Fenadoce: uma Feira cultural

Associação da Cohab Tablada contribui com sua dança para a Fenadoce

Carolina Ávila

     A Fenadoce 2017 já acabou, mas em 2018 tem mais. A feira abre anualmente e dura um pouco mais de duas semanas. Etnias e visões de mundo se integram, pois, além dos visitantes locais, há público de diversas cidades, estados e até países. A arte da dança é uma daquelas que contribui para fazer deste evento um momento dos mais significativos da vida cultural da região.

Para doceiras, doceiros e confeitarias, é uma ótima oportunidade de divulgar e vender os doces pelotenses. Para expositores, é uma maneira de divulgação e renda extra no ano. Para os visitantes, é um momento de conhecer a gastronomia e cultura local, além de ser prazeroso e divertido. Há também oportunidade para a divulgação de trabalhos de diversos artistas e, uma das maneiras ofertadas, são as apresentações que acontecem no palco da Praça de Alimentação.

Conforme os dados do site da Fenadoce, em 2016 foram 271 mil visitantes que pisaram na feira. Quem está trabalhando e divulgando seu produto, ganha bastante visibilidade.

A Fenadoce também é o momento de valorização de diversas manifestações artísticas, como a dança. Mariana Espilman é professora de dança no Colégio Simon e também coordena seu próprio grupo (vinculado a Associação Comunitária do bairro Cohab Tablada), que leva o seu nome. Ela trabalha com técnicas de ballet clássico e jazz. Ressalta que o colégio onde trabalha possui uma vertente voltada ao desempenho físico e treinamento, mas é mais amadora, por isso a visibilidade de suas realizações não é tão grande. Destaca que o reconhecimento do grupo de dança vem de eventos culturais, como a Feira do Livro, criações próprias e, a própria Fenadoce.

Recentemente foi criada uma associação na cidade de Pelotas – ADAP – formada por bailarinos, professores e coreógrafos, os quais lutam pela legitimação da área. Mariana fala que, depois desta criação, há um maior reconhecimento local na área de dança, mas ainda há muito caminho pela frente. Por isso, é importante que a cidade proporcione eventos que atraiam um grande público. Segundo a professora, “a Feira do Doce é um excelente espaço para apresentar trabalhos culturais, aliás, um dos poucos espaços que temos na cidade. Dançar na Fenadoce traz muita visibilidade para os grupos, além de funcionar como uma espécie de intercâmbio cultural para professores e bailarinos”.

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