Esteban Tavares lança novo disco

Otávio Tissot Proença

     Abundante poesia seguida de extraordinárias melodias. Assim podemos resumir o último disco de Esteban Tavares. O nome Esteban foi adotado por Rodrigo Tavares ao iniciar o seu projeto solo em 2012. A começar pelo título, “Eu tu e o mundo”, o gaúcho escorre seus amores e desamores nas letras das 14 canções do disco, sendo que quatro faixas são regravações.

Pela capa do disco já se pode obter uma prévia do conteúdo. Um mar de rosas vermelhas, que universalmente simbolizam o amor.

Logo na primeira faixa se nota a evolução do artista. A letra carregada de sentimentos combina com os sons do piano. Já os sons das teclas vão de encontro no meio da canção ao solo de trompete. As influências que Tavares carrega consigo estão muito bem entrelaçadas na sua nova obra. Encontra-se um pouco de Fito Páez no piano, de Charly García no acordeão e de música nativista no próprio acordeão e também em algumas levadas de bateria. A influência de Humberto Gessinger, com quem já dividiu o palco, está nítida na sonoridade da guitarra. O começo da faixa “Talvez” lembra muito a música de Renato Borghetti, “Sétima do Pontal”.

A melancolia entra como algo doce nos lentos acordes que se chocam e harmonizam com a voz de Esteban. Um álbum coeso, que traduz um começo, meio e fim. As melodias mais rápidas das faixas “Partindo” e “Sobre Você” provocam sentimento mais energéticos. Mas logo chega “Talvez” e acaba com tal dinamismo e os vagarosos acordes voltam a triunfar.

Esteban fez um álbum superior aos outros que produziu. Desde sua saída da banda Fresno, Tavares cada vez mais se encontra como músico e produtor. Em “Eu, tu e o mundo”, destrincha os encontros e desencontros da vida, sobretudo ilustrando o amor.

O álbum está disponível em várias plataformas de streaming da internet. São 14 faixas distribuídas em quase 59 minutos.

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