Fonte: Nova News – 29.04.2019
Brasil – A bandeira tarifária em maio de 2019 será amarela, com custo de R$ 1,00 para cada 100 quilowatts-hora consumido. Maio é o mês de início da estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN). Embora a previsão hidrológica para o mês indique tendência de vazões próximas à média histórica, o patamar da produção hidrelétrica já reflete a diminuição das chuvas, o que eleva o risco hidrológico (GSF) e motiva o acionamento da bandeira amarela.
Diante da perspectiva de que as afluências aos principais reservatórios fiquem perto da média, o preço esperado para a energia (PLD) deve permanecer próximo ao registrado nos últimos meses. O GSF e o PLD são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada.
Criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.
Com as bandeiras, a conta de luz ficou mais transparente, e o consumidor tem a melhor informação, para usar a energia elétrica de forma mais eficiente, sem desperdícios.
Com o anúncio da bandeira amarela, é necessário intensificar as ações relacionadas ao uso consciente e ao combate ao desperdício de energia.
Reajuste
Além da oscilação da bandeira tarifária, a Aneel autorizou, no último dia 02 de abril, o reajuste nas contas de luz para os consumidores de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do interior de São Paulo. As novas tarifas entraram em vigor no dia 08/04.
Para os consumidores da Energisa Mato Grosso do Sul, foi autorizado um aumento médio de tarifas de 12,39%. O efeito médio para os consumidores residenciais será de 11,47%. A concessionária atende 1,022 milhão de unidades consumidoras localizadas em 74 municípios do Estado do Mato Grosso do Sul.
Dicas de economia
Recentemente, diante do aumento no preço da energia, o Nova News procurou o engenheiro eletricista Diego Padovam Fernandes*, de Nova Andradina, para que ele sugerisse dicas de economia à população. O especialista elaborou 10 dicas que podem fazer a diferença na hora de pagar a conta de luz:
1. Verifique como está o sistema elétrico: os curtos-circuitos são muito comuns e, geralmente, não são identificados até que a conta chegue apresentando cobranças excessivas. Nesse caso, é importante contratar um profissional da área elétrica para revisar as instalações, assegurar que não existam fugas de energia e realizar as manutenções necessárias;
2. Desconecte os aparelhos que não estão sendo utilizados: é comum deixar os aparelhos conectados na tomada mesmo desligados. O que muita gente não sabe é que esse hábito consome energia de forma constante e silenciosa. Os poucos segundos ‘perdidos’ para plugar e desplugar os aparelhos podem render uma boa economia na conta do final do mês;
3. Use o ar-condicionado de maneira responsável: para otimizar o uso do ar-condicionado ou do aquecedor, procure manter o termostato regulado e mantenha portas e janelas fechadas quando os aparelhos estiverem ligados para evitar gasto excessivo. Certifique-se também de que não haja obstrução na dissipação de calor dos equipamentos para que eles não superaqueçam. É importante, ainda, no começo das temporadas de calor e de frio, fazer a manutenção dos aparelhos. Selecione temperaturas agradáveis; as pessoas se enganam quando ajustam a temperatura em 17ºC. O condicionador de ar não vai resfriar o local mais rápido por isso, só irá consumir ainda mais energia, porque o aparelho terá que trabalhar muito para tentar atingir a temperatura selecionada. Por isso, para ter uma economia na conta de luz e não sobrecarregar o aparelho, a temperatura indicada seria de, pelo menos, 23ºC. Quanto maior o valor do ajuste (23, 24 ou 25ºC) mais economia estará fazendo. Faça o teste e escolha a temperatura que trará o melhor conforto térmico para você;
4. Utilize os eletrodomésticos propriamente: até a década de 1990, era comum que o micro-ondas ficasse ligado frequentemente para ser utilizado como relógio. Sejamos realistas: hoje em dia não precisamos consultar o horário nele ou em qualquer outro eletrodoméstico. É importante que os aparelhos sejam ligados apenas quando o uso for relevante. Hábitos como deixar a televisão ligada somente para ‘não ficar em silêncio absoluto’ e deixar o carregador do celular conectado na tomada o dia inteiro somente para necessidades eventuais podem ser eliminados e trazer resultados positivos para o bolso no final do mês;
5. Procure fazer a manutenção periódica dos aparelhos eletrônicos: além da primeira revisão para detectar e evitar curtos-circuitos, é recomendado revisar constantemente toda a instalação elétrica, sobretudo em casas antigas, para garantir que os reparos sejam feitos antes que os problemas apareçam.
6. Troque as lâmpadas antigas: as versões mais econômicas ajudam a reduzir o consumo da eletricidade em até 80%, além de apresentarem preço mais amigável. As lâmpadas de LED, ainda que um pouco mais caras, são mais eficientes que as de luz branca e têm vida útil de até 20 anos. A longo prazo, a troca da iluminação é bastante rentável.
7. Não carregue seus celulares a noite toda: a menos que a bateria do celular esteja completamente esgotada, evite deixar este ou qualquer outro aparelho conectado ao carregador a noite inteira. Além de consumir energia elétrica desnecessária, o hábito reduz a vida útil da bateria dos aparelhos e não garante que a carga dure mais tempo.
8. Evite o uso de secadoras e máquinas de lavar louça: a secadora de roupa é um dos eletrodomésticos que mais consome energia, além de ser um dos menos necessários. A menos que se trate de uma emergência, é aconselhável deixar as roupas secarem naturalmente. O mesmo se aplica à máquina de lavar louça, que além da energia, gasta muita água.
9. Renove os eletrodomésticos: os aparelhos antigos não têm mais tanta eficiência, principalmente aqueles que liberam calor quando utilizados. Avalie quais são os mais importantes no seu cotidiano e adquira modelo mais recentes. Ao comprar um novo equipamento, certifique-se que ele tenha etiqueta de eficiência energética, o selo PROCEL, para levar para casa um aparelho que ajude a reduzir o consumo de eletricidade.
10. Coloque os aparelhos elétricos em lugares adequados: geladeira, micro-ondas, máquina de lavar roupas, entre outros, são aparelhos que têm o rendimento afetado dependendo do lugar onde estiverem posicionados. Quando colocados próximos de fontes de calor, como em locais onde o sol os atinge diretamente, por exemplo, eles tendem a funcionar com mais dificuldade e, por conta disso, consomem mais energia elétrica.Certifique-se de instalá-los em espaços nos quais eles possam ventilar e não superaquecer, procure deixar espaço na parte traseira de sua geladeira, recomenda-se que seja instalada afastada da parede em pelo menos 10 cm. Essa distância mínima deverá existir também entre as laterais do equipamento e as paredes ou móveis. Já na parte superior é recomendável deixar uma distância livre de pelo menos 20 centímetros.
Diego Padovam Fernandes afirma que com estes cuidados é possível evitar gastos desnecessários de energia e amenizar o impacto financeiro quando a conta de luz chegar.
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