Brasil faz segundo tempo trágico e acaba humilhado pelo São Luiz

Diogo Oliveira (conduzindo a bola) fez um bom primeiro tempo, mas não evitou a derrota xavante. Imagem: Carlos Insaurriaga/Divulgação/GEB

Por Luís Artur Janes Silva

Nesta terça (12), o Brasil enfrentou o São Luiz, da cidade de Ijuí, em partida válida pela 9ª rodada da fase inicial do Gauchão de 2019. Atuando no Bento Freitas, junto ao seu torcedor, o rubro-negro buscava a segunda vitória consecutiva no Estadual, para afastar quase totalmente a ameaça de rebaixamento. Os resultados paralelos tinham favorecido as pretensões xavantes, mas o Brasil não se ajudou, pois teve um segundo tempo trágico e acabou sendo humilhado pelo time do norte do Estado. O placar final da partida (1×4), deixou a torcida perplexa e manteve a equipe da Baixada próxima à Zona do Descenso no Gauchão.

PRIMEIRA ETAPA – A ESPERANÇA DA VITÓRIA

No primeiro tempo, o Brasil tentou propor o jogo contra o São Luiz. Comandado pelo meia Diogo Oliveira e contando com a movimentação de Branquinho e Bruno Paulo, que substituiu Daniel Cruz, o técnico Gustavo Papa tentou evitar que Michel atuasse isolado. Mesmo com a intenção xavante de amassar o São Luiz, quem ameaçou primeiro foi o adversário do norte do Estado. Aos 8 minutos, o bom lateral Márcio Goiano avançou pela esquerda e cruzou, o goleiro Carlos Eduardo saiu em falso, mas a defesa do Brasil mandou para escanteio, mesmo que de forma atabalhoada.

Três minutos mais tarde, Nirley falha pela primeira vez, a bola sobra para Marcão que é parado pelo goleiro xavante. Mas os sustos fizeram o Brasil acordar de vez, pois aos 13 minutos, Branquinho teve duas possibilidades para incomodar a defesa do São Luiz. Na primeira jogada, foi parado pelo goleiro Paulo Gianezini, que no lance seguinte espalmou um chute dado pelo camisa 11 do Xavante.

O Brasil finalmente conseguia fazer fluir o seu jogo e, aos 14 minutos, Diogo Oliveira inicia a jogada que prossegue na combinação de Branquinho e Ricardo Luz, que vai à linha de fundo e cruza rasteiro. A bola passa por Michel, mas Bruno Paulo chuta colocado, no canto de Gianezini. Estava aberto o marcador.

Mas depois da abertura do placar, o jogo caiu de qualidade e ficou amarrado. O São Luiz, que se defendia com duas linhas de quatro jogadores, evitou as subidas do Brasil, mas foi incapaz de incomodar o sistema defensivo do Xavante. Lances de emoção aconteceram próximo ao encerramento da primeira etapa. Aos 43 minutos, Bruno Paulo recebe na entrada da área, arremata, mas a bola vai para fora. Três minutos mais tarde, Diogo Oliveira cobra falta, mas o balão raspa o travessão e se perde pela linha de fundo.

SEGUNDA ETAPA – APAGÃO TRÁGICO

Trágica. Assim pode ser definida a atuação do Brasil no segundo tempo da partida. Repetindo o que aconteceu na Copa do Brasil, quando o Xavante fez um péssimo início de segundo tempo e foi derrotado pelo Avaí, o rubro-negro baixou a guarda diante do São Luiz e acabou literalmente massacrado.

A tragédia começou no primeiro minuto do tempo complementar, quando Nirley falha e permite o início da jogada que terminou no pênalti cometido pelo lateral Pará. O centroavante Marcão bate e converte. A partir daí, o São Luiz tomou conta das ações e passou a ditar o ritmo da partida e, de quebra, empilhou gols.

Assim, aos 7 minutos, Márcio Goiano bateu um escanteio da esquerda e fez a bola chegar na cabeça de João Marcus, que anotou o segundo gol. Três minutos depois, o São Luiz teve um gol anulado, mas no lance seguinte, Leílson completa um cruzamento da esquerda e amplia o marcador. Mesmo atordoado, o Brasil ainda chegou em três ocasiões à meta de Paulo Gianezini, mas não fez o gol.

Finalmente, aos 21 minutos, o Xavante sofreu o golpe fatal. Mais uma jogada em velocidade pelo lado esquerdo, permitida pelo inseguro Ricardo Luz, redunda em cruzamento que é completado pelo artilheiro Marcão, que anota o segundo tento na noite e passa a dividir o topo da lista de goleadores da competição com Rafael Gava, ambos com seis gols. Batido em campo, o Brasil passa a correr atrás da bola, que é tocada de um lado para o outro pelos jogadores do São Luiz. A partida adquire um morno ritmo de treino, que foi quebrado aos 39 minutos, quando Diogo Oliveira bateu uma falta da entrada da área, que foi para fora.

Sob veementes protestos da torcida, o jogo acabou e se percebia a perplexidade que tomava conta de todos no estádio Bento Freitas. Assim, o Brasil completou a sétima partida sem vitórias no seu estádio, em confrontos válidos pelo Gauchão. A última vez que a torcida xavante comemorou um triunfo pela Divisão Especial do Estadual foi nas quartas de final do Campeonato Gaúcho de 2018, quando o Brasil derrotou este mesmo São Luiz, por 2×1.

Depois da derrota, o Xavante continua na décima posição na tabela de classificação do Gauchão. O rubro-negro soma sete pontos, um a mais que o time do Avenida, que abre a Zona do Rebaixamento. O Brasil volta a campo no próximo domingo, quando enfrentará o Pelotas, no tradicional clássico BraPel. Esta partida acontecerá no Bento Freitas e iniciará às 16 horas.

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