Como é possível fazer um planejamento inflexível, abrangendo longos períodos de tempo? Onde se encontram os direitos das crianças se elas terão de ficar sentadinhas com um livro? Onde estará seu direito de brincar, explorar, conviver, se expressar e participar?

As crianças não são caixinhas de banco no qual depositamos conteúdo, como já lembrava Paulo Freire e sua imagem de Pedagogia Bancária. Crianças têm direitos, opiniões. A criança é o centro do planejamento curricular. Com a adesão ao livro didático, como atender o desenvolvimento integral da criança em todos os aspectos, como rege a Educação Infantil? Crianças têm conhecimentos e experiências desde antes de ingressarem na escola, estabelecer o livro didático obrigatório é negligência com a própria criança e com nosso compromisso em acolhê-la neste mundo comum.

 

Texto: Bruna Moro