Destaques do cinema gaúcho recebem homenagem em Gramado

A entrega do Troféu Leonardo Machado e dos Prêmio Iecine será no 53º Festival de Cinema no dia 22 de agosto

 

O filme “Um é Pouco, Dois é Bom”, produzido em 1970 e recentemente restaurado, é um dos destaques   Foto: Super Filmes Ltda

 

Os destaques do audiovisual gaúcho serão homenageados com o Troféu Leonardo Machado e dos Prêmios Iecine (Instituto Estadual de Cinema) no dia 22 de agosto, durante a cerimônia de premiação de longas-metragens no 53º Festival de Cinema de Gramado. Os escolhidos foram anunciados nesta semana pela Secretaria da Cultura do Estado (Sedac), por meio do Iecine. O Troféu Leonardo Machado vai para a atriz Araci Esteves, e os Prêmios Iecine, para o filme “Um é Pouco, Dois é Bom”, para Victor Di Marco e Márcio Picoli e para Gustavo Spolidoro – nas categorias Destaque, Inovação e Legado, respectivamente. A comissão de seleção dos destaques foi formada pela jornalista Adriana Androvandi e pelos cineastas Alexandre Mattos Meireles e Davi de Oliveira Pinheiro.

“Celebrar nossos talentos é fortalecer o audiovisual do Rio Grande do Sul e toda a sua cadeia produtiva”, destaca a diretora do Iecine, Sofia Ferreira. “É muito satisfatório poder, a cada ano, reunir uma comissão que conhece e acompanha o andamento das mais diversas frentes do nosso setor audiovisual. Com base nesse levantamento, determinamos as homenagens”, complementa.

 

Traballho no teatro e no cinema da atriz Araci Esteves  tem reconhecumento  Foto: Petci Pedron

 

A atriz Araci Esteves, que recebe o Prêmio Leonardo Machado, tem um longo trabalho no teatro e está em obras cinematográficas fundamentais do cinema gaúcho. Como protagonista de “Anahy de las Misiones” (1997), de Sérgio Silva, tornou-se um ícone cinematográfico do Estado, no papel de mãe corajosa e mulher aguerrida.

Graças à restauração do filme “Um é Pouco, Dois é Bom” (1970), é possível ver novamente Araci na produção dirigida e estrelada por Odilon Lopez (1941-2002). O longa-metragem recebe o Prêmio Iecine Destaque. Obra atemporal, destaca-se por sua qualidade artística considerada singular e pioneira para o cinema negro brasileiro. Seu diretor Odilon Albertinence Lopez é o terceiro cineasta negro a dirigir um longa-metragem no Brasil. Antes dele vieram Cajado Filho e Haroldo Costa.

 

O ator Marcos Palmeira atuou com Araci Esteves no clássico gaúcho “Anahy de Las Misiones” (1997)

 

Já o Prêmio Iecine Inovação vai para Victor Di Marco e Márcio Picoli, por inovarem a linguagem audiovisual com um olhar considerado original e sensível sobre o universo PcD e pela tradução cinematográfica do sentido da palavra acessibilidade.

 

Marcio Picoli e Victor Di Marco foram destaque por inovações na linguagem audiovisual   Foto: Isidoro Guggiana

 

Já Gustavo Spolidoro recebe o Prêmio Iecine Legado. O realizador foi escolhido por sua capacidade múltipla de atuação. Em seu trabalho pioneiro na criação cinematográfica, destaca-se pela difusão das possibilidades de experimentação da linguagem do cinema e pela contínua formação de novas gerações de cineastas.

 

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