por Tatiane Meggiato
O amor pela música levou projeto à aprovação em edital estadual
Ela foi influenciada pela música desde muito cedo. A percussão e o canto têm sido um legado dos seus pais. Atualmente, com 40 anos, Daiane Moraes, conhecida como Lady Dee, concilia a carreira musical com o trabalho na área dos serviços gerais, que exerce desde os catorze anos. Sobre a sua principal fonte de sustento, Daiane destaca: “Hoje minha renda continua como auxiliar de serviços gerais, ou melhor, faxineira, realmente nunca vivi da música, sempre foi por amor”.
A carreira musical de Lady Dee começou muito cedo como backing vocal (canto de apoio), no final de 1997, em um grupo chamado Mente Aberta, no seu bairro. Quando a proposta acabou, seguiu fazendo participações em outros grupos da cidade, além de projetos paralelos com bandas de pagode, reggae e carnavalescas. Com a aprovação no edital Fundação Marcopolo/ SEDAC RS, que disponibilizou recursos através da Lei Aldir Blanc, a cantora lançou recentemente dois clipes. “Só consegui gravar algo concreto através do edital que me proporcionou realização desse sonho hoje com 40 anos, sendo que estou há 24 anos no rap”, lembra.
A rapper enfatiza também a dificuldade que várias vezes encontrou pelo fato de ser mulher e negra. Comenta que passou por diversas situações de preconceito e machismo por defender suas ideias. Por conta disso, até passou anos parada e na luta para conseguir alcançar seus objetivos, o que o projeto proporcionou atualmente. “O que eu queria eu consegui, levar leveza e verdade, fazer as pessoas cantarem sem medo de imposições e preconceitos, sem rótulos com letras feitas com alma e coração”.
Seus dois clipes foram lançados há menos de um mês com o apoio do edital e já somam milhares de visualizações.
O vídeo “Nossa trajetória” foi lançado no dia 20 de setembro.
“Cria do Gueto” no dia 28 de setembro.
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