Manifestações coletivas no enfrentamento de injustiças socioambientais

Por Anderson Silveira

As manifestações nos espaços urbanos e rurais em relação à moradia, mobilidade, alimentação e sobre direitos individuais e coletivos são objetos de trabalho do Observatório de Conflitos Urbanos e Socioambientais do Extremo Sul do Brasil. Informações relacionadas aos choques de interesses que envolvam trabalhadores organizados, movimentos sociais e outras ações de grupos populares injustiçados na interação socioambiental, estão disponíveis online para consulta. As pesquisas das divergências e lutas e sua promoção para o debate público é fomentado no Programa de Pós-graduação em Educação Ambiental da Universidade Federal de Rio Grande (FURG) desde 2011.

Segundo o mestrando em educação ambiental e pesquisador do observatório, Vinícius Puccinelli, a finalidade é identificar as injustiças e desigualdades socioambientais, e gerar alternativas de resistência contra hegemônicos para as comunidades afetadas pela lógica capitalista de existência. “É quando as pessoas percebem que são oprimidas que acontecem os conflitos. O protesto, que entendemos como ruptura de hegemonia, é o ponto de partida dos estudos. Mapeamos essas manifestações para conhecer os envolvidos e pesquisar as suas causas”, explica.

Foto: Marcela de Avellar Mascarello

Foto: Marcela de Avellar Mascarello

A captação de dados referentes aos conflitos socioambientais é feita através da busca em notícias de jornais, telejornais, revistas, rádios e redes sociais. Posteriormente, são registrados, classificados, sistematizados e inseridos de forma geo-referenciada no site . O observatório atua em uma área que compreende 13 municípios do extremo sul do Brasil, e é realizado em convênio com o observatório da  Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ).

Entre os principais embates estudados estão os conflitos nas questões portuárias, desapropriações e divergências sindicais, confrontos entre pescadores artesanais e grandes agricultores no Taim e problemas causados pela duplicação da BR-116.

Acompanhe também o trabalho do Observatório de Conflitos Urbanos e Socioambientais do Extremo Sul do Brasil no blog  e pelo facebook.

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