“It’s Not That Deep”: um retorno musical que une significado com leveza

Novo álbum da cantora Demi Lovato reflete uma nova era do pop dançante que não deixa de lado composições com boas letras     

Por Vanessa Stone Ferro      

 

Lançamento  é o primeiro de músicas inéditas da cantora em três anos                                   Foto: Divulgação

 

Quem acompanha o mundo musical do Pop está acostumado com uma variedade de artistas e estilos que vão desde músicas dançantes a letras profundas e tristes. Demi Lovato se encaixa perfeitamente na caixa de cantores que testam, fazem e utilizam de estilos e ritmos diferentes a cada projeto novo. O novo álbum da cantora “It’s Not That Deep”, “Não é tão profundo” em tradução literal, mostra o retorno de uma artista que quer mostrar que também consegue se divertir e ser leve, sem deixar de lado canções com significado.

Lançado em outubro de 2025, o álbum é o primeiro projeto de músicas inéditas em três anos de Demi. “It’s Not That Deep” foi produzido pelo produtor Zhone, conhecido por trabalhar com artistas como Troye Sivan e Charli XCX. Foi lançado pela Island Records, uma das gigantes dos Estados Unidos, com  11 músicas e já tem turnê confirmada para 2026. Além disso, entre os compositores presentes na obra, estão nomes conhecidos como Sarah Hudson, Jake Torrey, Steph Jones e Brett McLaughlin

 

Nono disco de estúdio de Demi reflete nova fase da artista              Foto: Jane Dylan Cody/Divulgação

 

Demi Lovato é conhecida pela versatilidade musical, com nove álbuns lançados, sendo o primeiro de 2008, já passando pelo Pop, R&B e Rock ao longo da carreira. Seu último álbum “HOLY FVCK” de 2022, trouxe a vertente rockeira para as obras da artista. Mas, quase sempre, ela é lembrada pelas músicas com intensa carga emocional. Álbuns como “Tell Me You Love Me”, de 2017, e “Dancing With The Devil”, de 2021, são exemplos disso. Muitas das composições refletem momentos emblemáticos da vida pessoal da cantora.

O álbum de Lovato chega junto a uma onda de projetos de cantoras pop que estão dominando paradas de sucesso e tomando cada vez mais lugar nos ouvidos do público, como Sabrina Carpenter e Tate McRae. O projeto começa com a dançante e eletrônica “Fast” e demonstra, logo de cara, a intenção de um álbum divertido, que não necessita de uma grande carga de profundidade. Outras músicas como “Kiss”, “Here All Night”, “Frequency” e “Little Bit” seguem a mesma lógica. Ritmo dançante e as letras com refrões que grudam na cabeça, mas feitas para representarem um novo ciclo da artista, deixam clara a proposta. Já as músicas “Say It”, “In My Head” e “Before I Knew You”, mesmo sendo um pouco diferentes, trazem leveza e mais letras dançantes.

Por outro lado, as canções “Ghost”, “Sorry to Myself” e “Let You Go” demonstram aquilo que Lovato faz com maestria, compor canções com sentimento. Entre desculpas para o “eu” do passado, a vontade de passar a vida ao lado de alguém, esquecer e ser esquecido, as músicas trazem a quantidade certa de profundidade para o “It’s Not That Deep”.

 

                              Cantora fez show especial em Los Angeles para comemorar lançamento do álbum e antecipar turnê de 2026         Foto: Christopher Polk/Divulgação

 

Por fim, o que Demi tenta, e consegue, é transmitir a ideia de que não, nós não precisamos ser profundos o tempo todo. As baladas tristes e emotivas têm um lugar importante no cenário musical, e fizeram muito sentido na voz da cantora ao longo dos anos. Elas, no entanto, não são tudo o que uma artista versátil tem a oferecer. Agora, o pop dançante constrói um papel importante e necessário na discografia de Lovato. O álbum espelha divertimento e emoção, na medida certa, e é um respiro de ar fresco para os fãs da cantora.

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