Saiba como cuidar da alimentação na época mais quente do ano

Por Andressa Machado, Jean Carlo dos Santos e Luiza Meirelles

 

No verão as pessoas enfrentam o calor intenso. Alterações no cotidiano em decorrência disso são inevitáveis e a população já está acostumada com o fato. Assim como no inverno, no verão também precisa-se de cuidados específicos com a alimentação. Nesta estação do ano – aonde temperaturas chegam a atingir quase 40ºC – as mudanças são evidentes. No quesito saúde, o cuidado com a alimentação e com a hidratação deve ser prioridade.

Para passar esta estação com tranquilidade, não bastam apenas os cuidados com a pele, passando protetor solar quando se vai à praia para descansar. Verão é sinônimo de calor, sol, sede e temperaturas elevadas e, nesta época do ano, boa parte da população está de férias. Em consequência disso, há uma mudança de comportamento, principalmente na rotina diária e hábitos alimentares.

De acordo com a nutricionista Mírian Machado, é comum ingerir-se mais líquidos por conta do calor, sejam na forma de água, sucos ou bebidas bem geladas. “A sede é um reflexo, um sinal de que nosso corpo está precisando de água. O corpo desidratado apresenta um mau funcionamento das células e órgãos, o que deve ser evitado”, esclarece. A nutricionista também explica que, no verão, as pessoas perdem uma quantidade maior de líquido pelo suor, transpiração excessiva e perspiração (transpiração leve) insensível resultando numa necessidade maior de reposição de água, vitaminas e sais minerais.

No verão, é importante o consumo de frutas e vegetais (foto: divulgação/ www.nutritechsports.com.br)

No verão, é importante o consumo de frutas e vegetais (foto: divulgação/ www.nutritechsports.com.br)

Também não se deve esquecer da ingestão de frutas. Segundo Mírian, as mais recomendadas para a estação são melão, melancia, laranja, pêssego, ameixa, uva e abacaxi, pois possuem alto teor de água e são ricas em minerais como o sódio e o potássio, que ajudam na reposição de eletrólitos – soluções que permitem a passagem de corrente elétrica. A ingestão de hortaliças e vegetais, principalmente na forma de saladas cruas, também deve ser aumentada nesta estação, pois estes são fonte de fibras, vitaminas e minerais. “Procure sempre os vegetais da estação, são mais abundantes, frescos e têm um menor custo”, aconselha.

Mírian também alerta que é importante evitar a adição de molhos industrializados, maionese e queijos cremosos devido ao elevado valor calórico, dando assim preferência ao uso de temperos como limão, azeite de oliva, ervas e condimentos como manjericão, alecrim, manjerona, salsa e cebolinha. Para ela, é essencial manter uma frequência na ingestão de alimentos. “O ideal é fracionar as porções, não ficando grandes intervalos de tempo sem consumir nada”, finaliza.

 

Atenção especial para a saúde

A alimentação reflete diretamente na nossa saúde, então, é necessário atentar também para as doenças que ocorrem no verão por causa disto. Nos hospitais da cidade, o fluxo de pacientes que apresentam sintomas de desidratação, cresce consideravelmente nesta época do ano. Além disso, a frequência de doenças causadas por ingestão de alimentos conservados de maneira imprópria também aumenta. Segundo a enfermeira C. P., do Hospital Miguel Piltcher, o consumo de alimentos estragados resulta na gastroenterite – uma das doenças mais comuns da estação. Para a enfermeira, é importante prestar atenção na procedência dos alimentos, cuidando sempre se estão bem refrigerados. Além disso, ela recomenda beber bastante líquidos – de preferência água – e não se esquecer de checar a sua origem.

 

Você sabe o que é gastroenterite?

Não? A nutricionista Mírian Machado explica: nesta época, em virtude das férias, o consumo de alimentos fora de casa aumenta, sendo importante observar as condições higiênico-sanitárias dos alimentos, manipuladores, estabelecimentos e o estado de conservação dos mesmos. A contaminação por micro-organismos é bastante frequente e favorecida pela temperatura elevada e má conservação dos alimentos, ocasionando surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTA’s) expressas na forma de gastroenterites, diarreias, vômito e febre.

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