Formas de apoio e suporte ao cuidador de pessoas com dependência funcional

Elaboração:

Texto e revisão: Stefanie Griebeler Oliveira,
Juliana Graciela Vestena Zillmer
Diagramação: José Paulo Portela

 

RESUMO

Objetivo: Esta pesquisa de revisão de escopo foi mapear as formas de organização de
apoio/suporte ao cuidador domiciliar de pessoas dependentes funcionalmente no Brasil
e em outros países.

Pesquisa financiada chamada CNPQ/DECIT/SCTIE/MS para estudos de revisões sistemáticas, Revisões de escopo e sínteses de evidências para políticas com foco nas áreas de atenção domiciliar, saúde do adolescente e inquéritos de saúde. No 16/2021. Processo: 402020/2021-9.

Equipe de pesquisa composta por Stefanie Griebeler Oliveira, Juliana Graciela Vestena Zillmer, Aline da Costa Viegas, Camila Almeida, Fernanda Sant’Ana Tristão, Franciele Roberta Cordeiro, Raquel Oliveira Pinto, Michele Rodrigues Fonseca, Fernanda Eisenhardt Mello, Graziela da Silva Schiller, Gerard Mora López, Jade Mauss da Gama, José Paulo Portela Alves, Carla Maria Goulart de Moraes

 

-LAYOUT-Formas de apoio e suporte ao cuidador (1)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As fases de adaptação no cuidar: intervenções com cuidadores familiares no domicílio

  • Stefanie Griebeler Oliveira,
  • Michele Rodrigues Fonseca,
  • Maiara Simões Formentin,
  • Andriara Canez Cardoso,
  • Mateus Menezes Ribeiro,
  • Adrize Rutz Porto,
  • Zayanna Christine Lopes Lindôso

 

 

Resumo

 

A partir do Projeto de Extensão “Um olhar sobre o cuidador familiar: quem cuida merece ser cuidado”, realizado com 52 cuidadores de pacientes crônicos dos Serviços de Atenção Domiciliar no sul do Rio Grande do Sul, objetivou-se relatar a experiência da identificação das fases de adaptação do processo de cuidar e intervenções realizadas aos cuidadores no contexto domiciliar. Por meio de quatro visitas domiciliares por acadêmicos de Enfermagem e da Terapia Ocupacional, no período de junho de 2015 a dezembro de 2016, produziu-se registros, nos quais a fase de resolução foi a mais frequente e a escuta terapêutica foi a intervenção mais realizada. Assim, a identificação das fases de adaptação de Ferré-Grau et al. (2011) possibilitou conhecer as necessidades do cuidador e o planejamento de ações de promoção de saúde e prevenção de agravos.

 

Para acessar o artigo na integra.

https://doi.org/10.5007/1807-0221.2018v15n30p104

 

Cuidadores familiares de pacientes sob cuidados paliativos no domicílio e hospital: revisão integrativa

Letícia Valente Dias;  Stefanie Griebeler Oliveira;  Berlanny Christina de Carvalho Bezerra;  Graziela da Silva Schiller;  Ernani Augusto Fraga da Fonseca

RESUMO

Objetivo: conhecer a produção científica de abordagem qualitativa sobre cuidadores familiares de pacientes sob cuidados paliativos no domicílio e hospital. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada com os descritores de cuidado paliativo, cuidados paliativos na terminalidade da vida, cuidadores, cuidadores familiares, serviços de assistência domiciliar, hospitais e hospital, no MEDLINE/PubMed Central e Web of Science. Resultados: os cuidadores familiares de pacientes sob cuidados paliativos enfrentam diferentes realidades nos cenários do domicílio e do hospital. No ambiente hospitalar é preciso avançar para acolher melhor as pessoas com doenças que ameaçam a vida e suas famílias, uma vez que poucos aspectos positivos e benéficos foram discutidos. Já em ambiente domiciliar, muitos cuidadores relataram que não saberiam como fariam para lidar com as demandas de cuidado de uma pessoa e mostraram dificuldade em aceitar o papel de cuidador que lhe foi imposto. Conclusão: os cuidadores familiares não são o alvo principal das ações das equipes de saúde, sendo integrados aos cuidados paliativos muito mais como agentes para o alcance do bem-estar do doente.

