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Grupos de Trabalho

GT 1 – Instituições e Comportamento Político

Coordenação: Alvaro Augusto de Borba Barreto, Acrísio Pereira Victorino e Nilton Garcia Sainz

O Grupo de Trabalho “Instituições e Comportamento Político” busca promover um intenso debate em torno da relação entre indivíduos, grupos e instituições, no que se refere à formação das estruturas e à consolidação dos valores e das ações políticas nas democracias. Nesse sentido, o GT é de caráter amplo, na intenção de proporcionar um maior desenvolvimento nas trocas de conhecimentos e na comunicação científica entre os pesquisadores das áreas. Assim, estará dialogando com as correntes do neo-institucionalismo e da cultura política, além de estar aberto a outras abordagens teórico-metodológicas das ciências sociais. Logo, receberá trabalhos que investiguem, principalmente, os seguintes temas: sistemas políticos, eleições, partidos, elites, comportamentos legislativos, relações executivo-legislativo e política e Poder Judiciário.

 

GT 2 – Gênero e Participação Política

Coordenação: Rosangela Marione Schulz e Mariana Schardosim Tavares

A desigualdade de gênero, bem como os fenômenos que dela decorrem, vem assumindo o protagonismo tanto nas análises acadêmicas de diferentes áreas quanto na luta travada pelos diferentes movimentos e atores sociais. Nesse sentido, as teorias feministas e de gênero são, ao mesmo tempo, teorias que almejam repensar as bases conceituais da própria teoria política, na medida em que propõem uma nova epistemologia, bem como um movimento prático-político de luta pela ampliação dos direitos das mulheres. Diante do exposto, este grupo de trabalho visa a abarcar análises e perspectivas disciplinares no campo dessas teorias, em especial no tocante à sua evolução e diversificação.

 

GT 3 – Relações Internacionais

Coordenação: Etiene Villela Marroni, Pedro Henrique Silva de Oliveira e Yndira Coelho Soares

As teorias de Relações Internacionais tradicionais apontam o surgimento do Sistema Internacional moderno em 1648 com a chamada Paz de Vestfália, uma série de tratados que fundaram o que hoje é comumente referido como a unidade básica de análise da disciplina, O Estado Nacional moderno. Contudo, tal centralidade epistêmica começou a sofrer fortes críticas acadêmicas com o final da Guerra Fria, devido ao surgimento de novos atores e novos processos à serem estudados. Em particular, nota-se uma crescente desterritorialização e uma descentralização do papel do Estado Nacional no que tange o internacional. É mediante tal contexto, que o presente Grupo de Trabalho (GT) apresenta sua proposta, visando compreender as novas dinâmicas emergentes e questionando o papel do Estado e dos novos atores e como estudá-los. Desta forma, trabalhos que envolvam o Estado e o Poder, vinculados a temáticas da Economia Política Internacional, Meio Ambiente, Direito Internacional, Geopolítica, Segurança Internacional, Política Externa e seus correlatos são o foco deste GT.

 

GT 4 – Processos de (Des)democratização na América Latina

Coordenação: Luciana Maria de Aragão Ballestrin, Cristiano Ruiz Engelke e Yndira Coelho Soares

A proposta do GT é promover a discussão teórica e/ou empírica acerca dos limites e dos riscos que as democracias latino-americanas enfrentam nos dias atuais. Ainda que o diagnóstico de “crise” não seja incomum na história recente dos regimes democráticos na região, a literatura sobre consolidação e qualidade democráticas dominantes nas décadas de 1990 e 2000 foi marcada muito mais pelo entusiasmo do que pela desconfiança em relação à institucionalização daquelas jovens poliarquias. O reforço dessa percepção veio com as eleições que oportunizaram o Left Turn em vários países da América Latina ao longos dos anos 2000, demonstrando uma inédita aceitação poliárquica de revezamento das elites políticas à esquerda do espectro ideológico. Contudo, este cenário tem sido recentemente modificado em vários países, em consonância com a tendência internacional. Dessa forma, o GT promoverá a reflexão sobre os diferentes aspectos e especificidades latino-americanas no contexto global da crise das democracias liberais, problematizando o paulatino retorno do autoritarismo por meio de diferentes processos, ideologias, discursos, organizações, identidades e instituições no contexto dos próprios regimes democráticos.

 

GT 5 – Pós-estruturalismo e Teoria do Discurso

Coordenação: Bianca de Freitas Linhares, Letícia Baron e Anna Cláudia Campos e Santos

O pós-estruturalismo se coloca como uma das principais correntes intelectuais da segunda metade do século XX. Por influência do pensamento de Heidegger e Derrida, ele parte de uma postura desconstrucionista e pós-fundacional. Nesse sentido, refuta a existência de fundamentos últimos e compreende que cada fundamento – seja ele epistemológico, político, social etc. – possui uma historicidade, ou seja, consiste em uma construção discursiva, oriunda de um contexto histórico específico, não sendo um “produto” puramente cognitivo. Através desta perspectiva, o pós-estruturalismo rompe com os ideais de universalidade, totalidade e essencialidade, compreendendo os fenômenos a partir de suas contingências. Dessa forma, o GT visa problematizar trabalhos que abordem – a partir de diferentes vieses – as contribuições, os debates e as inovações trazidas pelo pensamento pós-estruturalista e pós-fundacionalista para as teorias políticas e sociais contemporâneas, em especial (mas não somente) para a Teoria do Discurso desenvolvida por Ernesto Laclau.

 

GT 6 – Justiça de Transição, Memória e Direitos Humanos

Coordenação: Carlos Artur Gallo, Nilton Garcia Sainz e Pedro Henrique Silva de Oliveira

O final dos regimes autoritários como as ditaduras nazi-fascistas e as ditaduras de Segurança Nacional latino-americanas, diferenças à parte, pode ser observado a partir da análise de uma série de problemas políticos semelhantes que viriam a ser enfrentados em curto, médio e longo prazo pelas novas democracias. Tais problemas, que por um lado se relacionam diretamente com a (re)construção institucional do regime democrático, também se referem, por outro, ao modo como se lida, no novo cenário político com a memória do período que foi encerrado. O que será lembrado (relacionado ao período autoritário) nas novas democracias? Como será elaborada esta memória? Quem será punido pelos crimes cometidos na vigência destes regimes autoritários? Como e quando ocorrerão julgamentos? Como serão indenizadas as vítimas? Em síntese, o que impede ou não a elaboração de políticas de memória em cada contexto? Este GT busca reunir estudos sobre as medidas de justiça de transição que estão sendo implementadas em diversos países nas últimas décadas, possibilitando uma reflexão que articula debates em torno do conceito de democracia, de direitos humanos e de memória.

 

GT 7 – Iniciação Científica

Coordenação: Carlos Artur Gallo e Luis Gustavo Teixeira da Silva

O “GT – 7 Iniciação Científica” nasce com o objetivo de incorporar e integrar os estudantes de graduação ao I Seminário de Ciência Política da Universidade Federal de Pelotas. A proposta é de um GT plural, que seja um espaço aberto a todos(as) apresentarem seus trabalhos que estão realizando durante os cursos de graduação e que a partir da possibilidade de apresentar suas pesquisas e discutir outros estudos, crie-se um ambiente de desenvolvimento científico e que corrobore com o crescimento da Ciência Política no país. Dessa forma, o GT aceitará resumos que giram em torno das temáticas dos demais GTs, ou seja: Instituições e comportamento político; Gênero e participação política; Relações internacionais; Teoria democrática e desigualdades; Pós-estruturalismo e teoria do discurso; Justiça de transição, memória e direitos humanos.