Celulares e Tablets X Lousa e livros

Por: Carina Reis e Lucas Pereira

   O que vale mais a pena na hora de educar, a tecnologia ou a forma tradicional?

   Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o acesso a internet via smartphones é maior do que em computadores ou desktops. Conforme a pesquisa realizada em 2014 e divulgada no inicio de abril, 80,4% das pessoas usam internet por celular, enquanto no ano anterior era de 53,6% de usuários.

   Esse número também cresceu para a educação. Cada vez mais surgem aplicativos para a resolução dos problemas dos estudantes. Desde aqueles para aprender a ler, somar e diminuir para crianças de até 5 anos, até aqueles para estudar para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para os maiores de 16. Grande parte desses aplicativos é gratuito e compatível com qualquer sistema operacional.

Cada vez mais as crianças deixam de lado os livros para fixar-se no celular. De uma maneira ou outra, professores se adaptam aos estilos da nova geração

   Para Andrea Xavier, mãe da estudante Luiza Pereira de 8 anos, o uso desses smartphones e tablets é importante, pois dão um avanço maior a criança: “Eu não deixo minha filha levar o tablet para a escola, porém em casa, o tablet auxilia ela com os deveres. Eu acho que isso deve ser mais explorado em escolas, desde que da forma certa.”

   Pamela Ferreira, mãe pela primeira vez e professora, esse avanço deve continuar: “Acho que além de educar na escola, ajuda no desenvolvimento psicossocial da criança. Se for utilizado de forma certa e ajudar na didática do professor, por que não?”

   Em grande parte das escolas, o celular não é permitido, porém a professora Andrea Ibargoyen acredita que o uso deles não devem ser substituídos pela relação aluno, professor e livro: “Sei que estamos vivendo em uma era digital em que será difícil escapar, mas não sei se as ferramentas, da forma que vem sendo utilizadas, não corroboram ainda mais para alienação de nossas crianças e jovens na aquisição de competências e habilidades. Os celulares e seus aplicativos podem e devem ser utilizados para outros fins. Acredito que eles acomodam o aluno. Se eles forem usados com moderação, podem contribuir, mas não são essenciais, nem devem ser obrigatórios nas atividades didáticas”.

   A discussão da entrada do aparelho celular é constante e tênue. Enquanto grande parte dos pessoas acha que o modernismo chegou e se instaurará de vez na vida das pessoas, outra parte da população acha importante a forma tradicional de educar. Basta saber qual opinião vai sair vitoriosa nesse combate do avanço do ensino.

Comentários

comments

Você pode gostar...