 

Descritores: cuidados paliativos, enfermería domiciliaria, integración familiar
Para acessar o artigo na integra.
https://revistas.uclave.org/index.php/sac/article/view/4246

 

REDE DE APOIO E SUSTENTAÇÃO DOS CUIDADORES FAMILIARES DE PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS NO DOMICÍLIO

Andriara Canêz Cardoso, Patrícia Tuerlinckx Noguez, Stefanie Griebeler Oliveira, Adrize Rutz Porto, Jéssica Siqueira Perboni, Taís Alves Farias

Resumo

Objetivo: conhecer a rede de apoio e sustentação dos cuidadores familiares de pacientes em cuidados paliativos no domicílio. Metodologia: estudo qualitativo com registros de 29 cuidadores familiares acompanhados pelo Projeto de Extensão “Um olhar sobre o cuidador familiar: quem cuida merece ser cuidado” de junho de 2015 a dezembro de 2016. As informações de fichas, genogramas e ecomapas foram compiladas em um quadro para quantificação, ou aproximação temática. Resultados: perfil predominante mulheres idosas, cuidando de companheiros, com relação forte com família, programas de atenção domiciliar e paciente e 24 cuidadores tinham algum vínculo fraco com vizinhos, Unidades Básicas de Saúde. Conclusões: a valorização das redes de apoio e sustentação, pensando em ações de melhorias do ambiente de cuidado ao paciente e cuidador podem propiciar um cuidado compartilhado em rede.

Descritores:Apoio social; Cuidadores; Serviços de Assistência Domiciliar.

Para acessar o artigo na integra.

http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/1792

DIÁLOGO COM OS CUIDADORES FAMILIARES A PARTIR DE LIGAÇÃO TELEFÔNICA NA PANDEMIA

Stefanie Griebeler Oliveira
Universidade Federal de Pelotas
stefaniegriebeleroliveira@gmail.com

Renata Gonçalves de Oliveira
Universidade Federal de Pelotas
renata566oliveira@gmail.com

Michele Rodrigues Fonseca
Universidade Federal de Pelotas
michelerodrigues091992@gmail.com

Fernanda Eisenhardt de Mello
Universidade Federal de Pelotas
fefe_eisemello97@hotmail.com

Camila Almeida
Universidade Federal de Pelotas
almeidakk@yahoo.com.br

Resumo
Objetivou-se relatar a experiência da ação extensionista de ligações telefônicas aos cuidadores familiares durante o período
de isolamento social devido à pandemia causada por SARS-COV-2. Foram realizadas quatro ligações telefônicas, a partir de
roteiro, para nove cuidadores familiares de pacientes vinculados ao programa de atenção domiciliar, entre outubro e
dezembro de 2020. Após cada ligação, o registro era redigido. A análise foi temática. Duas categorias foram elaboradas: a
primeira sobre as fortalezas atribuídas à experiência de cuidar do outro – comunicação efetiva com a equipe e o apoio
familiar; a segunda sobre fragilidades – sentimentos ambíguos, adoecimento físico e mental do cuidador, a mudança na
rotina e aos aspectos financeiros. As ligações telefônicas possibilitaram conhecer a rotina que a pandemia trouxe nas vidas
dos cuidadores e propiciaram espaço de escuta aos cuidadores, que também merecem atenção e ações de cuidado.

Palavras-chave: Cuidadores; Serviço de Assistência Domiciliar; Pandemia.

 

Para acessar o artigo na integra

Clique para acessar o ced5a3484961c3ee8897bf99d7112a415c82.pdf

ESTRATÉGIAS DE ABORDAGEM AO CUIDADOR FAMILIAR: PROMOVENDO O CUIDADO DE SI

Stefanie Griebeler Oliveira, Cristiana Rodrigues Silveira Machado, Taciana Py de Oliveira Osielski, Aline Daiane Leal de Oliveira, Julieta Carriconde Fripp, Isabel Cristina de Oliveira Arrieira, Zayanna Christine Lopes LindôsoS

