História no cotidiano de uma família hindu ressalta os vários aspectos da vida afetiva
Por Evelise Goulart
O filme “Temporada de Casamentos” é uma comédia romântica lançada pela Netflix no mês de agosto deste ano, dirigido por Tom Dey, responsável por outros títulos como “Marmaduke” (2010) e “Como despachar um encalhado” (2006). É estrelado por Pallavi Sharda, conhecida por seu papel como a estudante Prama no longa “Lion” (2016), e Suraj Sharma, ator muito lembrado por seu papel como Pi, em as “Aventuras de Pi” (2012).
Conta a história de Asha e Ravi, dois jovens de origem hindu que, por estarem focados em suas carreiras, não têm tempo para um relacionamento sério. Os dois acabam se conhecendo por meio de um encontro às cegas, organizado por suas mães que decidem tomar o futuro dos filhos em suas próprias mãos e arranjar um casamento, custe o que custar.
Depois de muito pensar, os dois fazem um acordo. Fingem estar namorando durante a temporada de casamentos, para que ambos possam viver suas vidas sem a pressão das mães e das pessoas da sua comunidade. Mas nada é tão simples quanto parece. E o filme nos mostra isso o tempo todo.
Algo muito importante é o protagonismo não branco, a quebra de padrão é muito bem-vinda e necessária nos dias de hoje. É importante saber que conteúdos sobre outras etnias, culturas e cores, estão conquistando espaço nas plataformas de streaming, e isso é algo que vemos muito em “Temporada de Casamentos”.
Quando a mãe de Asha conversa com ela sobre o amor, como as coisas são feitas e sua praticidade, temos uma pequena amostra de como funciona o casamento na cultura hindu. Vemos a maneira como os casamentos arranjados são feitos e exemplos de como eram no passado, com a história do casamento dos pais da protagonista, e de como funcionam hoje em dia.
Durante a trajetória de Asha, percebemos que o amor é uma constante em sua vida, e podemos acompanhar como ela, à sua própria maneira, demonstra de formas diferentes esse sentimento.
Primeiramente temos o amor-próprio, a personagem é madura, aprendeu a ver o seu valor e sabe que merece muito mais do que um casamento sem amor ou um emprego medíocre. Em seguida temos o amor fraternal, que é o que vemos Asha demonstrar por sua família e amigos, o carinho com o pai, a cumplicidade com a irmã, a preocupação com a mãe, e a amizade estranha que compartilha com o chefe. E, finalmente, o amor romântico, representado tanto na forma em que Asha e Ravi se referem a seus relacionamentos antigos, quanto no relacionamento que os dois constroem no decorrer da história.
Apesar de ser leve e com uma história divertida, os pequenos detalhes na maneira como o amor é demonstrado durante o filme fazem com que o espectador perceba a importância dos pequenos gestos e lembre de suas próprias experiências. “Temporada de Casamentos” não é só uma comédia romântica é uma lição sobre a importância do amor em todas as suas formas.
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