Projeto criado por estudantes de cinema exibiu “Elvira: A Rainha das Trevas” em inauguração e terá a próxima sessão nesta sexta-feira, dia 11 de agosto, com “O Brinquedo Assassino”
Por Beatriz Gomes
No dia 28 de julho, o “Cine Repulsa” fez sua estreia e exibiu o clássico “Elvira: A Rainha das Trevas” (1988). O evento reuniu espectadores no Cine UFPel, a sala universitária de cinema da Universidade Federal de Pelotas, e contou com um sorteio de pôster do filme logo após a sessão.
Inicialmente o cineclube fará exibições quinzenais às sextas-feiras, às 14h, no Cine UFPel, localizado na Rua Álvaro Chaves, esquina com a Rua Lôbo da Costa, no Centro de Pelotas. As sessões são gratuitas e a próxima exibição já tem data marcada, nesta sexta-feira, dia 11 de agosto. O filme exibido será “O Brinquedo Assassino”, do diretor Tom Holland (1988).
Segundo Gabriel Prates, um dos idealizadores do projeto, a ideia surgiu durante um intervalo entre aulas num sofá da FAURB (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), onde os alunos conversavam sobre a necessidade de compor um coletivo que promovesse um interesse em comum. “Já que o curso de Cinema nos proporciona o espaço da sala de projeção, pensamos em criar um clube para fãs de horror”, diz.
Para ele, o horror é uma linguagem artística subestimada e pouco abordada dentro do meio acadêmico. O gênero, ainda controverso no âmbito cinematográfico, carrega muitos estereótipos e preconceitos por parte do público consumidor da sétima arte. Entretanto, a equipe do cineclube acredita na potência do horror como forma de expressão. “Há beleza no grotesco”, afirma.
O nome Repulsa chama atenção pela força do termo. Sobre a escolha do nome de batismo, Prates conta: “Veio da figura vilanesca que é a antagonista de Power Rangers, Rita Repulsa. Pensamos em outros que soassem interessantes, mas esse acabou ganhando pelo impacto nostálgico.”
O intuito dos idealizadores é passear pelo espectro do horror e democratizar o acesso ao cinema integrando a comunidade com sessões gratuitas e diversas. A equipe pretende expandir o clube para além do espaço proporcionado pela universidade, realizando exibições em outros locais da cidade e organizando sessões noturnas a fim de contemplar o público estudante-trabalhador que não possui disponibilidade de comparecer durante as tardes dos dias de semana. Outra vontade é resgatar a cultura da ida ao cinema enquanto evento de fim de semana. Além disso, o organizador fala sobre outras expectativas: “Estamos em conversa para iniciar um programa de rádio para debater as sessões e abordar variedades relativas ao horror. Também temos ideias para uma festa de Halloween, mas nada certo ainda.”
Prates finaliza com um convite ao público: “Convidamos os leitores a acompanhar nossas atividades pelo Instagram e se abrir às terríveis maravilhas da sétima arte. Abrace seu medo!”
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