RESUMO

Objetivo: relatar sobre as estratégias de abordagem ao cuidador familiar proporcionadas pelo projeto de extensão Um olhar sobre o cuidador familiar: Quem cuida merece ser cuidado. Métodos: Os encontros são sistematizados, totalizando quatro, sendo realizados semanalmente, cada um com foco. São utilizados diversos instrumentos para coleta de dados, avaliação da situação de saúde e sobrecarga possibilitando o planejamento de intervenções junto ao cuidador. Resultados: A escuta terapêutica, o genograma e ecomapa, a identificação das fases do processo de cuidar, permitiram identificar que os cuidadores apresentam sintomas de estresse e sobrecarga, privações pessoais e sociais em detrimento da dedicação ao processo de cuidar no domicílio, ficando sem tempo para cuidar de si. Conclusões: A Enfermagem e a Terapia Ocupacional na prática interdisciplinar desenvolvem ações educativas, possibilitando um espaço para o cuidador refletir sobre si e suas práticas, ajudando na elaboração de suas preocupações e emoções, uma vez que ao falar, eles percebiam suas formas de enfrentamento.

PALAVRAS-CHAVE

Cuidadores; Serviços de assistência domiciliar; cuidado de si.

 

Para acessar o artigo na integra. https://revistas.ufpr.br/extensao/article/view/51685

 

Adaptações ambientais no domicílio para o cuidado de pessoas com agravo à saúde

Muitas vezes é preciso fazer algumas adaptações no ambiente da casa para melhor abrigar a pessoa com agravo à saúde, evitar quedas, facilitar o trabalho do cuidador e permitir que a pessoa possa se tornar mais independente. Por isso, é preciso estar atento para algumas particularidades e para isso trazemos algumas dicas:
1) O lugar onde a pessoa mais fica deve ter somente os móveis necessários. Entretanto, é importante manter alguns objetos que a pessoa goste de modo a não descaracterizar totalmente o ambiente, como fotos, artigos religiosos e quadros. Mas, cuide para que os objetos e móveis não atrapalhem os locais de circulação e
nem provoquem acidentes.
2) As cadeiras, poltronas e vasos sanitários mais altos do que os comuns facilitam a pessoa cuidada a sentar, deitar e levantar. O cuidador, ou outro membro da família, pode fazer essas adaptações. Caso prefira, em lojas especializadas existem levantadores de cama, cadeiras e vasos sanitários.
3) A cama hospitalar é mais segura que a cama comum. Além disso, a cama mais alta facilita as atividades desenvolvidas pelo cuidador, como a troca de curativos, de fraldas, entre outras. Mas, lembre-se que adaptações podem ser feitas quanto ao aumento da altura.
4) Antes de colocar a pessoa sentada na cadeira de plástico, verifique se a cadeira suporta o peso da pessoa e coloque a cadeira sobre um piso antiderrapante, para evitar escorregões e quedas.
5) Sofás, poltronas e cadeiras devem ser firmes e fortes, ter apoio lateral, que permita à pessoa cuidada se sentar e se levantar com segurança.
6) Se a pessoa cuidada não controla a saída de urina, ou fezes, é preciso  cobrir com plástico a superfície de cadeiras, poltronas e cama e colocar por cima um lençol para que a pele não fique em contado direto com o
plástico, pois isso pode provocar feridas.
7) Sempre que possível, coloque a cama em local protegido de correntes de vento, isso é, longe de janelas e portas.
8) Retire tapetes, capachos, tacos e fios soltos, para facilitar a circulação e também evitar acidentes.
9) O ambiente da casa precisa estar sempre limpo, arejado e livre de fumaça e poeira. A limpeza do chão e dos móveis deve ser feita diariamente com pano úmido.
10) Para a limpeza do ambiente evite produtos com cheiro forte, pois podem provocar alergias e alterações respiratórias.
11) A instalação de barras de apoio na parede do chuveiro e ao lado do vaso sanitário promove segurança para a pessoa cuidada durante o seu banho e também ao sentar e levantar do vaso sanitário, evitando o apoio em pendurador de toalhas, pias, cortinas e caixas de descarga.
12) O banho de chuveiro se torna mais seguro com a pessoa cuidada sentada em uma cadeira, com apoio lateral. Isso porque o piso escorregadio causa quedas e escorregões.
13) O uso de tapetes antiderrapantes (emborrachados) em frente ao vaso sanitário e, no chuveiro, embaixo da cadeira também evita quedas e escorregões.
14) A iluminação do ambiente não deve ser tão forte que incomode a pessoa cuidada e nem tão fraca que dificulte ao cuidador prestar os cuidados. Assim, é aconselhado manter uma lâmpada de cabeceira e também deixar acesa uma luz no corredor.
15) Os objetos mais utilizados devem estar próximos e em uma altura que facilite o manuseio, de modo que a pessoa cuidada não precise se abaixar e nem se levantar para apanhá-los.
16) A escada deve ter corrimão dos dois lados, faixa ou piso antiderrapante e ser bem iluminada.
17) As pessoas idosas, ou com certas doenças neurológicas, podem ter dificuldades para manusear alguns objetos devido as mãos trêmulas. Algumas adaptações ajudam a melhorar o desempenho e a qualidade de vida da pessoa:
•Enrole fita adesiva ou um pano nos cabos dos talheres e também no copo, caneta, lápis, agulha de crochê, barbeador manual, pente e escova de dente. Assim, os objetos ficam mais grossos e pesados o que facilita à pessoa coordenar seus movimentos.
• Coloque o prato, a xícara e o copo em cima de um pedaço de material emborrachado para que não escorregue durante as refeições.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Guia Prático do Cuidador. Brasília, 2008. Disponível em: ˂https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf˃. Acesso em: 22 out 2020.
MENA, L.S. Saberes e práticas de autoatenção de cuidadores familiares para prevenção e tratamento de lesão por pressão em pacientes em atenção domiciliar [Dissertação]. Pelotas: Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFPEL, 2019. 219 f.
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Recomendações de como alimentar outra pessoa

