Exposição do Museu Leopoldo Gotuzzo traz olhar sobre natureza 

Mostra fez parte da programação da Primavera dos Museus e continua aberta à visitação      

Por Vanessa Oliveira        

 

O Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (MALG), vinculado à Universidade Federal de Pelotas (UFPel), inaugurou a exposição “Olhar Peregrino: Percursos de Gotuzzo através da paisagem”, no dia 17 de setembro. A realização fez parte da programação da Primavera dos Museus, ocorrida na última semana de setembro. mas teve seus eventos paralelos adiados devido à suspensão das atividades acadêmicas e administrativas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em decorrência das condições climáticas adversas. As novas datas para os eventos adiados serão divulgadas em breve. A mostra pode ser visitada até abril de 2025. 

 

Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo fica na Praça 7 de julho, 180, em frente ao Mercado Municipal de Pelotas

 

A mostra apresenta as pinturas de paisagem criadas pelo artista Leopoldo Gotuzzo durante suas viagens por diversas regiões do Brasil e da Europa, realizadas  entre os anos de 1918 e 1942.  Gotuzzo viajava constantemente para visitar museus, estudar a arte e expor suas obras. A exposição revela suas rotas trazendo sua visão única e artística, sendo assim, ficou conhecido pela imprensa como o “peregrino das artes”.

 

Olhar do pintor sobre diversos lugares chega até nós

 

Sob a curadoria de Ana Carla de Brito, professora do curso de Licenciatura em Artes Visuais na UFPel e pesquisadora em teoria e história da arte, a exposição promete ser uma  jornada visual através dos trabalhos de paisagem do renomado artista Leopoldo Gotuzzo.

Ana Brito enfatiza a importância das paisagens na obra de Gotuzzo, notando que, embora ele seja conhecido por seus nus e retratos, foi um prolífico pintor de paisagens, frequentemente inspirado pelos lugares que passava. As obras selecionadas para a exposição, segundo Brito, foram cuidadosamente escolhidas para ilustrar os diversos percursos que o artista fez ao longo de sua carreira, particularmente entre 1918 e 1942.

 

Curadora da exposição Ana Carla de Brito explica como exposição foi pensada e organizada

 

A curadora utilizou uma variedade de documentos disponíveis no MALG, incluindo críticas de arte, notícias de jornais, manuscritos do artista e cartas para identificar as obras que estão sendo exibidas, planejando uma exposição que expressasse tanto os caminhos geográficos quanto a trajetória artística do autor.

Brito também destacou a relevância histórica das doações de Gotuzzo à Escola de Belas Artes de Pelotas, sugerindo um impacto significativo na formação de estudantes da região. A curadora expressou um desejo contínuo de envolver o público e a equipe didático-pedagógica do museu em conversas que exploram a relação entre arte, paisagem e sustentabilidade ambiental.

 

Sensibilidade das pinturas hoje se encontra com questões ambientais

 

“A exposição não é apenas uma retrospectiva do trabalho de Gotuzzo, mas uma tentativa de promover uma maior conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente e do olhar cuidadoso para as interações com ele,” diz Ana Carla. Ela espera que as pinturas de Gotuzzo inspirem uma apreciação renovada pela beleza natural e pela importância de práticas sustentáveis.

O MALG, é acessível à comunidade e opera sem fins lucrativos. O museu possui um acervo de 4.000 itens, organizado em oito coleções, incluindo acervos como o da extinta Escola de Belas Artes de Pelotas, além das coleções de Leopoldo Gotuzzo, Faustino Trápaga e João Gomes de Mello Filho

Para mais informações sobre a exposição ou outras atividades relacionadas, os interessados devem acompanhar as redes sociais do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo e também pelo telefone (53) 3248-4318. O MALG funciona de terça a sábado, das 12h às 18h. Os espaços expositivos fecham pontualmente às 18h30.

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