Fernanda Cadaval
“Oxigênio”, o filme longa metragem que mistura três gêneros cinematográficos diferentes, apresenta como proposta ser multi plataforma e servir de incentivo para a sétima arte na região, como afirma o produtor do longa Beto Rodrigues. A rodagem do filme está tendo a participação de rio-grandinos na parte técnica e atuação, além de partes da cidade servirem como cenário. Confira a história dessa série feita originalmente para a televisão que virou filme.
DAS TELINHAS PARA A TELONA
O ano era 2014 e a RBS TV exibia o programa Curtas Gaúchos. Uma das séries apresentadas foi “Oxigênio”, exibida em seis episódios e com grande índice de audiência. No entanto, desde sua concepção, a direção do curta tinha planos mais ousados para a produção, que foi pensada para ocupar os diversos meios disponíveis, como a TV, o cinema e as plataformas digitais. O produtor e sócio-diretor da Panda Filmes Beto Rodrigues lembra: “Naquela época já queríamos transformar a série em filme. Porém, devido ao tempo curto que a televisão proporciona, algumas cenas foram cortadas. Por isso, precisamos realizar algumas regravações para transpor em longa-metragem”.
CONTEMPORÂNEO E MULTIPLATAFORMA
A série/filme apresenta questões que estão presentes no dia a dia, como a preocupação com a preservação do meio ambiente, tema central da história. O formato da produção foi todo elaborado para ser exibido em diferentes plataformas. Além disso, para contar o enredo, propõe uma mistura de gêneros – ficção científica, ação e suspense -, sendo o primeiro produto com esse perfil feito no Rio Grande do Sul.
De acordo com Beto, a questão ecológica tem permeado as discussões sobre o futuro do País e do planeta e o filme e a série “Oxigênio” se inserem nesse contexto, oferecendo ao espectador uma fábula capaz de divertir e conscientizar. “A abordagem do roteiro evita qualquer espécie de didatismo. De outra parte, os elementos de ficção científica integrados à história contribuem para a diversificação temática da história. Esse recurso busca capturar a imaginação do público mais jovem, adepto de uma fabulação que lida com o imaginário fantástico e as novas tecnologias”, conta o produtor.
SINOPSE
“Oxigênio” é um longa-metragem derivado da série homônima de seis episódios que fala em modo de ficção sobre um assunto contemporâneo e urgente: a destruição do meio ambiente. A história narra os eventos que ocorrem quando uma passagem entre dimensões paralelas se abre e dois mundos entram em contato. O primeiro é um planeta deserto e arruinado pela poluição. O outro mundo é a Terra, condenada pela ação humana a trilhar o mesmo caminho. Está nas mãos de uma criança o poder de alterar esse destino.
RIO GRANDE EM CENA
Dirigido pelo cineasta Pedro Zimmerman, o filme teve quatro diárias de filmagem na cidade do Rio Grande, entre os dias 27 e 30 de maio. Segundo Rodrigues, “Rio Grande possui a atmosfera adequada para a proposta do filme, especialmente, pelo aspecto histórico, destacado pelos seus casarios e ser uma cidade portuária. Além disso, tivemos sorte com o clima, precisávamos de dias meio cinzentos e foram assim os dias quando estivemos trabalhando”, afirma Beto.
Rio Grande não serviu somente de cenário, mas também rio-grandinos fizeram parte da produção e do elenco do longa-metragem. Na parte técnica os rio-grandinos presentes foram: Pablo Bech – primeiro assistente de câmera; Bruno Franz – segundo assistente de câmera; Lucas Costa e Gianluca Cozza- estagiários de produção; Fafá Rocha (Oficina do Sabor) – Catering e Regina Bastos – assistentes de produção executiva. Já na composição da figuração especial e dublês os papareias presentes foram: Miguel Fernandes da Silva, com seis anos de idade que refez algumas cenas do protagonista do filme e os atores Elonir Gonçalves, Robson Rodrigues, Wanderlly Armesto e Sheron Guidotti. O elenco, conta ainda com nomes conhecidos do cinema e da TV brasileira, como Ingra Liberato, Bruno Torres e Marcos Breda.
Sobre essas participações, Beto Rodrigues afirma que a integração “estimula as pessoas que trabalham com o audiovisual. E, quando o filme estiver pronto, a ideia é fazer uma projeção dele aqui em Rio Grande”. Apesar de estar indo para a fase da pós-produção, pretende-se estrear ainda em 2017. O filme “Oxigênio” é o primeiro projeto gaúcho aprovado no Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), o maior agente de fomento da América Latina, que é gerido pelo BRDE e administrado pela Agência Nacional de Cinema (ANCINE). É patrocinado pela Lei do Audiovisual e possui como parceiros a Refinaria de Petróleo Riograndense, a Yara Brasil, o Banrisul, a Corsan, a Sul Gás, a Rede Zaffari e a Medlive.
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