O prédio conhecido como Cine Colombo, em Santana do Livramento, RS, merece ser preservado e reintegrado ao cotidiano da cidade por seus valores culturais, históricos, artísticos e ambientais. É sabido que a produção cultural regional sempre passou por ali, que é guardião da memória da criação e da manifestação artística da fronteira, sendo que essa produção cultural se materializa no próprio edifício, que em estilo eclético registra as vontades estéticas e funcionais de uma época. Conhecer uma edificação que perdura por décadas na cidade é um dos modos mais potentes de conhecer sua história, a qual pode ser contada de modo interativo e interessante, sendo que o fato de o Cine Colombo estar em ruínas potencializa essa possibilidade. Um ambiente urbano se constrói em longos períodos de tempo, sendo a presença de prédios como esse uma referência para a memória local, para cada pessoa sentir-se parte desse ambiente urbano e interagir com ele.
O professor Maurício Polidori alerta que a cidade de Santana do Livramento e sua comunidade está frente a uma decisão fundamental para o futuro da cidade: ou preserva e reabilita o prédio do Cine Colombo e o reintegra à cidade, com forma, função e tecnologias que tragam componentes de contemporaneidade para todos; ou autoriza a demolição e a construção de algo aparentemente novo no lugar, o que todavia é reconhecidamente retrógrado e faz parte de mesmice que ninguém parece suportar mais. Aqui a inovação estará em preservar, em fazer brilhar a história, a cultura os sentimentos dos santanenses. E com isso a região toda ganhará, com vantagens econômicas e sociais para a fronteira e para o Rio Grande do Sul.
A FAUrb clama pela preservação do que resta do Cine Colombo, pela sua reabilitação e inserção no cotidiano da vida da cidade de Santana do Livramento, com ganhos para o RS, para a fronteira, para região e para a Cidade.
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