Chowchiulla: Árvore experimentalista

 

Texto de  André Pereira

Música – Crítica

Capa do CD foi criada por Bruno Chaves e Gabriel Redü

     Arbo significa árvore. A árvore, em muitas considerações, é o símbolo da vida e representa a evolução sempre adiante, sempre para cima. Esse nome também pertence ao último trabalho da Chowchilla, lançado em abril de 2016.

     A banda pelotense transita desde 2012 pelos palcos da cidade e região, de lá pra cá, a formação foi alterada e hoje conta com: Bruno Chaves, na guitarra e voz, Fabricio Gonçalves, no baixo, Gabriel Soares, na bateria e Gabriel Redü, na guitarra.

     O rock do início deu lugar ao experimentalismo. Inclusive, já ultrapassou essas questões de rótulo. Como diria o sábio, existem dois tipos de música, música boa e música ruim. A Chowchilla pertence à primeira categoria.

     Com dez faixas, “Arbo” é o resultado de dois anos de composições, gravações e alguns percalços pelos quais a maioria das bandas independentes no Brasil passa. Durante o processo; a banda modificou a sua formação com a saída do guitarrista Matheus Bastos. Também por causa disso a obra levou mais tempo que o esperado para ver a luz do dia.

     O disco é conceitual, seguindo exemplos de obras como “Dark side of the moon” do Pink Floyd, ele é todo pensado para ser ouvido na ordem em que foi gravado, um recurso bastante interessante e cada vez mais fadado à extinção, pela forma atual de se consumir música.

      Outra particularidade são as mudanças de andamento durante as músicas e as diversas camadas instrumentais, algo pouco comum em tempos de canções “pasteurizadas”, produzidas e embaladas para tocarem na rádio.

     As letras abordam questões existenciais e mostram todo o amadurecimento que vieram com a estrada, nesses quatro anos de banda.

     Produção impecável, criatividade e originalidade: esse é Arbo.

     Ouça agora.

     Gostou?! Curta a página da banda!

Chowchilla em ação no show de lançamento do Arbo em frente ao galpão Satolep em abril de 2016

 

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