Nem sempre é fácil alimentar outra pessoa. Por isso, quem cuida de alguém com agravo à saúde precisa ter muita calma e paciência. Para facilitar esta atividade, trazemos algumas dicas aos cuidadores:

Dica 1: Estabelecer horários regulares, criar um ambiente tranquilo e manter a pessoa sentada confortavelmente são orientações importantes!

Dica 2: Jamais ofereça água ou alimentos à pessoa na posição deitada, pois ela pode se engasgar!

Dica 3: Se a pessoa cuidada consegue se alimentar sozinha, estimule! Lembre-se que ela precisa de um tempo maior para se alimentar, por isso não tenha pressa e ajude cortando os alimentos e preparando o ambiente. 

Dica 4: É importante manter limpos os utensílios e os locais de preparo e consumo das refeições. A pessoa que prepara os alimentos deve cuidar de sua higiene pessoal, evitando a contaminação dos alimentos.

Dica 5: Para a falta de apetite, incentive a comer oferecendo alimentos saudáveis e de acordo com a preferência da pessoa cuidada. 

Dica 6: Se houver dificuldades de mastigação ou deglutição, ofereça alimentos líquidos e pastosos, como: legumes amassados, purês, sopas (de legumes, de feijão, canjas e caldos), mingau de aveia ou amido de milho e vitamina de frutas com cereais.

Dica 7: Com o avançar da idade ou da doença as sensações de gosto e cheiro podem ficar diminuídas, diminuindo também a vontade de comer. Para estimular o apetite é importante que as refeições sejam cheirosas, bonitas, saborosas e de fácil digestão.

Dica 8: Outra boa maneira de estimular o apetite é variar os temperos e o modo de preparo dos alimentos. Os temperos naturais podem ser usados à vontade e dão sabor e aroma aos alimentos. Use alho, cebola, açafrão, orégano, manjericão, louro, alecrim, salsa, sálvia, tomilho, manjerona, dentre outros tantos.

Dica 9: Se a pessoa consegue mastigar e engolir alimentos em pedaços não há razão para modificar a consistência dos alimentos. Mas, no caso da ausência parcial ou total dos dentes e/ou uso de prótese dentária ofereça  carnes, legumes, verduras e frutas bem picadas, desfiadas, raladas, moídas ou batidas no liquidificador. 

Dica 10: Para manter o funcionamento do intestino é importante o consumo de alimentos ricos em fibras como as frutas e hortaliças cruas, leguminosas e cereais integrais (como arroz integral, farelos, trigo para quibe, canjiquinha, aveia, gérmen de trigo, entre outros). Dê preferência por pão e massas de farinha integral. Substitua metade da farinha branca por integral em preparações assadas. E, nos recheios de tortas e sanduíches acrescente legumes e verduras. 

