Dando continuidade aos eventos de 5 anos do Curso de Mestrado em Física, o Programa de Pós-Graduação em Física (PPG-Física) recebe de 28 a 29 de Agosto a professora Debora Peres Menezes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A professora ministrará o seminário “Estrelas de quarks: condições de estabilidade e efeitos de campos magnéticos fortes” para a comunidade do PPG-Física no dia 29/08/2013, as 10:00 horas, na sala 416 do prédio 13 do IFM, Campus Capão do Leão.
A professora Debora, bacharel e mestre em Física pela Universidade de São Paulo (1986), com doutorado pela Universidade de Oxford (1989), é bolsista de produtividade em pesquisadora 1B do CNPq. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física Nuclear e de Hádrons, atuando principalmente nos seguintes temas: estrelas de nêutrons, equações de estado, álgebras quânticas, modelos relativísticos e astrofísica nuclear.
Título: Estrelas de quarks: condições de estabilidade e efeitos de campos magnéticos fortes
A influência de campos magnéticos fortes no diagrama de fases da QCD, cobrindo todo o plano T-μ foi investigada com a ajuda do modelo de Nambu-Jona-Lasinio (NJL) e resultados não triviais foram encontrados, com consequências diretas para a física dos magnetares. Calculamos, então, as janelas de estabilidade a temperaturas finitas para os modelos que mais costumam ser usados para descrever estrelas de quarks: o modelo de sacolas do MIT, o modelo de quarks com massas denpendentes da densidade (QMDD) e o NJL. Finalmente, escolhemos o modelo de sacolas do MIT para analisar estágios diferentes da evolução estelar de estrelas de quarks magnetizadas. Efeitos da anisotropia na pressão são incorporados. Os primeiros estágios da evolução são simulados através da inclusão de neutrinos aprisionados e entropia fixa por partícula, enquanto no último estágio, a estrela está desleptonizada e fria. Além disso, efeitos do campos magnéticos fortes, medidos através da diferença entre as pressões paralelas e perpendiculares, são mais pronunciados no começo da evolução estelar, quando há um número maior de quarks up e léptons carregados.