Repertório traz um compilado das músicas de seu novo álbum e sucessos consagrados pela banda Engenheiros do Hawaii
Por Victoria Fonseca
Em apresentação esperada desde 2020, adiada devido à pandemia de Covid-19, Humberto Gessinger lotou o Theatro Guarany em Pelotas mais uma vez, com seu espetáculo no sábado (dia 15 de outubro). O show faz parte da tour do seu novo álbum “Não Vejo a Hora”. Além das composições inéditas de sua autoria, Gessinger não podia deixar de cantar grandes singles de sua carreira como vocalista na banda Engenheiros do Hawaii, que sempre levam os fãs à euforia.
E foi com a famosa “Infinita Highway” que Humberto abriu o seu show. O que já é de praxe, pois quem acompanha a sua carreira sabe que Gessinger usa a canção também para dar o “boa noite” em toda cidade em que está se apresentando. E, na Princesa do Sul, não foi diferente. O trecho “Eu não vim até Pelotas para desistir agora” foi cantado a plenos pulmões pela plateia.
Produzido pelo próprio Humberto, “Não Vejo a Hora” é o primeiro álbum de inéditas desde “InSULar” (2013), e traz 11 canções autorais gravadas com dois trios. São oito faixas com o clássico trio formado com Rafa Bisogno na bateria, o pelotense Felipe Rotta na guitarra e Humberto no baixo de seis cordas. Nas três músicas acústicas, Gessinger assume a viola caipira, acompanhado por Nando Peters no baixo acústico e Paulinho Goulart no acordeon.
Deste modo, o show é dividido em partes. Inicia com as canções de rock com as fortes presenças das guitarras e da bateria. Na metade da apresentação, Humberto convida a dupla Goulart e Peters a assumir o palco, momento que as composições calmas e com presença de características de músicas tradicionalistas gaúchas ganham espaço. Já, na finaleira, Rafa Bisogno e Felipe Rotta voltam a assumir o espaço, momento em que Gessinger canta novamente sucessos da carreira no Engenheiros do Hawaii, como a canção “Eu que não amo você”.
Para os fãs não é novidade, mas aqueles que nunca estiveram em um show de Gessinger podem ter se surpreendido com o seu talento também como multi instrumentista. Em várias canções, Humberto tocava guitarra, teclado e gaita, tudo praticamente simultâneo. Outro aspecto que marca as mudanças de fases no seu show é as trocas de guitarras e de baixo.
Uma das pessoas sentadas na primeira fileira do Guarany para não perder um detalhe da apresentação era a professora de Geografia, Roberta Morales. Fã de Gessinger há 15 anos, ela conta que já foi a três shows, mas que sempre se surpreende com o talento do cantor. “É uma capacidade de se reinventar que só ele tem. Um cantor e um ser humano de inúmeros talentos. Humberto não só canta com maestria como também toca todos esses instrumentos quase que ao mesmo tempo”, comenta.
Com 36 anos de estrada, Gessinger lançou “Não vejo a hora”, seu vigésimo segundo álbum em 2019. Oito DVDs completam a discografia que renderam oito Discos de Ouro, um Disco de Platina e quatro DVDs de Ouro.
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