Dica 11: Ofereça, de preferência nos intervalos das refeições, de 6 a 8 copos de líquidos por dia, como água, chá, leite ou suco de frutas. 

Dica 12: Sempre que possível, estimule e auxilie a pessoa cuidada a fazer caminhadas leves, alongamentos e passeios ao ar livre. Isso também ajudará no funcionamento do intestino.

Dica 13: É importante que a pessoa doente ou em recuperação coma diariamente carnes e leguminosas, pois esses alimentos são ricos em ferro. O ferro dos vegetais é melhor absorvido quando se come junto alimentos ricos em vitamina C, como laranja, limão, caju, goiaba, abacaxi e outros, consuma em sua forma natural ou em sucos.

Dica 14: O consumo moderado de açúcar, doces e gorduras ajuda a manter o peso adequado e a prevenir doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes.

Última dica: observe a data de validade dos produtos, evite comprar grandes quantidades, fazer estoque e evite adquirir aqueles com prazo de validade próximo do vencimento.

REFERÊNCIA:

BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Guia Prático do Cuidador. Brasília, 2008. Disponível em: ˂https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf˃. Acesso em: 22 out 2020.

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Infográfico – Como alimentar outra pessoa

Escrita de Si

O cuidador familiar é responsável pelos cuidados ao familiar doente no domicílio. Além de realizar todas as atividades de cuidado, o cuidador precisa realizar uma série de tarefas diárias da casa e esses fatores aumentam a sobrecarga do cuidador (SILVA et al., 2019). Neste contexto, é fundamental minimizar sentimentos como medo e ansiedade e diminuir a sobrecarga do cuidador, a partir de estratégias que possam ajuda-lo durante o processo de cuidar.
O cuidado de si é caracterizado como uma expressão para conhecer a si mesmo, com a necessidade de tomar conta de si (FOUCAULT, 2006). É possível ocupar-se de si a partir de cuidados com o corpo e mente. Através de técnicas de si, exercícios físicos (sem excesso), satisfação das necessidades, entre outros (FOUCAULT, 2009).
A escrita de si é escrever aquilo que se pensa consigo (como uma conversa interior). É o primeiro passo para exercitar o pensamento reflexivo (SOUZA; PIEDADE, 2014). E para realizar a escrita de si, torna-se necessário retirar um tempo livre para realiza-la, separando um caderno ou folhas, e sempre que possível é importante reler o que se escrever para refletir e modificar a si mesmo, através da rememoração e olhar para si mesmo. Tornando-se assim, importante o ato de se expressar por meio da escrita. A escrita de si pode ser realizada através de prosa, anotações em tópicos ou escritas de como foi o seu dia, considerando que não há na literatura uma maneira correta de realiza-la.
A prática de rememoração se dá a partir de leituras, de anotações que se faz sobre livros ou conversações que mais tarde serão relidas. Assim, as rememorações ajudam a nos apropriarmos melhor de verdades que já sabemos (FOUCAULT, 2009).

REFERÊNCIAS

FOUCAULT, M. A hermenêutica do sujeito. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

FOUCAULT, M. História da Sexualidade: o cuidado de si. V.3. Rio de Janeiro: Graal, 2009.
MENEZES, C. B.; DELLA’AGLIO, D. D. Os efeitos da meditação á luz da investigação
cientifica em Psicologia: revisão de literatura. Psicologia, Ciência e Profissão, v. 29, n. 2, p.
276-289, 2009.

SILVA, M. S.; BEUTER, M.; BENETTI, E. R. R.; BRUINSMA, J. L.; DONATTI, L.
Situações vivenciadas por cuidadores familiares de idosos na atenção domiciliar. Revista de
Enfermagem da UFSM, Santa Maria, v. 9, n. 10, p. 01-21, 2019.

SOUZA, H. F. P.; PIEDADE, V. V. A escrita de si como exercício filosófico para o ensino
médio: elaborando um diário de pensamentos. Revista Espaço Acadêmico, n. 156, p.140-146,
2014.

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Infográfico – Escrita de Si