Na quarta-feira, 16 de Novembro, o LabCom Café realizou uma colaboração com a comemoração de 50 anos da FAUrb promovendo a palestra “Cultura Criativa” ministrada pelo Mestre em Arquitetura e Urbanismo Miguel Cañas Martins (instagram). Iniciando o evento às 17h com apresentação de música ao vivo no saguão, além de pipocas e café, a confraternização do público aconteceu até as 18h, quando inicia a fala de Miguel.
Com muita positividade, Cañas trouxe novas filosofias para apresentar sua maneira de ver a vida e seu trabalho. Por uma maravilhosa coincidência, nesta data, há exatos 20 anos, Miguel participava de sua formatura na UFPel. A platéia, muito empolgada, contou ainda com seus pais e muitos ex-colegas, além de professores que continuam lecionando na FAUrb desde então.
Seu escritório Metroquadrado (instagram) é sediado atualmente em Joinville (SC) e engloba uma diversidade grande de projetos e objetivos, funcionando como uma célula mãe. Ora ou outra um de seus projetos cresce tanto que acaba por se tornar uma célula independente, ainda que conectada à sua origem. O ATLAS une as áreas do Design e da Arquitetura para em em busca da descoberta, consultorias e desenhos de novos produtos, projetos e experiências. Na vertente da sustentabilidade, que eh muito forte para Canas, hoje existe o trabalho com o Refugio Criativo (instagram) e o Fenda (instagram), focado nas proposições de experiências de imersão, Ni Shunpin (instagram), traduzido como Floresta Limpa, é a plataforma sobre discussões de sustentabilidade envolvendo o Povo Huni Kuin, e por ultimo o Instituto Y A K Ã (instagram) que articula discussões a respeito de um novo mundo, idealizado colorido e abundante para todos.
A ideia destaque de sua fala é a de que todos somos pessoas criativas e nos utilizamos de diferentes processos em nossas produções. No entanto, para evoluir coletivamente, é necessário se desprender da ideia do autor gênio, pautado no ego individual. Ao entrarmos em contato com a nossa intuição e desmistificarmos a ideia de nascer com um dom, exploramos um amplo novo campo de ideias. Uma das abordagens de Cañas tem sido a realização de imersões criativas, com o intuito de que os participantes conectam-se com a natureza e contextos novos, embarcando coletivamente em desafios criativos. Funcionam como refúgios espirituais aonde o estado de vulnerabilidade conecta quem esta ali.
Além disso, somos todos convidados por Miguel a abraçar o diferente e perseguir o desconhecido. Apenas através desses caminhos misteriosos iremos descobrir maravilhas inimagináveis, que nem em nossos sonhos mais loucos poderíamos conceber. O contato com o Povo Huni Kuin ensinou, entre tantas coisas, que a percepção do “eu” e do “nós” não e sólida e única, mas fluida e múltipla. Dar alguns passos para trás pode finalmente nos permitir ampliar o horizonte. Desconstruir para construir e desaprender para aprender.
