Show aconteceu quarta-feira no bar Johnnnie Jack e trouxe lembranças bem-humoradas
Por Yan Freitas e Yasser Hassan
O palco do bar Johnnie Jack, em Pelotas, foi tomado por palhaçadas, nostalgia e música de qualidade na noite desta quarta-feira, dia 30 de agosto. Em uma performance de tributo ao grupo Mamonas Assassinas, a banda Misto Quente surpreendeu a todos com um show irreverente, bem-humorado e quase beirando o absurdo, feito justamente para demonstrar a fidelidade ao show original da banda que fez história no Brasil.
A energia contagiante do vocalista Moisa foi acompanhada por arranjos perfeitos da banda, com Matheus Bastos na guitarra, Giuliano Cardoso no teclado, Mateus Dilelio na bateria e Junior Barboza no baixo. Além disso, a segunda voz de Giuliano que, por vezes, formava uma dupla com Moisa, funcionava perfeitamente. Ainda mais na performance da música “Vira-Vira”, na qual o tecladista imitava com perfeição a voz estridente de “Maria”, enquanto o vocalista fazia a voz grave de Manoel, em uma fantasia típica de português.
Aos fãs de carteirinha, a apresentação foi um prato cheio, mas o grupo não parava por aí. Com covers de outros artistas, partindo de Chitãozinho e Xororó até Michael Jackson, a banda apresentou um repertório extenso e diversificado, que nunca perdia aquela pitada de humor.
Entre sentimentos de alegria e saudades que a banda Misto Quente aflorou no público do Johnnie Jack, o principal, sem dúvidas, foi a nostalgia. Tanto para aqueles que buscavam reviver a sensação de ver os Mamonas Assassinas, como para aqueles que já nasceram sem essa chance.
“Eu escuto Mamonas desde que me conheço por gente. A primeira música que eu ouvi na vida foi do Mamonas, eu os via nos programas de TV quando já tinham morrido”, disse Kauê Duarte, fã de carteirinha da banda, que nasceu no mesmo ano do acidente fatal com o grupo.
A ideia da Banda Misto Quente, de trazer de volta Dinho, Bento Hinoto, Júlio Rasec, Sérgio e Samuel Reoli, partiu de uma iniciativa do vocalista Moisa em seus tempos de faculdade. “Ele era fã desde moleque, até que encontrou na faculdade de Música um doido que topou montar um tributo com ele”, disse o tecladista Giuliano Cardoso.
Acima de tudo, a aproximação da banda com o público provém de um mesmo sentimento, a saudade. Ao incorporar os queridos “Mamonas”, o grupo transpõe a sensação de se sentir vivo, e mostra que a morte nunca será capaz de apagar a história.
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