, do governo federal. Na Unidade Básica do Virgílio Costa, por exemplo, o médico do programa federal atende mais que o dobro do que os funcionários da prefeitura.

Outra reclamação frequente dos usuários diz respeito à retirada dos médicos especialistas dos postos de saúde. Nesse caso, a questão tem resposta: as Unidades Básicas agora estão seguindo a estratégia de saúde da família do SUS, que dá preferência para médicos generalistas e assistentes sociais. “Eu, como um profissional, atendo o paciente como um todo”, ressaltou a médica da prefeitura Lorena Maria Bastos. “O paciente vem cá porque tem pressão alta e no meio do assunto, o paciente cita um problema que tem em casa, algum filho dependente ou filha com deficiência”, acrescenta

Segundo o vereador Marcus Cunha, as condições precárias nas unidades se explicam pela má gestão do município e pelo baixo valor investido em saúde. Para o presidente da comissão: “apesar de ultrapassar os 15% da receita em gastos com saúde, a prefeitura possui uma arrecadação muito baixa, e tem um dos menores investimentos per capita do estado, 15 % de pouco ainda é pouco”.

Ao fim de cada reunião, é encaminhado um relatório para a Secretaria de Saúde, para que se resolva, ao menos, as questões mais pontuais. Caso não receba a resposta em tempo hábil, a Câmara também pretende enviar os dados em forma de denúncia ao Ministério Público.

Comentários

comments

Você pode gostar...